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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem

Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(940...pausa... 961)

Motivo para escrever:

Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.

Rosa Silva ("Azoriana")

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Com os melhores agradecimentos pelas:

1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"



2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"



3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"


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Notícias & Notícias

03.03.06 | Rosa Silva ("Azoriana")

Aproxima-se o fim-de-semana com uma velocidade moderada, na minha perspectiva.
É que, enquanto não chegar o dia 11 de Março, eu vou estar a contar dias, horas e minutos (talvez nem seja tanto assim), ansiosamente.
Os jornais diários já "badalaram" q.b. o nosso evento, que muito agradecemos. A rádio, nem sei se o fez, mesmo com o envio electrónico de umas mensagens de alerta. E porquê a Rádio, perguntarão vocês? Eu respondo: A Rádio é importante na medida em que alerta para esta realidade bloguista em crescendo nestes nove torrões vulcânicos e ventosos. Cada vez mais os blogs tendem a ser um instrumento útil ao cidadão comum e não só.
Imaginem vocês que há por aí muita gente que nem sabe o que é um blog. Quando descobrem, é um tal deitar dedos às teclas e a obra nasce. Já tive notícia de pessoas interessadas em iniciar-se nesta categoria: um diário virtual.
Sinto que no dia 11 de Março (e não só!), esta "febre" vai aumentar. Para isso é preciso a colaboração de todos e até da Rádio Televisão Açores, que é a que está mais ao nosso alcance, digo eu. Até agora, ainda não senti nenhum interesse ou resposta por parte deste orgão de comunicação social. Até já pensei se estão distraídos ou seremos nós que não soubemos escrever bem o alerta. Até lá vamos aguardar!
A ilha Terceira merece que falem dela e que mostrem os eventos que por cá se realizam (e vejo alguns). Desta vez, aproxima-se o I Encontro Bloguista da Ilha Terceira. Faltam 8 dias.
E vós bloguistas, inscritos, não esqueceis esta efeméride.

Azoriana

Encontro com a Terra (IV)

03.03.06 | Rosa Silva ("Azoriana")
(1-rosquilha na pá-1977)(2-massa no forno de lenha-1977)

(3-massa-sovada untada com manteiga-1977)

Ainda sou do tempo...

Há muitos anos, no tempo que eu era menina, tivemos a visita de uns primos vindos da América. O trabalho redobrou para os meus familiares, mas a felicidade foi tal que houve até massa-sovada, para todos.


A mestra da massa-sovada era a minha avó. Ela tinha uma paciência, sabedoria e delicadeza, diria até, um amor a esta arte. Sim, trata-se de uma arte culinária especial. Dava gosto ver as suas mãos, calejadas, a preparar as folhas de jarroca onde acomodava a rosquilha (1) que era talhada com todo o pormenor. Ela não admitia falhas nesta operação delicada.


Depois de ir para o forno, ela ficava atenta para não passar do ponto, isto é, a massa tinha de ficar cozida e ao mesmo tempo com uma cor suave apetecível (2) e o solo muito bem rendilhado. Era um desgosto se alguma fugia a esta regra.


Com a pá, tirava-se a massa-sovada do forno e dispunha-se em cima de mesas para ser untada com manteiga. Para esta nova operação, utilizavam-se uns pedaços de pano, alvo de neve, recheados com bocados de manteiga que, ao tocar a massa quente, derretia e dava a cor envernizada às rosquilhas, brindeiras e bolos de massa-sovada (3). Lembro-me perfeitamente do cheiro delicioso que emanava das mesas. Nesta ocasião, eu era assídua à prova de um naco do bolo que a minha avó decidia ser o primeiro a ser partido. Geralmente era o que, no entender dela, tinha algum pequeno defeito. Escusado será referir que eu não notava qualquer defeito: deliciava-me com aquelas provas quentinhas e muito gostosas.


Infelizmente, não herdei esta arte, mas há na família quem a herdou e continua a encantar com seus dotes culinários.


Na freguesia da Serreta, da ilha Terceira, há artes culinárias que ficarão na história, nem que seja na minha história e que jamais esquecerei.


Como era lindo o sorriso da minha avó... Ela sorria para a sua arte. Que saudade! Ainda bem que encontrei esta recordação, pese embora desbotada pela humidade muito característica desta freguesia.


Ainda sou do tempo... Mas este não volta mais... Apenas a doce miragem.


Rosa Silva ("Azoriana")