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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem

Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(940...pausa... 961)

Motivo para escrever:

Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.

Rosa Silva ("Azoriana")

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Com os melhores agradecimentos pelas:

1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"



2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"



3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"


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Num dia normal destaco um texto

22.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

“Olá, "ROSINHA"...!
Há tanto tempo que não passo por aqui...!
Enfim, a vida nem sempre nos dá o tempo de que necessitamos e depois...bem, depois, é acatar aquilo que Deus nos dá.
Quanto ao texto com que nos brindou hoje, a minha opinião:
É das coisas mais bem feitas e melhor idealizadas, que li nos últimos tempos.
A fantasia de braço dado com a realidade, por vezes assusta-nos. Quem é que ainda não passou por um susto destes?
A cidade do Porto, dista da minha terra, mais ou menos, cem quilómetros. Há cerca de trinta anos, pus-me a caminho, daquela cidade utilizando o transporte do caminho de ferro. Chegado ao Porto, logo pela manhã, entrei num café e pedi meia de leite e uma torrada. Tomei o pequeno almoço descansado, até que chegando junto de mim o empregado, perguntou: não precisa de mais nada? - são 15$00.
Puxo pela carteira para pagar o que tinha consumido e verifico, que não trago a carteira comigo. Isto, é: nem dinheiro, nem documentos.
Se a minha deslocação ao Porto era para efectuar umas compras que tinha programado, e agora? Nem dinheiro para fazer uma chamada telefónica.
Com toda a sinceridade, mandei chamar o patrão do estabelecimento, e contei toda a situação, sem rodeios nem mentiras.
O Homem, ouviu-me com toda a serenidade e perguntou-me: tem alguém conhecido na sua terra a quem eu possa telefonar? Sim, tenho muita gente, que pode abonar a minha idoneidade sem receio. O senhor Santos - assim se chamava o dono do estabelecimento - disse: não é necessário telefonar. Até me posso enganar, mas o meu amigo parece-me uma pessoa séria.
Deixa-me o seu nome e morada e eu vou confiar-lhe cem escudos, para as suas despesas aqui no Porto. Quando poder, paga-me.
Estupefacto com tamanha grandeza de alma, agradeci e prometi ainda no mesmo dia, passar pelo estabelecimento, para pagar o favor, que aquele homem sem me conhecer de lado nenhum, me tinha feito.
Obviamente, que telefonei aos meus familiares a contar o sucedido e prontamente resolvi o problema, que me tinha acontecido.
Como vê, minha cara ROSINHA, há fantasias que até parecem verdade e quantas vezes existem verdades, que não passam de mentiras.
Um grande beijo,
Teixeira da Silva”


Num dia normal recebi o comentário do caro amigo, Teixeira da Silva, que me presenteia vez em quando com poesia e prosa que merecem destaque. Esta prosa que me ofereceu após a leitura do que a mente me ditou para a “Fábrica de Histórias” bem pode ser um contributo, dado pela minha mão, para constar no Podium de Participações. Assim, tomei a liberdade de transcrever na íntegra a sua história, que me fez sorrir num dia normal.

Acrescentei estas poucas e mal notadas linhas para completar o leque das palavras de um texto que só por si é magnífico e mostra que há gente boa no mundo, capaz de colocar um sorriso e a confiança no rosto do transeunte que, sem querer, se vê preso numa inesperada inquietação.