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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem

Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(940...pausa... 961)

Motivo para escrever:

Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.

Rosa Silva ("Azoriana")

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Com os melhores agradecimentos pelas:

1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"



2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"



3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"


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Carlos Cândido (da Silva)

19.10.10 | Rosa Silva ("Azoriana")
Somos filhos desta Terra
Jesus aqui nos plantou
De vez em quando descerra
Tudo aquilo que se encerrou.
 
Do meu pai não falo tanto
Pra não mexer na saudade
Saber dele dá-me encanto
Lembra-me de outra idade.
 
Deveras trabalhador
Com um génio quanto baste
Crente em Nosso Senhor
Ainda bem que dele falaste.
 
Quem o sabia levar
Tinha dele tudo o que queria
Para sempre o vou amar
Enquanto houver noite e dia.
 
De dia ele trabalhava
À noite fazia serão
Poucas falas ele me dava
Mas deu-me a grande lição.
 
Admirei toda a sua arte
De tudo saber fazer
Trabalhou em toda a parte
Antes mesmo de morrer.
 
Muitas vezes, a seu lado,
Eu via o que ele criava,
Uma janela ou um arado,
E mais que a madeira dava.
 
Seguia com atenção
O serrote ou a enxada
E quando ele perdeu a mão
Ao desgosto deu entrada.
 
Mesmo assim, com essa dor,
E um desgosto profundo,
Continuou com seu valor
A trabalhar neste mundo.
 
Em Fevereiro, dois mil e um,
Numa cama hospitalar,
Perdia o senso comum,
Mas não esquecia o lar.
 
Adeus, Pai da minha vida,
Adeus meu progenitor,
Adeus da filha sentida
Com uma lágrima de dor.
 
Esteja ele onde estiver
Saberá das minhas falhas,
Oxalá a sua mulher
Não o deixe assim ao calhas.
 
Um casal de sofrimento,
De valores e de paixão,
Seguiram cada momento
Com forte abnegação.
 
Hoje canto a sua vida,
Heróis de terra e mar,
Com a frente sempre erguida
À Mãe Santa do altar.
 
Rosa Silva ("Azoriana")

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