Corrente de amor
Na áurea cortesia do teu olhar,
Pendente da razão de me encontrar,
Subi ao trono da paixão, somente,
Para celebrar o teu corpo ardente.
Angélica bebida a marulhar
No mosto da palavra salutar
Que rega o meu corpo docemente
Até que o beijo arda de tão quente.
As pétalas que caem desta paixão,
Espalhadas no corpo da união,
Florescem, de novo, bordando a vida.
Deitados na aliança, que nos compacta,
No leito da madrugada onde se ata
Corrente de amor, vida sortida.
Rosa Silva ("Azoriana")
Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=16042
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