Sou... (Balada triste)
Xaile negro despontado
Candelária em escuridão
Perdida sem voz de fado
Com gente e em solidão...
Dor em ferida exposta
Coração quase parado
Da vida que tanto gosta
Num regaço esbugalhado.
Triste sem sequer querer
No pico frente ao vale
De uma vida a correr
Na corrida que faz mal.
Te peço ó Mãe querida
Corre para mim agora
Abraça-me muito sentida
Abraça Nossa Senhora.
Ai tanto do meu caminho
Desfeito em rugas, mágoas,
Postado em pergaminho
Deslizante pelas águas.
Não devo estar assim
Sem trevo de quatro folhas
Por Deus escolhe por mim
A melhor d'outras escolhas.
Rosa Silva ("Azoriana")