«O último adeus» ou uma prosa para o dia
Tal como as pessoas, as coisas também nos deixam penas. O velhinho Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, E. P. E. é um dos que, olhando de passagem, me planta uma nostalgia com o "último adeus", de janelas alinhadas e fechadas, fazendo lembrar uma despedida. Quantos e quantas nasceram, atalharam dores, tiveram cura, tiveram o último leito... Minha avó, meu pai, minha mãe tiveram ali o último estado de vida...
Quantos e quantas deram o seu contributo para o bem estar da Saúde?! Médicos, enfermeiros, técnicos de diagnóstico e terapêutica, pessoal dos serviços gerais e auxiliares e, ainda, outros profissionais cuja missão se prende com o dar vida e zelar pela vida dos seus semelhantes.
Hoje, de passagem pela rua lateral, junto ao velhinho HSEAH, E. P. E. tive a sensação de frieza e podia ter causado um acidente não fosse a imediata continuação do controlo da condução do veículo automóvel. Olhei aquela montra vertical de persianas fechadas, tal como as pálpebras de um ser vivo inanimado... e percebi, de novo, o quanto é imediata a nossa viagem na terra. Este velhinho Hospital contava com cinquenta anos, sensivelmente, a ver pela listagem de efemérides que Luís Mendes Brum nos apresenta no seu "Bagos d'Uva", blog biscoitense que sigo amiúde. Meio século a ajudar para, agora, dar lugar às mesmas ajudas em novas instalações, dignas de louvores.
Foto da autoria de Luís Mendes Brum
Louvo, também, todo aquele mundo que foi o Hospital de Santo Espírito de Angra do Heroísmo, E. P. E., na Canada do Barreiro, e que me ajudou imenso durante os meus cinco internamentos (entre outros atendimentos) e os dos meus três filhos legítimos.
Até sempre!
Rosa Silva ("Azoriana")