Selo do coração
Não sou ramo de orgulho
Nem tão pouco sou vistosa,
O certo é que dou tafulho
Ao nome que tenho: Rosa.
Se contar os meus espinhos
Ao longo de uma vida,
Entre eles há carinhos
E também muita partida.
Quando parte uma tristeza
Logo chega uma alegria...
Sou ilhoa portuguesa
Sinto isso em demasia;
Ao colo da natureza
Beijada p’la luz do dia.
Vem aí, se Deus quiser,
Motivo para ser feliz:
Vou honrar o que souber
Com pergaminho que fiz
No ato haja o que houver
Penso selar tal raiz.
Há um selo no batistério,
E outro na Comunhão,
Mas também há um mistério
Porque algo falha então;
Na frente daquele Império
Irei abraçar meu chão.
E nos ares, a meu lado,
Alados de emoção,
Lembrarei os do passado
Dando força à minha ação
Ficará assim legado
O selo do coração.
Rosa Silva (“Azoriana”)

Nota: Este blogue penso que irá de férias de 5 a 14/09/2012. Entretanto poderá ocorrer alguma passagem. Um abraço e talvez nem sintam a ausência :)