Serreta (in Serreta na intimidade)
Em ti, nesse teu ventre tão contente,
sonhei. Sou filha dum amor, primeiro.
Do céu, nem esse denso nevoeiro
sequer impediu um olhar, de frente.
Ali, meu ser até esteve presente.
Sim! No terreno alto sobranceiro
serena ao mar o vulcão desordeiro
que tanto agoniou esta gente.
Gritou mas agora ficou calado;
Dorme nesse soninho sossegado
porque a ninguém quer incomodar...
Brilha! Minha linda terra natal
e que não te suceda algum mal.
Canto a Serreta... Tu foste o meu lar!
Rosa Silva ("Azoriana")
Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=5142
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