Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Dispõem-se as coxas no fundo da panela. Colocam-se os ingredientes por cima do frango e rega-se com o vinho branco. Por fim coloca-se o pimento cortado em quadradinhos. Não se deve mexer com qualquer instrumento de cozinha. Depois de levantar fervura deixa-se ir cozendo lentamente, com o tacho tapado. Verifique a cozedura e o tempero. Se vir que está pronto apague o fogão e deixe ficar o tacho tapado até à hora de servir.
Hoje, estou sem inspiração. Acontece. Tive um dia cansativo e algumas inquietudes, mas julgo conseguir ultrapassá-las brevemente. Eis, então, que me sentei na cadeira ao pé da mesinha preferida. Liguei a máquina dos sonhos, dos pesadelos, das esperanças, alegrias, tristezas, amizades, lamúrias, desabafos, enfim, junto do mundo sem rosto, sem visibilidade real, e resolvi visitar os(as) companheiros(as) blogueiros(as). Talvez vocês percebam o que é desabafar para o blog. Comecei por rever aqueles que já tinham comentado meu blog. Quedei-me um pouco num deles - o "dreams". Primeiramente, gostei do visual, gostei da música associada - "enigma - return to innocense lyrics". Fez-me bem. Não há dúvida que, para mim, ouvir música é um bom sedativo (algumas). Naveguei um pouco no blog para tentar conhecer melhor quem redigia tão emotivamente e prometo que, sempre que tiver oportunidade, vou voltar a visitá-lo. Não conheço a pessoa em causa, mas já percebi que sabe o que faz. Continuei depois a navegar pelos "mares blogueiros" e pensei: Como saber quantos Blogs já existem nos Açores? Há várias formas de o fazer mas achei interessante serem os próprios a revelarem-se. Porque não? Afinal somos "ilhas" amigas, rodeadas pelo azul marinho, tão encantador. Era interessante fazer-se a estatística. Inventar um ficheiro de recolha de informação também não seria difícil para mim. Ora vejamos um sonho informático: Blogs Açorianos
Legenda: ID=Número de Identificação; URL = Uniform Resource Locator (serve para localizar qualquer recurso - ficheiro que se quer obter - na internet) Concordas? Inscreve-te. Basta no comentário, adicionares a tua adesão. Depois actualizo os dados regularmente. Azoriana
Partiste, sem ao menos te abraçar! Sozinha, no leito, Sem ouvir, Sem ver, Sem falar!
Partiste, sem ao menos te beijar! Nem um gesto, Nem um sorriso, Tão doente estavas, que nem respondias. Essa doença maldita, Essa esclerose múltipla, Que cedo se apoderou de ti.
Partiste, sem ao menos te pedir perdão! Nem tão pouco, dar-te a mão...
No documento do Dr. Luiz Fagundes Duarte, "De carne e pedra", in Biblioteca Nacional, Vitorino Nemésio (1901-1978) lê-se: "... o cão rabo-torto, trazendo na boca uma cestinha com as compras da venda ou com o jantar do dono;" Pronto, encontrei a explicação para a alcunha porque são conhecidos os terceirenses: "Os rabos-tortos", devido àquele cão, que, segundo me disseram, já extinguiu. Encontrei uma foto do dito animal canino que, na verdade, tem o rabinho torto.
Peço-vos, encarecidamente, que leiam todo o texto do documento do Deputado da Serreta, porque está magnífico e não resisto a intercalar mais um excerto do mesmo: "... as vacas transitando na estrada ou remoendo a erva nas pastagens do interior da Terceira, e as águas do mar rebentando, ariscas, nas costas da ilha; o pequeno, dócil e valente garrano da Terceira, captado ora na cerca do gado, ora a puxar carroças como a do ti' Alvarino da Serreta; os tanoeiros, os pastores de gado bravo, os carroceiros, os vendedores de peixe, os oleiros, os pescadores ou os ferreiros; as brianças das funções do Espírito Santo com o bezerro enfeitado, seguido pelos músicos e cantadores do Pezinho e pelo povo em folia;" e, ainda: "Deixo-me levar por aquelas fotografias que, num estranho efeito de sinestesia, me trazem as vozes dos homens incitando as vacas vermelhas e malhadas, que em novas eram de leite e de trabalho e que depois de velhas passavam a ser de carne - "Ah Formosa! Eh Galanta! Ah Piquïarda!"; os gritos das mulheres advertindo a canalha que brinca na estrada - "Ah corsüairo! Eh 'pariga! Anda chega-te p'ra ca!, olh'ò àtemóvle!... Hom'essa, tu nã m'oives?"; o cantar dos tentilhões, pintassilgos e canarinhos, que entretanto desapareceram estripados pelos pardais introduzidos na ilha com os aviões;..." Estes excertos são só um "cheirinho" do que muito bem escreveu, num contexto: "Vitorino Nemésio - poeta de Festa Redonda, livro de décimas e cantigas de terreiro por ele oferecidas ao povo da ilha Terceira, de onde era natural - foi um deles, mercê que a si chamou por mor de três viagens que fez às ilhas atlânticas (Açores, 1946; Canárias, 1954; e de novo Açores, 1955) e da fortuna que delas houve (e sobretudo houvemos nós) por meio de um livro que por memória destas viagens escreveu e a que ele próprio chamou Corsário das Ilhas. São dezenas de fotografias a preto e branco, todas no mesmo formato e brotadas do mesmo olhar, que retratam a ilha Terceira dos anos cinquenta do século XX. Foram feitas por Rudolfo Brun, sob as vistas de Vitorino Nemésio, e fazem parte do escaninho de memórias de vivências e de trabalhos que é o seu espólio. Não são fotografias de acaso, nem de recordação, nem sequer de pitoresco. São uma reportagem sobre a carne e a pedra da ilha e da gente que nela vive com os ossos mergulhados no mar, recolhida por Nemésio por ocasião da sua viagem de 1955 à ilha Terceira de Jesus Cristo". Azoriana
... os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus.
... os que choram, porque serão consolados.
... os mansos, porque herdarão a terra.
... os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos.
... os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia.
... os limpos de coração, porque verão a Deus.
... os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus.
... os perseguidos por causa da justiça, porque deles é o reino dos céus.
... sois quando, por minha causa, vos injuriarem e vos perseguirem e, mentindo, disserem todo mal contra vós.
Regozijai-vos e exultai, porque é grande o vosso galardão nos céus; pois assim perseguiram aos profetas que viveram antes de vós. Palavras de Jesus em Mateus 5, 3-12
Bem-Aventuranças do Dia a Dia 25-04-2004 - Santuário de Nossa Senhora da Conceição, Missa das 12 horas - Acção de Graças Bem-Aventurados aqueles ...
... que se evangelizam, tornando-se evangelizadores participantes e activos na vida familiar, profissional e comunitária.
... que aceitam servir o Senhor com humildade, simplicidade e alegria.
... que, com confiança e realismo, retomam sempre atitudes de parar, escutar, reflectir e rezar, conscientes que o Senhor está sempre com aqueles que O querem servir.
... que não desanimam diante do fracasso nem se iludem com o fácil sucesso.
... que se entregam com verdade, persistência e coragem, para conhecerem e darem a conhecer a vontade do Senhor.
... que, na oração e reflexão pessoal, encontram caminhos renovados para testemunharem a sua fé com dinamismo discreto, atento e eficaz.
... que, simultaneamente, aprendem e ensinam a caminhar na exigência da vida cristã.
... que percorrem os difíceis caminhos da simplicidade e da coerência, animando-se espiritualmente e espalhando esse ânimo àqueles que vão encontrando dia a dia.
Eu não consigo ignorar Este Rosto..., por isso, pesquisei na Bíblia para escrever o que se segue
"A Sagrada Escritura, a "Bíblia", é o conjunto de livros escritos por inspiração Divina, pelos quais Deus se revela a Si mesmo e nos dá a conhecer o mistério da Sua Vontade. Divide-se em duas secções: Antigo e Novo Testamento (NT). O NT antes de ser escrito, pelos apóstolos, foi pregado, isto é, transmitido oralmente. É difícil determinar o tempo exacto do aparecimento dos Evangelhos. Todos foram escritos durante o séc. I e princípios do séc. II. Os Sinópticos (os Evangelhos de São Mateus, São Marcos e São Lucas, cujas exposições são semelhantes, o que permite comparar as relações que eles estabelecem sobre um mesmo acontecimento) foram escritos provavelmente entre os anos 50-70. Os Actos dos Apóstolos depois do ano 70. As Epístolas entre os anos 50-80. E os escritos de São João entre os anos 90-100. Os livros dos dois Testamentos (Aliança ou contrato, bilateral, entre Deus e os homens) agrupam-se em 3 categorias, conforme o género literário que neles predomina:
Históricos (os quatro Evangelhos de São Mateus, São Marcos, São Lucas e São João, dos quais foram apóstolos São Mateus e São João, e os outros dois discípulos directos dos Apóstolos; e os Actos dos Apóstolos da autoria de São Lucas, contam-nos os primeiros anos da pregação de São Pedro e São Paulo)
Didácticos (Epístolas de São Paulo; Epístolas Católicas)
Proféticos (Apocalipse - escrito por São João Evangelista no seu desterro de Patmos, nele se anuncia a vitória de Jesus Cristo sobre os Seus inimigos).
Todos os livros da Sagrada Escritura, excepto as pequenas Epístolas a Filémon, 2ª e 3ª de São João e a de São Judas, estão divididos em Capítulos e, estes, em Versículos numerados, introduzidos por copistas e editores, que têm a vantagem de permitir uma rápida localização e verificação das citações." Exemplo: Jo, 29: Evangelho segundo São João, Capítulo 20, Versículo 29 (que refere - "Disse-lhe Jesus: «Porque Me viste, acreditaste. Bem-aventurados os que, sem terem visto, acreditam!» A respeito disto que escrevi agora, hoje, 25 de Abril de 2004, realizou-se a celebração das Bem-Aventuranças, no Santuário de Nossa Senhora da Conceição, em Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, com a intervenção das catequistas e catequizandos do 7º ano, seus pais e familiares. O grande lema era: "As Bem-Aventuranças são a forma perfeita que Jesus encontrou para falar do que temos de ser e de fazer, desafiando-nos a entender o Seu Amor". O grupo de catequizandos teve algumas intervenções ao longo de toda a Missa e cantaram belíssimos cânticos, acompanhados, no órgão, pelo senhor Fernando Soares, e no violão, pela senhora D. Susana Goulart. O "Pai Nosso" (outra versão) emocionou-me profundamente, interpretado com a melodia dos anos 60 de Simon and Garfunkel, conforme me foi dito pela senhora D. Susana Goulart. A letra era a seguinte:
Pai nosso que estás no céu E nos que amam a verdade, Que o reino que Tu nos prometeste Chegue já ao nosso coração Que o amor que o Teu Filho nos deixou Que esse amor Habite entre nós
E no pão da unidade Cristo dá-nos Sua paz E esquece-Te do nosso mal Se esquecermos o mal dos demais Não permitas que caiamos em tentação Oh Senhor E tem piedade do mundo
Por tudo isto, não foi difícil estar na Igreja, por, sensivelmente, 50 minutos. É, bem, mais difícil estar noutros locais, embora, não tenhamos outro remédio. Muitas das vezes fazemos o contrário daquilo em que acreditamos. Quem Ama Jesus, conhece Jesus. Só descobrimos que somos felizes quando amamos, caso contrário, sentimo-nos vazios. Na Acção de Graças, uma dos 5 catequizandos leu: "Para construir a paz é preciso tirar da boca as palavras que ofendem, os gritos que perturbam, o ódio contra as pessoas". Em suma, as Bem-Aventuranças são um tema sapiencial e a «ciência da felicidade» aplicadas à felicidade humana. Hoje, senti-me bem, no meio de tanta Luz e sobretudo da pregação do Padre Francisco Dolores, que sabe a maneira de cativar crianças e graúdos e, ainda, quando foi lido o conteúdo de 8 cartazes sobre as Bem-Aventuranças do Dia a Dia, título do próximo artigo. Azoriana
"Militar de méritos reconhecidos, dotado de uma inteligência superior e de uma coragem e lealdade invulgares, dele se diz "ter sido o melhor de entre os melhores dos corajosos e generosos Militares de Abril". Nasceu em Castelo de Vide. Fez os estudos secundários no Colégio Nun'Álvares, em Tomar e no Liceu Nacional de Leiria. Entrou para a Academia em 1964 e em 1966 ingressou na Escola Prática de Cavalaria de Santarém. Combateu na Guiné e em Moçambique, já com a patente de capitão. Foi um dos elementos activos do MFA. No dia 25 de Abril de1974, comandou a coluna militar que saiu da EPC de Santarém e marchou sobre Lisboa, ocupando o Terreiro do Paço. Horas mais tarde comanda o cerco ao Quartel do Carmo que termina com a rendição de Marcelo Caetano. Foi membro activo da Assembleia do MFA, durante os governos provisórios, mas não aceitou qualquer cargo político no pós 25 de Abril. Faleceu em Santarém, a 3 de Abril de 1992, vítima de cancro." - in Centro de Documentação 25 de Abril, Universidade de Coimbra.
Hoje, dia 24 de Abril de 2004, faz 30 anos que "alguns militares derrubaram a ditadura. Foi o movimento das Forças Armada (MFA). Ficou conhecida como a Revolução dos Cravos porque não houve lutas nem mortes e as espingardas dos soldados começaram a aparecer enfeitadas com esta flor. Os presos políticos foram libertados. Os portugueses que se encontravam no estrangeiro, por razões políticas, voltaram. Acabou a guerra do ultramar. Em pouco tempo deu-se a independência aos povos de África. Portugal renasceu. Agora os portugueses escolhem os seus governantes e o seu presidente em eleições livres" - in "Pequenos Curiosos 4", Estudo do Meio do Ensino Básico do 4º ano, de Conceição Marques e Nelson Timóteo, pág. 53.
Porque Hoje é o DIA DA LIBERDADE, pode ouvir-se a canção do José Afonso, "Grândola Vila Morena" (ver extracto) que era a senha escolhida pelo MFA, como sinal confirmativo de que as operações militares estavam em marcha e seriam irreversíveis.