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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Futebol Emocional

30.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

Oh, meus queridos leitores
Estou metida numa alhada
Devido a alguns factores
Até nem estou muito inspirada.

Um deles é, sem dúvida,
O que mais me preocupa
Trata-se da nova partida
Para o jogo da grande "luta".

Vamos todos juntos torcer
Para que Portugal vença
O Grande Eusébio esteja a ver
E sua toalha não fique tensa.

Hoje, Portugal e a Holanda
Defrontam-se num frente a frente
Será que Portugal é quem manda
Ou vai ser tudo diferente?

Peço ao Menino Jesus
Que talvez goste de jogo
E também ao Padre Cruz
Que é o Santinho do Povo.
 
Dai-nos uma boa Meia-Final
Brilhem no Estádio José Alvalade
E que seja o Nosso Portugal
A vencer com boa vontade.

Rosa Silva ("Azoriana")

"O Sol e a Lua"

30.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

"Quando o SOL e a LUA se encontraram pela primeira vez, se apaixonaram perdidamente e a partir daí começaram a viver um grande amor.
Acontece que o mundo ainda não existia e no dia que Deus resolveu criá-lo, deu-lhes então o toque final... o brilho! Ficou decidido também que o SOL iluminaria o dia e que a LUA iluminaria a noite, sendo assim, seriam obrigados a viverem separados.
Abateu-se sobre eles uma grande tristeza quando tomaram conhecimento de que nunca mais se encontrariam.
A LUA foi ficando cada vez mais amargurada, mesmo com o brilho que Deus havia-lhe dado, ela foi se tornando solitária.
O SOL por sua vez havia ganhado um título de nobreza "ASTRO REI", mas issotambém não o fez feliz.
Deus então chamou-os e explicou-lhes: Vocês não devem ficar tristes, ambos agora já possuem um brilho próprio. Você LUA, iluminará as noites frias e quentes, encantará os enamorados e será diversas vezes motivo de poesias. Quanto a você SOL, sustentará esse título porque será o mais importante dos astros, iluminará a terra durante o dia, fornecerá calor para o ser humano e a sua simples presença fará as pessoas mais felizes.
A LUA entristeceu-se muito com seu terrível destino e chorou dias a fio... já o SOL ao vê-la sofrer tanto, decidiu que não poderia deixar-te abater pois teria que dar-lhe forças e ajudá-la a aceitar o que havia sido decidido por Deus.
No entanto sua preocupação era tão grande que resolveu fazer um pedido a Ele:
Senhor, ajude a LUA por favor, ela é mais frágil do que eu, não suportará a solidão...
E Deus em sua imensa bondade criou então as estrelas para fazerem companhia a ela.
A LUA sempre que está muito triste recorre as estrelas que fazem de tudo para consolá-la, mas quase sempre não conseguem.
Hoje eles vivem assim... separados, o SOL finge que é feliz, a LUA não consegue esconder que é triste.
O SOL ainda esquenta de paixão pela LUA e ela ainda vive na escuridão da saudade.
Dizem que a ordem de Deus era que a LUA deveria ser sempre cheia e luminosa, mas ela não consegue isso... porque ela é mulher, e uma mulher tem fases.
Quando feliz consegue ser cheia, mas quando infeliz é minguante e quando minguante nem sequer é possível ver o seu brilho.
LUA e SOL seguem seu destino, ele solitário mas forte, ela acompanhada das estrelas, mas fraca.
Humanos entam a todo o instante conquistá-la, como se isso fosse possível.
Vez por outra alguns deles vão até ela e voltam sempre sozinhos, nenhum deles jamais conseguiu trazê-la até a terra, nenhum deles realmente conseguiu conquistá-la, por mais que achem que sim.
Acontece que Deus decidiu que nenhum amor nesse mundo seria de todo impossível, nem mesmo o da LUA e o do SOL... e foi aí então que ele criou o eclipse.
Hoje SOL e LUA vivem da espera desse instante, desses raros momentos que lhes foram concedidos e que custam tanto a acontecer.
Quando você olhar para o céu a partir de agora e vir que o SOL encobriu a LUA é porque ele deitou-se sobre ela e começaram a se amar e é ao acto desse amor que se deu o nome de eclipse.
Importante lembrar que o brilho do êxtase deles é tão grande que aconselha-se não olhar para o Céu nesse momento, seus olhos podem cegar de ver tanto amor.
Bem, mas na terra também existe SOL e LUA... e portanto existe eclipse... mas essa era a única parte da história que você já sabia, não era?" (Fim)
Silvana Duboc, by Loir@

Balanço

29.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

Nesta data já atingi 50% da quota deste blog. Por essa razão e também para não criar outro blog, porque este é e será o meu eleito, gostaria de saber a opinião dos navegantes/leitores assíduos, quer por mail, ou em comentário a este artigo, sobre qual a forma ideal para não sobrecarregar este com ficheiros e imagens.
Em princípio, pensei seleccionar os artigos com quadras/poemas e destacá-los deste para uma página pessoal, ficando neste um link (hiperligação), no menu do modelo principal. Mas estou convicta que haverá outras soluções.
Fico aguardando as vossas sugestões pois sei que há por este mundo blogueiro umas cabecinhas sábias e com mil e uma ideias. Quem sabe se não me dão a ajuda ideal? Agradeço desde já o vosso contributo.
© Azoriana

My heart for a while (Penso em ti)

29.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

If I had a slice of cake,
To offer you just any date,
No matter the effort I'll take,
But it will be so great.

I dream with love and afection
And a little more protection
No matter what side or direction
Just look at me with attention

If I had your good smile
Just now or for a while
No matter the distance or mile
My heart will be so fine

Take me away with you
Look the sky is so blue
No matter what you do
Please bring me some true.

© Azoriana

(versão portuguesa)

Se eu tivesse, do bolo, uma fatia,
Para te oferecer em qualquer data,
Nem importa o esforço que faria,
Simplesmente seria uma maravilha.

Sonho com amor e afeição
E mais alguma protecção
Nem importa o lado ou direcção
Somente olha-me com atenção

Se eu tivesse o teu belo sorriso
Mesmo agora ou por um instante
Nem importa a distância ou a milha
Meu coração ficaria radiante.

Leva-me embora contigo
Vê como o céu está azulado
Nem importa aquilo que tu fazes
Por favor traz-me apenas sinceridade.

© Azoriana

Último dia (The last day)

28.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ontem, dia 27 de Junho de 2004, foi o último dia dedicado às Festas Sanjoaninas de 2004.
Muito poderia eu escrever sobre as Festas da Cidade Património Mundial - Angra do Heroísmo -, a que me orgulho de pertencer, mas simplesmente vou frisar o resplendor da noite de ontem. Efectivamente, pelas 24 horas, perante o deslumbramento geral da população que por ali estava vendo o lindo, o estonteante Espectáculo Pirotécnico (fogo de artifício), que ultrapassou todas as expectativas dos presentes.

Junto ao mar eu ontem vi,
Um céu de luz em que eu senti
A emoção por ver brilhar
A "epopeia" que estava a finalizar.

Abraçada a meu benjamim,
Na Marina, bem no seu confim,
Gritos de júbilo deixámos sair
Das gargantas foi tal escapulir.

Daquele batelão saiu o fogo
Um espetáculo deveras novo,
Difícil seria não perceber
O dinheiro que ali estava a arder.

Agora não tenho mais palavras
Haverá muitas mais quadras
Para o ano, se Deus quiser,
Com alegria e espero bem dizer...
 
Bem hajam estas Gentes que dignificam nossa Ilha...

Rosa Silva ("Azoriana")

Inspiração

27.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

Perguntas-me o que é a inspiração?
Vou ao dicionário ver a definição:
Mergulhei nas páginas, procurei então,
Mas antes já tinha alguma noção.
Inspiração: Ato ou efeito de inspirar;
Ideia ou pensamento que nos vem de repente;
estro,
influxo,
sugestão,
lembrança,
insuflação divina;
do latim: Inspiratore
Poderei inventar outra colocação?
Inspiração é trazer para a mão
O que dentro do peito inflama a razão
E num ápice de tempo eu dou atenção.
Esta é, podem crer, minha animação
Nos dias que correm tanta é a sugestão,
Que nem é difícil eu ter motivação.
Se olhares a nuvem,
se olhares a flor,
os pássaros, gaivotas,

o mar,
o amor,
as crianças,
num jardim,
onde há muita cor,
não haverá nada mais motivador.
Pela madrugada conseguirás tecer,
Com o lápis traçando a folha rasgada,
Essa vontade que tens de escrever,
Fará com que depois te sintas realizada.

Rosa Silva ("Azoriana")

Homenagem ao Velejador

26.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")
align=justify>Hoje as emoções foram muitas, mas nenhuma se compara à conversa que tive com... adivinhem com quem??
Um homem que foi "o 1º Açoriano a circum-navegar o planeta em solitário a bordo do veleiro Hemingway". Um Comendador da Ordem do Infante D. Henrique.
Com partida a 28 de Outubro de 2000 e regresso à Ilha do Faial, numa triunfal chegada ao porto da Horta no dia 18 de Maio de 2002.
Acompanhei a transmissão, em directo, pela RTP-A Rádio Televisão Portuguesa - Açores e já nesse dia fiquei com algumas lágrimas emotivas que teimaram em deslizar do meu olhar... mas hoje, sem dúvida, foi um emocionar de verdade, numa conversa simpática.
Cumprimentar este "Filho do Mar", de olhar azul cristalino, para mim foi algo inexplicável. E palavras para quê!? Este Velejador só por si diz tudo e muito mais nos diz a sua página pessoal que vos peço que consultem no endereço incluído na imagem que se segue e que nos convida a sonhar.
Podemos sonhar com a sua maravilhosa viagem iniciada no Faial e passando por Cabo Verde, Caraíbas, Guadalupe, Canal do Panamá, Ilhas Galápagos, Ilhas Marquesas, Ilha Samoa, Austrália, Ilha Rodrigues, Ilha Reunião, África do Sul (Durban), Cabo da Boa Esperança, Ilha Santa Helena, Ilha Fernando de Noronha, Fortaleza (Brasil), Guadalupe e finalmente de volta aos Açores...
"Depois de percorridas 26760 milhas em 13 meses e 21 dias, Genuíno Madruga terminou dia 10 Abril de 2002, a viagem de circum-navegação do planeta em solitário"
Eu faço aqui a minha homenagem a Genuíno Alexandre Goulart Madruga.
Obrigado, amigo Madruga!
Azoriana
height=87 alt="Siga o link e leia tudo" src="http://silvarosamaria.no.sapo.pt/imagens/genuino.gif" width=389 border=0>









"Aguenta aí!!" Tourada do Porto das Pipas 2004

26.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

O foguete
Mesmo com tarde sombria
O foguete foi atirado,
Porto das Pipas então acolhia,
O touro bem apressado.

Para todos foi atractivo
Uns pneus bem amarrados,
Mas o 2º toiro foi um perigo
E deixou-os desalinhados.

Câmara de ar estava cheia
Não tardou esvaziada,
Com a "galhadura" certeira
Acabou sendo furada.

A tarde foi mui divertida,
Às gentes chamou a atenção,
O homem da camisa despida,
Foi a grande atracção.

Ao toiro não mostrou medo,
Pronto sempre estava a atiçar,
Foi ele que despertou o enredo
Deste meu fraco rimar.

Todos ficaram atentos,
A esta linda brincadeira,
Risos e palmas aos elementos
Que animaram este porto da Terceira.
Tourada Porto Pipas
Clique para ver mais imagens

"Aguenta aí!! foi grito já habitual
Proferido em dada altura,
Mas os toiros nem fizeram mal
A nenhuma criatura.

Havia algum colorido,
Naquele lugar remodelado,
Um elogio bem merecido
Ao espaço muito melhorado.

Até nos barcos de pesca,
Perto da rampa, enfileirados,
Havia os vestígios da festa,
De uns tantos aficcionados.

Porto das Pipas serás lembrado,
Um grande porto de festejo,
E na Tasca mui regalado
Petisco e cerveja a desejo.

Agora tenho que terminar
Para não maçar os leitores,
E para quem quiser recordar
Veja algumas fotos a cores.

Rodrigo, d"O Fotógrafo" atento,
Captou o pormenor, sem falha,
E para rever este evento
Andei para a Rua da Palha.

Após visualizar num monitor,
Tourada do Porto-das-Pipas 2004,
Escolhi umas fotos com o "sabor"
Das Sanjoaninhas - 25 Junho 2004.

© Azoriana

Terra e Mar

26.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

"Oh! mar azul que tanto encerras
Os peixes teus nadadores!
São o perfume da mesa
De todos os pescadores."

M. Correia

Jamais esquecerei esta quadra. Quem a pensou e me disse foi a minha
falecida mãe. Por isso tinha de fazer esta revelação.
Não sei o dia que foi pensada e elaborada. Sei que eu estava na escola e
tinha que fazer uma composição sobre o tema. Na altura não gostava
de redações e a minha imaginação não era muito fértil.
Cheguei a casa e não havia maneira de sair a quadra... Foi então que
pela manhã a minha mãe (que de certeza dormiu mal para criar a
dita), me revelou o resultado de uma insónia.
Hoje, aqui sentada, e com outras capacidades (nem tantas como
gostaria) percebo que alguma herança devo ter recebido e que o
cordão umbilical não foi totalmente desenraizado. Passados, talvez,
uns 28 anos, esta quadra é uma recordação, uma lembrança, uma
marca que ficou na minha memória.
E foi este mar que inspirou a minha mãe e esta a terra que viu os meus
primeiros passos.
Este MAR continua azul mas com um vulcão adormecido... e nem esta
TERRA o quer acordar, mas uns tantos textos já fez despertar.

Rosa Silva ("Azoriana")

Cantinho da Mocidade

25.06.04 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ribeira Catorze

Aspecto da Ribeira das Catorze,
freguesia da Serreta, ilha Terceira, Açores

Em tuas pedras saltitei,
em tuas bermas pulei,
molhei meus pés nas águas, térreas,
onde conheci as dádivas serenas
vindas da mãe natureza.
Ainda sinto o olhar embevecido
da alegria da minha infância,
tudo parecia tão sortido,
agora dou tamanha importância;
porque outrora, sim, tive "abundância",
e a vida tinha outro sentido.
Hoje:
há tanta pressa,
tanta corrida desenfreada,
já não há tempo de conversa,
estarei eu, enganada!?
Gostava de ser tão diferente,
e dar a meus filhos bom presente,
mais atenção, carinho e prontidão,
"pegar ao colo", abraçar e dar a mão...
mas sinto tudo a escapar,
será que estou a falhar!?
Não! Não!

Deixa-te de pensar, em triste,
vê o que de bom existe;
vê o que já fizeste;
vê o que produziste:
Uns filhos que muito amo,
são as pérolas que eu tenho,
porque a paternidade abalou,
mas a mãe com eles ficou...
E mesmo que eu esteja "ausente",
não deixarei de estar presente
e um dia, talvez,
chegará a nova ocasião
e à Ribeira das Catorze os levarei,
e então lhes mostrarei,
o lugar que doravante chamarei:
"o cantinho da minha mocidade".

Rosa Silva ("Azoriana")

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