Aberração!
Pedaços de escrita
enlatada
martelada num teclado
dum pensamento obstruído
beijado
sorridente
chorado
morto devagar
desaparecido num tornado
enrolado numa nuvem
envolta num estrelado
de uma ilusão
de um momento
ódio do medo constante
de estar
de não ser caracter de papel
da árvore bendita...
Escritos enlaçados
arquivados
Onde estás Poesia!?
Quem te ama!? Quem vê a tua beleza!? Onde mora essa arte?
Hoje, há aberração... desilusão...
Carregam-se sacos cheios de mudança parada...
Limpam-se paredes de misérias caladas...
Pagam-se faturas de flagelos atordoados
Aberração!
Essa maldita farpa que espeta até fazer sangrar o coração...
Tu, Poeta,
és de ouro puro,
tens as pérolas sábias do escrever.
Eu não sei usar as palavras...
Sei apenas transcrever o que me dita o coração...
e hoje este coração está em aberração... só aberração!!!