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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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O que vamos nós cozinhar?

15.02.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Cada um com sua tara
neste mundo de ilusão
- Oh rapaz come o feijão!

Então ele diz contrariado
- Eu não quero mais feijão,
Estou enfastiado...

- Então o que é que vais comer?
Porque não experimentas cozinhar?
Eu sei, eu sei... fazes orelhas moucas
E depois calas as bocas...

Vamos pedir ementas?
Sei que há bons cozinheiros...
Faltam-me é os dinheiros...

Não queremos ficar doentes
já temos dois nessa conta.
O que vamos nós fazer?!
Vais ao talho? Não!
Vais ao mercado? Não!
Gostas de peixe? Não!

Então come lá o arroz com feijão!
E não se fala mais nisso.
Anda daí espreitar «A Cozinha d'Adega»
ou a «Cozinha da Grilinha».

Azoriana

Retalho do meu tempo

15.02.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Olha para mim
dá-me uma alegria
para que eu durma tranquila
e me beijes o sono
na leveza da esperança

Estou tão absorta no meu silêncio
que por muito que eu queira
já perdi a febre do momento
da hora tão passageira.

Queria tanto ver a lua
nesta névoa destemperada
num ninho sem passarinho
numa rua de folhas caídas.

Queria ser a tua amada
passeando no jardim
O repouso do pensamento
no fundo do meu baú
porque tu não és tu
és apenas o que escrevo
num retalho do meu tempo.

© Azoriana