Grafologia de novo
Para quem não sabe ou não leu o meu escrito anterior sobre Grafologia, digo-vos, agora, que o mundo da Grafologia fascina-me.
Começar pelo fim em direcção ao início é assim que deve ser feita a análise cuidada de uma escrita de um indivíduo, sem que este esteja a pensar naquela análise. Não poderá ser manuscrito usando o lápis ou caneta de feltro, mas sim a esferográfica. Tem de ser uma prosa sua e não copiada, utilizando um papel sem linhas, no estilo que bem lhe apetecer.
É o momento da escrita que interessa. Portanto, um texto feito naturalmente e que contenha a sua assinatura legível (um rabisco não é elucidativo).
Geralmente o início de uma escrita tende a ser executada mais conscientemente. É natural que a meio e já no fim do manuscrito nos soltemos mais e esquecemos a maneira como formamos as palavras escritas iniciais. Claro que há excepções, principalmente se houver interrupção da escrita por umas horas ou dias.
O verdadeiro escrito é o daquele que não está a pensar em ser analisado.
A caligrafia reflecte o temperamento ou o processo mental no momento da escrita. Diz-se que a grafologia é o estudo e análise da caligrafia com o fim de interpretar o carácter e a personalidade de cada um. Ao longo da vida existem vários formatos de escrita e até mesmo durante um dia, depende do estado de espírito, das ideologias ou do ambiente que nos rodeia, etc.
Para mim que sinto este gosto pela grafologia, deparo-me, repentinamente, a analisar escrita sem sequer me pedirem. Há coisas que me saltam à vista e uma delas é uma assinatura com uma cruz. Isso jamais o meu olhar esquece ou se desvia. Prende-me todas as atenções.
Hoje, vi uma assinatura, entrar-me porta-cartas dentro, com uma cruz e entrei em agonia. Foi agonia mesmo sendo de quem é. Tem visivelmente uma cruz no fim da assinatura. Isso levou-me a escrever este texto. Claro que foi apenas uma assinatura e não conheço o corpo manuscrito do texto, que se apresenta em formato mecanográfico. Acho que até nunca vi nada manuscrito da pessoa em causa, excepto a assinatura.
Claro que quem assina utilizando uma cruz em qualquer parte da assinatura não vai deixar de o fazer por causa deste meu texto. Ninguém muda a sua personalidade por causa de um texto. E mesmo que evite fazer cruzes na assinatura elas podem estar espelhadas pelo corpo do texto, sem sequer nos apercebermos. Também se fizermos análises a documentos anteriores ou fizermos comparações, as cruzes notar-se-ão, salvo se houver uma mudança radical de personalidade ou convicção.
Se quiserem saber mais sobre este assunto e sobre o que vou encontrando, falem comigo ou escrevam-me.
Se eu visse alguns manuscritos ou assinaturas (legíveis) antes do dia 20 de Fevereiro talvez me ajudassem a ter uma clareza de ideias sobre algumas personalidades.
No entanto, não se devem fazer julgamentos súbitos mas há certas caligrafias que me provocam súbita reacção. Nem sempre isso acontece. Hoje senti essa reacção e foi num ápice. Fiquei em estado de alerta quando olhei a assinatura.
Sou assim e não consigo evitar estes sobressaltos repentinos, esteja eu onde estiver. Não tem hora, nem é programável. Acontece-me olhar um manuscrito ou uma assinatura (letras, posição de escrita, etc.) e zás, lá surge a vontade de analisar.
E já agora vos digo: A minha escrita é mutável e inconstante.
Mostra-me a tua escrita? Mas agora sei que vais escrever diferente e isso assim não vale...
E tem mais! Não revelo, aqui, qual foi a assinatura que vi e me fez escrever este texto... Se calhar nem notavam isto que eu notei...
Votos de boa escrita. Abraço de
Azoriana