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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Poetas em Destaque - Natália Correia

14.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

A Defesa do Poeta

Senhores jurados sou um poeta
um multipétalo uivo um defeito
e ando com uma camisa de vento
ao contrário do esqueleto

Sou um vestíbulo do impossível um lápis
de armazenado espanto e por fim
com a paciência dos versos
espero viver dentro de mim

Sou em código o azul de todos
(curtido couro de cicatrizes)
uma avaria cantante
na maquineta dos felizes

Senhores banqueiros sois a cidade
o vosso enfarte serei
não há cidade sem o parque
do sono que vos roubei

Senhores professores que pusestes
a prémio minha rara edição
de raptar-me em crianças que salvo
do incêndio da vossa lição

Senhores tiranos que do baralho
de em pó volverdes sois os reis
sou um poeta jogo-me aos dados
ganho as paisagens que não vereis

Senhores heróis até aos dentes
puro exercício de ninguém
minha cobardia é esperar-vos
umas estrofes mais além

Senhores três quatro cinco e Sete
que medo vos pôs na ordem?
que pavor fechou o leque
da vossa diferença enquanto homem?

Senhores juízes que não molhais
a pena na tinta da natureza
não apedrejeis meu pássaro
sem que ele cante minha defesa

Sou uma impudência a mesa posta
de um verso onde o possa escrever
ó subalimentados do sonho!
a poesia é para comer.

Ao convidado "Blue Heaven"...

14.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

A forma como eu te vejo: um Amigo com arte, com paciência, com generosidade, com alegria, que sabe ouvir e aconselhar, enfim, só sei a parte boa de ti, Amigo. E se tens a outra faceta nem será de admirar pois o homem compõe-se de coisas boas e más porque é Humano! Admirei o teu poema que colocaste no meu cantinho (...).
Portanto, hoje é o dia certo para uma divulgação que devo fazer. Não se admirem se ao entrarem no meu blog virem algum poema ou texto de "Blue Heaven". Este é o nickname de um Amigo que conheço há anos e que resolvi convidar para nas minhas ausências e empedimentos não deixar o blog paralisado e inanimado. Ele percebe bem deste assunto e irá estar atento quando necessário.

Hoje não é dia de tristeza
Nem me fizeste entristecer
Colocaste na palavra a beleza
E a Poesia soubeste enaltecer.

Eu não quero neste dia chorar
Nem tão pouco vou estar a rir
Quero simplesmente sonhar
Que minha Mãe esteja a sorrir.

Sei que és um Amigo sincero
Na companhia da tua amada
E eu sempre também espero
Uma amizade muito honrada.

Poeta insistes tu em me chamar
E eu a ti que chamarei então?
A inspiração insiste em me tocar
Um cantinho do meu coração.

É com grande alegria
Que te fiz convidado,
Para que nalgum dia
Meu canto seja amparado.

Fico-te muito obrigada
pelo Poema e pela tua Amizade
Um beijinho para ti e tua amada
Desejo-vos toda a Felicidade!

Azoriana

Dia da Poesia e Aniversário da tua Mãe

14.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Espero que não te incomodes, mas hoje aqui algo vou escrever para ti:

hoje é dia da poesia
e aniversário da tua mãe
não digo que seja de alegria
mas de tristeza não será também

e assim algo pequenino
eu aqui vou dizer
não será para alegrar
mas também não é para entristecer

a tua Mãe é a poesia
neste dia que está a passar
pois dela surgiu uma linda poeta
que espero que esteja a ler e não a chorar

esta bela poesia
te cuidou com carinho
e assim para ti
eu te dou este miminho

sou amigo de sempre
e amigo para sempre serei
te dou uma bela rosa
e um beijinho sempre que poderei

e vinda da poesia
que bela poeta foste ser
escreves coisas bonitas
e algumas fazem crescer

um beijo dedicado, para ti e para a tua mamã
não se encontra entre nós, mas estará sempre no teu coração

Blue Heaven

Dia da Poesia e...

14.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

14 de Março - Dia da Poesia

Escolheram bem a dedicatória ao dia
e eu lembrei-me de ti "Sonhos de Poeta"
porque este dia não é só um dia
são todos juntos num viver
de momentos áureos de sonhos,
dos teus sonhos... tantos sonhos!

Se dizem que hoje é dia da Poesia
então hoje és o meu Ídolo
porque contigo há Poesia!

Era dia de aniversário da minha Mãe!
Só agora o fiz especial: o Dia e a Mãe...

Azoriana

Como é bom sorrir... (a propósito de um comentário)

13.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Não o conheço Rui Coutinho, tenho pena...
Quem sabe até lhe dedicava um poema?!
É que eu sou partidária do tema
Não há maneira de fugir desta cena.

Quadras populares a qualquer hora
Nem a métrica é muito certeira
Eu apenas sou da ilha Terceira
Aguardente nem é de deitar fora!

Se eu a tomasse, certa a bebedeira
Isso está agora bem fora de causa
A escrita então teria uma pausa,
Mas tomá-la não há sequer maneira!

Desculpe esta minha brincadeira
Não quis brincar com seu intelecto
Fiquei tão contente com Joel Neto
Por fazer um programa na Terceira!

Mel de cana eu compro nos mercados
Para fazer o famoso
bolo de Natal
Se da
Madeira vem, então é especial
E é bom que chegue a todos os lados.

Adeus "inté à promeira"
A Azoriana despede-se sorridente
"A culpa é da aguardente"

Azoriana
P.S. Isto tudo devido ao
artigo anterior e comentários que me surpreenderam e alegraram pela excepção e pelas descobertas agradáveis sobre a ilha da Madeira, tudo por culpa da tal aguardente (risos).

Em maré vazia

11.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

(A culpa é da Aguardente)

Este dia está muito triste
Nem sei se devo poetisar
Tenho p'ra mim que existe
Única maneira d'alegrar

Pede-se uma semana
Ao senhor que governa
Fazer bolos com mel de cana
Ou ir para uma taberna...

Bebe-se uns bons copos
De uma cachaça valente
Depois aparecemos mortos
No emblema: "É só Aguardente!" :)

Azoriana

Folha caída

11.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Minha surdina é não me apetecer filtrar a névoa da alma.
Quero ficar dentro de mim onde tudo se amontoa num tempo
não consigo desenhar um caminho para outro deserto.
Adormeci-me, acordada, como folha caída e inanimada...
a noite toma conta de mim por um dia...
Vem e alegra-me algum som,
não me deixes vazia
faz da minha noite... dia!

© Azoriana

Terra assaltada

09.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

A fúria das águas salgadas invadiu o parque e toda a zona da Calheta dos Biscoitos...
nada impediu um lençol gigante e estrondoso de galgar a terra na sua quietude,
nada permaneceu igual... tudo ficou assustado pela explosão de água furiosa.
Fico-me a olhar imagens, sem paz, de um assalto a um punhado de chão de um verão revirado
quanta força trazias? quanta raiva oferecias? ...
apenas e só uma terra assaltada pela grande vaga!

Azoriana

Nota: As imagens foram gentilmente emprestadas por uma pessoa que preferiu não se identificar.
Os meus cordiais e sinceros agradecimentos


Temporal na Calheta da Freguesia dos Biscoitos - Ano de 2004
Concelho da Praia da Vitória - Ilha Terceira - Açores

Poetas em Destaque - Paulo Roberto

09.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Vida... Poesia...Poema

Dentro da noite fria
Ponho-me a escrever
A poesia dentro da minha vida.
Deleito-me sobre a minha paixão
Minha vida...Minha poesia.
Recordações e Emoções
O prazer de escrever com um tema...Poema
Revitalizo meu espaço
Durmo irrequieto...Deito em seus braços
Antevejo seus traços
Colho uma flor no espaço
Carrego uma idéia na mão
Meus versos saem como uma erupção
Minha vida...Minha Poesia...Meu poema

(19-09-2004)
Paulo Roberto

"Imperador"

Avó

09.03.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Minha querida avó

Escrevo-te este artigo já um pouco fora de tempo.
Sei que não o vais receber nem tão pouco ler ou até já sabes o que vou escrever-te.
Sinto uma terrível saudade...
Lembras-te, avó, quando foste a minha casa pela última vez? Quando quiseste que eu tivesse no meu jardim uma roseira?
Pois, eu tive essa roseira que me deu algumas rosas pequeninas. Temo que agora ela já não exista mais, mas ficou sempre a plantinha no meu coração.
Escrevo-te estas linhas porque há muito que ninguém me escreve uma carta e eu lembrei-me que tu também gostavas de cartas e passavas horas a escrever uma bela carta e sempre com um sorriso estampado em cada envelope... lembro-me daquele estrado junto à janela e a banca onde te inspiravas.
Por isso não te admires de escrever-te este artigo porque sei que nunca imaginavas que eu escrevesse estas coisas...
Despeço-me pedindo perdão pelas vezes que te causei desgostos e hoje arrependo-me tanto.
Um doce beijinho e espero entregar-te a rosa que guardo para ti!
Azoriana