Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
align=justify>O CdG - Choque de Gerações vai ter o lançamento do seu livro e em simultâneo a festa de despedida do programa, no dia 6 de Junho, pelas 20:30 (segunda-feira). A respectiva apresentação será feita por Francisco José Viegas, um dos comentadores deste Programa Regional. No artigo do blog oficial CdG vêm referidos alguns pormenores interessantes que podem ler e para isso basta seguir este link: CdG - O LIVRO LANÇADO A 6 DE JUNHO, EM ANGRA DO HEROÍSMO.
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Apresento os meus parabéns a toda a equipa... e como já ouvi "a despedida não tem dia não tem hora, não se sabe quando chega nem quando se vai embora". Neste caso sabe-se o dia e a hora mas para mim é uma pena. Talvez voltem!
Relembro um dia de inspiração, não sei se boa, não sei se má, mas só Joel Neto, o autor, saberá!
Foi num sábado... o último de Maio. O último sábado do mês do coração, do mês de Maria, do mês... da inspiração. Um sábado claro, em que os azuis eram mais azuis e os verdes... os verdes quase cegavam. Sim! Fiquei cega pela paz da natureza, dos prados de mil verdes, daquela árvore solitária como que a dizer-me: Olha para mim, não me deixes aqui sozinha! Caminhava pela canada que nesta tarde foi só minha... e dos pássaros... e das rãs que se escondiam no lodo do tanque à entrada do cerrado. Vi o melro que cortejava a sua companheira e, visitei, também, o moinho. Deste apenas resta o cilindro de pedra... nem janelas, nem portas... nem som! Ali, mora apenas a saudade (mas que palavra parva para os que já nem sequer sabem quantos taleigos sairam daquele canto há muito tempo largado). - Que dia lindo! Que paisagem linda! Um sábado para passear é especial. Tudo me cheirava bem (nem sempre assim pensei, mas hoje senti a tal diferença): o cheiro da terra, da bosta que sarapintava o chão por onde passei (Cuidado! Não vás sujar o calçado!). Fez-me pensar que as vacas são felizes ali... não se aborrecem com a rotina, são obedientes e não sabem de quaisquer leis a não ser a lei da voz: "Ei, vaca p'ra diente" - já não ouço este eco da voz do "titio", que há muito partiu; já não bebo do copo aquele leite acabadinho de sair das tetas da vaca submissa. Lembro-me que todos os dias corria direitinha ao curral onde o "titio" reunia as poucas vacas para encher as latas de leite... como era saboroso aquele leite quentinho! Eu permanecia do lado de cá da parede, não fosse a vaca espernear. Nesse tempo, eu era uma criança e só hoje percebo o quanto fui feliz. Houve algo que me impedia, agora, de ver bem a paisagem... marejava o olhar da saudade! Tentei, então, alegrar-me de novo. Estava lindo demais para deixar entrar a tristeza, preferi convidar a alegria e deslumbrar-me na tarde com vista para as ilhas de São Jorge e Graciosa, bem ali na minha frente, uma à esquerda e outra à direita, respectivamente. Deste terreno-chão eu podia tocar as duas ilhas com a minha mão. Agora e ali, nada me impediu este encontro com a terra da minha alvorada - Serreta "terreno alto sobranceiro ao mar".
Se tu viesses ver-me hoje à tardinha, A essa hora dos mágicos cansaços, Quando a noite de manso se avizinha, E me prendesses toda nos teus braços...
Quando me lembra: esse sabor que tinha A tua boca... o eco dos teus passos... O teu riso de fonte... os teus braços... Os teus beijos... a tua mão na minha...
Se tu viesses quando, linda e louca, Traça as linhas dulcíssimas dum beijo E é de seda vermelha e canta e ri
E é como um cravo ao sol a minha boca... Quando os olhos se me cerram de desejo... E os meus braços se estendem para ti...
Na Baía o São João alegre vai a cantar colorido é o balão para o porto enfeitar.
Venham todos à Terceira Embalados pelo mar Um baile feito n'areia E nas fogueiras saltar.
Vamos, toca a marchar pelas ruas da cidade Angra é amiga do mar ao leme vem a saudade. Vamos, toca a sorrir pelas ruas da cidade Brava Gente a colorir este jardim d'amizade.
Foguetes riscam os céus a lua beija a Marina o reflexo vem de Deus Encanta a nossa Rainha!
Angra bela cidade entre festas e arraiais ternura em qualquer idade embeleza o nosso cais.
align=justify>Num dia que começou chuvoso e tão cinzento, resta-me esperar que o CdG - Choque de Gerações nos traga boa disposição na sua 27ª emissão padronizada para hoje. Basta aceder ao seu blog oficial para deixar o comentário a condizer com os temas para discussão: 1) balanço dos dois primeiros meses e meio de governo de José Sócrates; 2) as novas ameaças à ordem internacional, vindas nomeadamente do extremo-Oriente. Estou sempre atenta ao Programa e resta-me enviar cumprimentos cordiais a toda a equipa.