Fizeste-me... (artigo 500)
Mãe, fizeste-me corpo de rajada!
E a vida levaste ao novo baptistério.
Acompanhar-me?! Não, no cemitério!
Teu barro foi partida ora finada.
Orfã sou! Fiquei sem ti... quase nada!
Procura incessante do mistério
Que encobre o riso, fica muito sério,
Tenta aguentar-se nesta caminhada.
O sol nem sempre aguenta ser escasso;
A luz que brota dá-se em oração.
E faz com que amanheça então meu passo.
Mas eu tenho que ser forte e libertar!
A vontade clareia-me o coração;
E o meu compasso torna-se acertar.
Rosa Silva ("Azoriana")
Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=5132
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