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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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O desastre (por Aida Borges)

05.08.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

O Desastre

"Três irmãos andavam numa mina perdidos. Estavam com medo, principalmente a mais nova. A mina estava em bom estado, porque lá tinham andado mineiros a trabalhar. Então o João disse:
- Não gosto da ideia de estarmos debaixo da terra, especialmente no interior, onde tremeluzem lâmpadas eléctricas, pedras lisas e afiadas e outras coisas que nos podem matar!
- Não digas essas coisas parvo, pode dar azar - disse a Joana, a mais novinha.
- E tu acreditas nisso...
O Miguel não acabou a frase, porque sentiu o chão tremer. Nesse momento ele ficou branco como a cal.
- O que foi?
- Um terramoto, vamos sair daqui!
- Por onde?
- Não sei, despacha-te!
Mas não foi a tempo, atrás deles tinha acabado de cair um monte de pedras, à frente deles estava a parede. Só podiam ir para cima.
- E agora? - perguntou a Joana, que quase não saía a voz com o medo.
- Eu vou à frente, depois vens tu - disse o Miguel apontando para o João - tu segues-nos. Vamos subir.
Todos concordaram. Mas, a parede começou a rachar-se e caiu-lhes em cima, quando um abalo forte chegou. Eles os três morreram, mas só se soube da notícia 4 dias depois."
(c) Aida Borges