Um soneto de um Poeta Brasileiro, de Guarulhos
LUCIDEZ E LOUCURA
de Francisco C. Monteiro
O soneto que hoje fiz foi escrito
D'uma forma correta, d'um modo inverso
Sei que morro no final de cada verso
Para enfim renascer no infinito
Infinito este no qual ecoa meu grito
Nos confins do meu pequeno universo
Onde comigo falo, me contradigo, me desconverso
No mesmo instante que sou feliz, estou aflito!
Travo um diálogo mudo entre lucidez e loucura
No mundo claro da minha sala escura
Onde, cansado de não correr eu me deito
Tateando na cegueira a minha mão procura
achar o teu semblante, a tua figura
Para dormir o sono do amor no teu peito!
_________________________
(Nota: Orgulho-me do poeta me ter enviado, para o comentário do artigo "Porque Angra... é bela!", um dos seus mais belos sonetos.
Que tenha sempre muita inspiração e desejo-lhe muita felicidade.
Um Obrigado sorridente da "Azoriana", Terceirense.)