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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Que amor!

21.11.05 | Rosa Silva ("Azoriana")

Tão frágil sou
neste meu sangue
que de azul
só em veste minha.

 

 

E fez-se em mim
amor p'la rima
musa encandeia
mais à noitinha.

 
 

E se o sorriso
aponta o dia
nasce a esperança

 

 

... e eu canto: Há vida!

© Azoriana

Sensibilidade

21.11.05 | Rosa Silva ("Azoriana")



Escondi a sensibilidade no cinzento da bruma
desfraldei os sentidos
nas vagas de um mar de silêncios
deixei-me quedar no espaço
entre aqui e o além.

Orei no deserto das palavras
calcorrei na areia do meu corpo
deixei o olhar preso numa gota de orvalho
e apenas vi
palavras escritas
nas palmas da mão do vento.

Ofereço-te
nada do que escrevo é meu
mas sim pertença de almas despertas
no regaço da palavra.

Eu ofereço-te uma rosa limpa
para a depores no altar da vida
percorre o pó de onde vieste
mas não deixes os espinhos presos
na cintura da tua alma.

Chora!
assim baixo
como os trinados da guitarra
deixa que da tua alma se soltem os murmúrios
que só tu conheces
deixa que o mar toque as margens do teu corpo
te beije a alma
te lave as chagas
e só depois
caminha
porque para além dessa linha
há um mundo que te espera
e uma voz que te diz
solta as palavras
que te beijam a alma.

© E. Vieira