2 de Dezembro
Se o meu pai fosse vivo, hoje estaria à espera do bolinho a seguir ao jantar em família. Ao todo seriam nove pessoas à volta da mesa. Era um dia que ele fazia questão de não ficar esquecido.
Hoje, falta a minha mãe que já não está no mundo dos vivos, e também um dos netos que anda na terra que não avista o mar, mas sei que está a gostar do estudo.
Hoje, basta-me olhar o mar... porque sempre me lembro que o meu pai tinha uma paixão por ele... esse mar que espreitou o seu nascer há 76 anos, junto ao cais de Santo Amaro, da bela Ilha do Pico.
Hoje...
fico por aqui...
no silêncio
do mar.
Azoriana