Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

«Açores», por Gracilene Pinto (Leitura do dia 4)

A natureza dourando em ouro e mel
Nem me deixa ter certeza
Onde finda o teu mar,
Onde começa o céu...
Parece até
Que algum Midas desgarrado
Pôs as mãos sobre ti
À hora do ocaso
E, por magia,
Banhou-te de dourado...

© Gracilene Pinto (*)

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(*) É uma escritora e poetisa brasileira, por um lado da família de origem Açoriana, e por outro minhota...
As saudades apertam quando se lembra das iguarias açorianas, dos doces de espécie, filhoses, doces de laranja cidra, etc. e muitas outras lembranças que se prendem com tradições antigas, tais como de ver a sua avó trabalhar no tear e a fazer renda de bilro a cantar o vira minhoto para a adormecer; das procissões de São Vicente de raminho de flores na mão (um dia me vestiram de anjinho na procissão), e nas rezas a outros Santos padroeiros, nas ladainhas e ofícios a Nossa Senhora.
Segue-se outra parte da carta que me enviou recentemente: "Enfim, tenho todo um histórico familiar que me faz ficar enternecida quando vejo que em Açores ainda se cultua as velhas tradições, que já aqui estão cada vez mais se acabando e te digo que espero em Deus um dia poder ir a Açores pra ver isso de perto...
Fico muito contente quando assim escrevem dos Açores e quando ficam com uma boa imagem das nossas ilhas que alegremente divulgamos.
Fico à espera da tua visita e continuo seguindo o teu bem escrever.
Parabéns, amiga! E aqui coloco mais uma linda surpresa de Gracilene:

(pintura da autoria de Gracilene Pinto)

QUE SAUDADES!
De: Gracilene Pinto

Refrão

São Jorge do Açores!
Saudades me dá
Dos cantos de amores
Das bandas de lá...
Teus lindos ocasos,
Tuas noites de lua...
São Jorge do Açores!
Que saudades tuas!

Fechando OS meus olhos
Até posso ver
Os prados de hortênsias
E o Sol a nascer...
Teu céu anilado
Reflete no mar...
São Jorge não posso
Deixar de te amar.

Tudo em ti me encanta
Rendas e canções,
Teu queijo, teu gado,
Praias, procissões...
Teus doces de espécie
Adoçam-me a boca.
Teus beijos, meu doce,
Que coisa mais louca!

A arma

(imagem da internet, remodelada)

Estou no pelotão da frente
Apresento-me ao Tenente.
Está tudo em sentido
Tenho o dever cumprido!

Perfilo-me à esquerda
E à direita não há perda
No alinhamento do nariz,
Que o Cabo assim o diz.

Ergo a arma em riste,
O dever assim resiste
Vem para o ombro duro
O instrumento seguro.

Erguida toda a parada
Mostra-se toda alinhada.
O nariz é que indica,
É ele que dá a dica.

Ouve-se: "Esquerda rodar"
E agora "Direita rodar"
Num berro estridente
Segue a marcha p'ra frente!

Alto! Ouço repentinamente,
Não vás tão de repente!
Pára a arma, desapontada,
Desliza não tarda nada.

A queda foi tão fatal
Que até me deu um mal...
Atiro-me para o chão
Lá se foi toda a... formação.

E na ponta do fuzil
A volta não é civil
Assim se tapam chamas
Ai de ti se reclamas!

Fim
(autor desconhecido)

P.S. Aproveito para Homenagear todos quantos defendem a Pátria com Honra e Glória!
E na blogosfera li assuntos militares.
Azoriana