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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Apontamentos históricos

07.01.06 | Rosa Silva ("Azoriana")
DATA ASSUNTO
1427 Provável descobrimento das ilhas açorianas orientais e centrais por Diôgo de Silves
1439.07.02 Carta de D. Afonso V determinando o povoamento das sete ilhas dos Açores
1450.03.21 Doação da capitania da ilha Terceira a Jácome de Bruges
1460.12.03 Doação das ilhas de São Jorge, Terceira, Graciosa, São Miguel e Santa Maria ao infante D. Fernando
1474.02.17 Divisão da ilha Terceira em duas capitanias - Praia e Angra
1474.02.17 Doação da capitania da Vila da Praia, Terceira, a Álvaro Martins Homem
1474.04.02 Doação da capitania de Angra, Terceira, a João Vaz Corte-Real
1483.03.26 Confirmação da doação da capitania da Praia, Terceira, a Álvaro Martins Homem
1483.05.03 Confirmação da doação da capitania de Angra, Terceira, a João Vaz Corte-Real
1488.04.05 Confirmação, por mercê, da doação da capitania da ilha de São Jorge a João Vaz Corte-Real
1488.04.06 Confirmação, por mercê, da doação da capitania de Angra, Terceira, a João Vaz Corte-Real
1489.06.01 Doação das ilhas Terceira e Graciosa ao duque de Beja, D. Manuel
1493.05.19 Confirmação da concessão da capitania de São Jorge a João Vaz Corte-Real
1495.05.19 Doação da alcaidaria de Angra e de São Jorge a João Vaz Corte-Real
1496.06.27 Nomeação de Álvaro Lopes da Fonseca no cargo de capitão da vila da Praia da ilha Terceira
1497.07.02 Confirmação da concessão da capitania de Angra, Terceira, a Vasco Anes Corte-Real

Fonte: CEHA - Centro de Estudos de História do Atlântico - Madeira
Outras notícias de interesse - Região Autónoma dos Açores:

  • CCA - Centro de Conhecimento dos Açores:
    "vai ensinar a procurar origens familiares"

Memória dos Antepassados não se devia perder

"Os Registos Paroquiais foram criados pelo Concílio de Trento (1545-1563) (...) Estes documentos tinham como finalidade controlar e atestar os sacramentos que eram ministrado aos paroquianos (...) referentes à Igreja Católica.
(...) por volta de 1859, há um decreto-lei, emanado pelo Governo, para ser alterada a redacção dos Registos Paroquiais (...).
(...) Este decreto-lei entra em vigor no dia 1 de Julho de 1860, prolongando-se até 31 de Março de 1911, altura em que, por consequência da instauração do regime republicano em Portugal, dá-se a separação entre Igreja e Estado, continuando a igreja com os Registos Paroquiais e o Estado começando o Registo Civil (embora já houvesse Registo Civil desde meados do séc. XIX para os indivíduos não católicos) (...)". Fonte: Centro de Conhecimento dos Açores - documentação (1).

 

Registos Paroquiais
(registo por
ordem cronológica)

(B) Assentos de Baptismo (cronologia à data do Baptismo)

(C) Assentos de Casamento

(O) Assentos de Óbito

Breve resumo sobre os primeiros registos paroquiais da Ilha Terceira:

Registos

Concelho

Freguesia

Ano

Baptismos

Angra do Heroísmo

Santa Bárbara

1541

Praia da Vitória

Santa Cruz

1541

Casamentos

Angra do Heroísmo

Santa Bárbara

1541

Praia da Vitória

Santa Cruz

1559

Óbitos

Angra do Heroísmo

1570

Praia da Vitória

Santa Cruz

1561

Por tudo isto atrás escrito, extraído da informação disponibilizada pelos organizadores do (1) "Workshop - Iniciação à Pesquisa Genealógica", em Angra do Heroísmo, de 22 a 26 de Novembro de 2004, levado a efeito pela Direcção Regional da Cultura - Centro de Conhecimento dos Açores, realizado, em horário pós-laboral, no Palacete Silveira e Paulo (leia-se "Conhecer a Escola: 2. A Escola; 2.1 Breve nota histórica" do site de Escola Secundária Padre Jerónimo Emiliano de Andrade), sediado na Rua da Conceição, em Angra do Heroísmo.
Confesso-vos que ao inscrever-me fui movida pela curiosidade e, sobretudo, pela dificuldade que tenho em distinguir parentescos. Após a morte de minha mãe tornou-se imperioso estudar em profundidade o tema da genealogia para deixar "preto no branco", não por questões de vaidade ou o que lhe queiram chamar mas por querer sempre lembrar e deixar lembrança que a minha mãe era um autêntico "registo de memória" após o seu casamento.
Sempre que eu quisesse saber uma data e/ou parentesco recorria a ela. Era infalível a resposta, apesar de inválida e sentada numa cadeira de rodas ou deitada numa cama, dependente da assistência de outrém. Sofria de esclerose múltipla, mas só na fase terminal da doença, em Outubro de 2003, deixei de ouvir qualquer menção ao que quer que seja... (e lamento não ter tomado as notas necessárias na altura certa).
Por isso e depois de assistir à apresentação deste tema pelo Sr. Dr. João Ventura, que tem um saber e amor a esta ciência, despertou-me o entusiasmo de não deixar arrefecer uma pesquisa sobre os meus antepassados. Sei que posso contar com o seu apoio e o do Centro de Conhecimento dos Açores e, sem dúvida, que o Dr. João Ventura será a pessoa certa e competente para ajudar a destrinçar o que eu não vou conseguir de certeza (ler ou tocar sequer os livros que são autênticas relíquias, de valor incalculável), aliado ainda ao gosto pelas novas tecnologias que recebem os documentos de forma a serem visualizados através de um monitor de computador.
Quero deixar aqui, neste meu diário virtual, o registo não paroquial, mas o registo de um - Bem Haja! - ao Director Regional da Cultura, Dr. Vasco Pereira da Costa e a todos os seus colaboradores e um agradecimento muito especial ao Dr. João Ventura, que estou certa agradou a todos os participantes deste evento louvável.
Uma expressão que já ouvi e não lembro a autoria, que "dos fracos não reza a história" é totalmente descabida se lhe dermos um cunho interpretativo pelo lado negativista.
Mesmo que a minha história genealógica seja fraca, com legitimidade ou naturalidade nalgum dos meus antepassados, que desconheço, é a minha história. Tenho de saber o porquê de tanto olho azul, pele branca e rosada e se havia algum improvisador na família que gostasse de alguns rimares ou cantares populares. Soube que meu avô materno era muito alegre e gostava de festa.
E agora para terminar pergunto:
- Dr. João Ventura será que aprendi bem a lição!?
Sei que diria: "A ver vamos! Apareça pelo Centro de Conhecimento dos Açores"
Centro de Conhecimento dos Açores
(in folheto de divulgação)
"Enquadrando os objectivos da sociedade do conhecimento, O Centro de Conhecimento dos Açores pretende facultar ao público o acesso à informação sobre os Açores e estimular a pesquisa, nos domínios da investigação e do saber, correlacionando fontes históricas e científicas, através dos meios que as novas tecnologias facultam.
Conteúdos:
Arquivo Fonográfico dos Açores; Arquivo Fotográfico dos Açores; Bibliografia dos Açores; Inventário do Património Imóvel; Núcleo de Estudos Genealógicos; Património Subaquático; Universidade do Tempo Livre." 

Ilha de Santa Maria com "Alma de Poeta" - Leitura do dia 7

07.01.06 | Rosa Silva ("Azoriana")

E na volta pelas Ilhas Açorianas, começo pela primeira, a Ilha amarela, com nome da Virgem Mãe - SANTA MARIA.
E eis que, a meu pedido, surge a leitura do dia 7 de Janeiro, no Blog Mariense - "Alma de Poeta", com uma nota de rodapé na escolha feita por esta minha amiga, que me surpreendeu. Agradeço reconhecida e sorridente.
Se forem ler a nota postada vão comprovar a minha satisfação, porque aqui só vou colocar o poema escolhido, da autoria de Kalinas:

ALUCINAÇÃO

Dançando,
Rodopiamos pelo salão antigo.
Revestido a ébano,
Candelabros de velas acesas,
Exalam perfume,
E nos embriagam.

Enquanto rodopiamos,
Rocei a minha perna na tua,
Enquanto me inebriava,
Com o nosso odor.

Cheiramo-nos;
Roçamos nossos ventres,
Desinquietos.

Sentimos;
Em suor,
Aquele percurso
Que ondeia nossos corpos.

Roçamos nossos ventres,
Excitados,
Molhados,
Desejosos de paixão.

Olhei de novo o salão,

Fiquei a dançar sozinho.
Agarrado ao vácuo…
Em depressão,
Que não arde,
Nem queima
Só arde com a paixão
Da tua entrega.
Com a passagem,
Do meu desejo,
No teu desejo.


© Kalinas
2004