Homenagem a Luiz Fagundes Duarte, porque ele merece!
Página dupla da DI Revista (Diário Insular), de 04-04-04, no 1º aniversário, na 52ª edição. Este produto editorial veio substituir o formato jornal de Domingo. O projecto nasceu em Abril de 2003, já lá vão 3 anos. É OBRA e valiosa!
Eis uma imagem captada desta revista e redimensionada.
Abaixo, excerto da página 19, da DI Revista, de 25-04-04, com o título "Porque o 25 de Abril assim pede", do FOLHETIM, nº 183, de Luiz Fagundes Duarte.
Acima, imagem da página publicada no dia que a DI Revista fez um ano - 4 de Abril de 2004, com o título "Coração menino", no FOLHETIM, nº 180, de Luiz Fagundes Duarte.
A seguir, um comentário que recebi no livro de visitas da minha página sobre a freguesia natal - Serreta, da ilha Terceira, dos Açores:
5 - Luiz Fagundes Duarte (11-03-2004 - 01:51:00 PM)
Olá Rosa!
Acabo de ver a sua página, e fico a admirá-la: a si, e à página. De facto, a Serreta é tão pequena, tão nossa, tão esquecida - e nós, que somos de lá, praticamente não nos conhecemos.
Fico-lhe muito agradecido pelo que está a fazer pela nossa terra. Força, que bem precisa!
Um beijinho,
Luiz Fagundes Duarte
Eis o motivo porque andei remexendo na DI Revista. O conhecido Prof. Dr. Luiz Fagundes Duarte, há muito que é cronista (que me perdoe se não é esta a designação correcta) no Jornal "Diário Insular".
A partir de Abril de 2003 o seu "FOLHETIM" começou a ter uma página por excelência, neste novo formato, que coincidiu com o Folhetim nº 136, cujo título é: "Meu avô Francisco e o Livro dos Reis". Sei que me emocionei no momento que deitei o olhar ao primeiro parágrafo. Quando leio sobre os antepassados de alguém (neste caso, de um Serretense que conheço desde miúda pese embora não tivessemos trocado muitas falas), paira-me sempre vontade de deitar a lágrima cá para fora, mesmo que seja à mesa de uma biblioteca. Calhou ser na Biblioteca Pública e Arquivo Regional de Angra do Heroísmo que comemora o seu 50º aniversário. Apetece-me escrever: Quanta emoção já terão presenciado as ditas mesas... mas adiante.
Pelo que percebi, já o seu avô paterno era dado a leituras e sabia tudo acerca dos reis de Portugal. Com esta leitura até fiquei a simpatizar com os nomes de alguns reis e com o bom escrever tal e qual se pronunciava naquela altura o "home prufueito e assiado" (gosto imenso quando Luiz Fagundes Duarte escreve assim... é a sua especialidade... até parece que estou a ouvir este pronunciar à nossa moda, digo, à moda dos Altares).
"O meu avô Francisco, há cinquenta e tal anos, há setenta mesmo, há um século, naquela casa do Outeiro, à Canada do Rego, nos Altares, quando quase toda a gente era analfabeta - lia jornais e livros.
É por isso que eu me lembrei dele no Dia Mundial do Livro de 2003" - in Folhetim, nº 136, de 27/03/2003.
E eu lembrei-me do Luiz Fagundes Duarte porque acho que ele merece a minha sincera homenagem... Mesmo que eu não saiba escrever como ele, mesmo que eu cometa erros de linguística, presto-lhe uma homenagem enquanto estamos ambos vivos e na lembrança da Serreta. Cada um, à sua maneira, tenta manter vivo o nome da freguesia natal: ele com textos maravilhosos e muito bem escritos e eu... nem sei o que dizer dos meus (prefiro abster-me), ele se calhar tem algo a dizer-me sobre eles...
Estive a pesquisar algumas revistas (DI de Diário Insular) desde Abril/2003 até Junho/2003 e encontrei sempre nas páginas centrais, mais coisa menos coisa, o seu "Folhetim" e até tomei nota dos títulos e li o conteúdo das páginas. Umas vezes sorria outras lá vinha aquela saudade, quando li as "Lembranças da Avó Balbina" onde ele aludia à Serreta, no Folhetim nº 182, de 18 de Abril de 2004.
Na DI Revista, de 5 de Março de 2006, quando saiu a Reportagem sobre o Encontro Bloguista, ele escreve sobre as "Formas e palavras das nossas danças" - Folhetim nº 271, cujo conteúdo é digno de ser lido e relido.
E muito mais há a escrever sobre este conterrâneo mas se o artigo ficar longo demais ninguém lê. O que me interessa é que o homenageado o leia. Em que dia e em que hora? Isso não sei... porque há muito que não o vejo por cá.
Quem sabe um dia não nos vemos pela nossa Serreta... ou num comentário por aqui.
Assim espero. Bem haja!
E deixo o desafio:
Que tal publicar um livro com todos os números do FOLHETIM. Será que ninguém pensou nisso, nem o director do jornal "Diário Insular"?! Ou se calhar já está planeado. Talvez até terá mais que um volume?!
Essa seria a melhor homenagem: O lançamento do livro numa grande cerimónia abrilhantada pela Filarmónica Recreio Serretense. Aposto que ele vai gostar. Pensem nisso... porque ele merece!
Rosa Silva