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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Cortejo de abertura - Sanjoaninas 2006

16.06.06 | Rosa Silva ("Azoriana")

De todas as celebrações festivas dos Açores, o culto ao Divino Espírito Santo é a maior: maior no calendário, no acolhimento popular, na riqueza simbólica e religiosa dos seus rituais, na diversidade das suas evocações, na ambiguidade da fronteira que separa o religioso do profano.
Por tudo isso, é natural que a Comissão das Sanjoaninas 2006 tenha escolhido este tema para as suas festas, abrindo-as com um cortejo que o apresenta sua amplidão significante e sob forma alegórica.

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16-06-2006

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1º Os foliões

O primeiro quadro é dedicado aos foliões, na sua qualidade de oficiantes do acto nobre de coroar. Caídos em desuso, os foliões estão aqui como símbolo de um tempo que ainda perdura na memória, numa espécie de registo do que é recuperável. Estão aqui com a responsabilidade da sua função e também com a alegria da sua música, esta representada por diversos instrumentos, vendo-se um friso de «dois corações» - a identidade da Viola da Terra.

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2º O alfenim

Dos sons, passa-se aos sabores, aqui representados por um doce conventual de gosto e forma sublimados; o alfenim. Mãos hábeis moldam-no de acordo com as circunstâncias.
Neste caso, é a «pomba» - símbolo-mor do Espírito Santo.
E como ser alado que é, transporta a doçura da inocência, tudo vestido de açúcar branco como o alfenim.

O Espírito Santo tem casa própria: o seu império.
Os «impérios» são pequenas construções com a forma de capela fechada, a fronte lavrada em cantaria, quase sempre pintados com as cores todas da alegria.

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3º Os Impérios

Adornam estes frontispícios reproduções de pinturas existentes nas igrejas de Angra, remontando a mais antiga do século XVII, sendo a mais recente assinada nos finais do século XX. Todas estas pinturas têm o Espírito Santo como referência principal.

O bodo é de pão e é de vinho; de dádiva e de partilha; de fartura e de alegria. É este o motivo da quarta representação deste cortejo, na perspectiva de mostrar o que de mais importante envolve o culto do Espírito Santo - um culto que se reveste de forma simples de tudo o que alimenta a alma e o corpo.

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4º Pão e Vinho

 

A representação imperial tem, na coroa, o seu símbolo maior. Ela cumpre a parte principal deste culto. É ela que o sacerdote coloca, solenemente, na cabeça da inocência, coroando-a. É ela que encerra o cortejo em louvor do Divino Espírito Santo. É ela que pontifica nos «altares» levantados na casa dos «irmãos». É ela que simboliza também a identidade religiosa dos açorianos, residentes ou repartidos pelos quatro cantos do Mundo.

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5º A Coroa

As Sanjoaninas não têm ficado alheias a esta manifestação de religiosidade popular açoriana. Só que, desta vez, a Comissão escolheu o culto do Espírito Santo para centro temático das festas. E vai cumprir essa promessa, a partir de agora e até ao Ámen destas Sanjoaninas.

(texto extraído do panfleto distribuído à população durante o Cortejo.)

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Altar de São João


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Cortejo

Primeiro dia das Sanjoaninas
(Ilustrado)


I
Quer´aqui deixar bem claro
A fé e o labor profano
Que merece o meu reparo
A arte do ser humano:
II
Beleza inigualável
O apreço desta gente
Com trabalho admirável
No Cortejo eloquente.

III
Sons, doçura com magia,
Sorrisos brindam olhares;
Na noite do primo dia
Há grandeza nos «altares».
IV
Resplandecente louvor
Nesse voo cristalino,
Rainha, qual linda flor,
Coroada p'lo Divino.

Azoriana

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Flores ao Divino


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Séquito Real