Festas do Império da Caridade - Corpo Santo
Noite de Cantoria
I
Minha voz não foi talhada
P'ra cantar assim na rua
Caneta é mais afinada
Se alta já vejo a lua.
II
Sempre que há cantoria
Meus ouvidos ficam alerta
Sinto uma grande alegria
E o riso me desperta.
III
Se a quadra corre bem
E o tema não azeda
As palmas já sei que têm
E garantida a moeda.
IV
Tive uma felicidade
Um ano está a fazer
Ao Império da Caridade
Umas quadras fui dizer.
V
Disso não houve alarido
Nessa noite de estreia
Corpo Santo em sentido
Atenta vi a plateia.
VI
Fui a medo apresentar-me
Ao Mota, bom cantador,
Ele logo quis levar-me
Ao "palco improvisador".
VII
N'aventura tive sorte
Declamei meu improviso
Sei que não perdi o norte;
De treino sei que preciso!
VIII
De novo, os cantadores
No "palco" do Corpo Santo;
Nas cantigas são doutores
Seu desafio meu encanto.
IX
Que o Esp'rito Divino
Ilumine a cantoria;
O mérito é masculino
Prevalece a autoria.
X
Terceira fica contente
Convosco festa animada
Um abraço sorridente
A todos muito obrigada!
Azoriana