Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"
2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"
3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"
A abertura solene do I Encontro Luso-Maranhense Sobre a Memória Açoriana no Estado, com imagens do evento de 2006, sendo a mesa composta por entidades locais e representante da nossa Região.
Eu vibrei ao ler algumas passagens deste belo documento histórico, inclusive esta que me chamou a atenção:
Destaco a imagem da poetisa Gracilene do Rosário Pinto evocando a Serreta, conforme é referido na imagem que ampliei e fiz realçar. Nem imaginam a emoção que é saber que a Serreta foi mencionada pela nova amiga.
Chamo a atenção para um poema muito bonito do Professor António Melo de Albuquerque Carvalho, que é digno de se reler, e na mesma página podemos ver os músicos da Terceira que prestaram um tributo a Carlos Paredes.
Em nome da Senhora dos Milagres, da Freguesia da Serreta, da Ilha Terceira - Açores, começo. Pai, Filho e Espírito Santo.
Angra do Heroísmo, 30 de Julho de 2006
Exmº Senhor CARLOS CÉSAR Presidente do Governo Regional dos Açores
O senhor é o pai dos nossos Açores e tem uma família distribuída pelas nove pérolas do Atlântico, às quais chamamos ilhas. Cada uma delas é uma flor que eu lhe ofereço com muito carinho, num bouquet de cores que as caracterizam (amarela, verde, lilás, branca, castanha, cinzenta, azul, rosa, e o negro que simboliza o Corvo, que as levaria no bico).
O senhor tem vários colaboradores que tratam dos diversos assuntos que dizem respeito a todos. Eu já fui pedir a vários deles para nos auxiliar a trazer à Serreta uma devota de Nossa Senhora que é cantora para vir cantar na noite do Domingo da Festa de 2006, porque a Padroeira da Serreta vai ter a sua Primeira Festa no novo Santuário que foi elevado a 7 de Maio de 2006, pelo Reverendíssimo Bispo dos Açores, mas a resposta até agora foi silenciosa.
A verdade é que esta falta de resposta já está a deixar-me desesperada porque estas coisas não se prevêem, acontecem quando menos esperamos, e eu tive culpa porque falei dos milagres de Nossa Senhora aos quatro cantos do mundo, e, sabendo dessa pessoa que precisava de ajuda porque estava doente, eu recomendei-lhe que recorresse a Nossa Senhora dos Milagres que é quem pode interceder nas causas difíceis. E a fé desta nova amiga até foi mais longe, pois num instante conseguiu criar um cântico dedicado de agradecimento pela graça obtida, a que eu chamo Hino do Santuário, e a sua voz tem a sabedoria exacta para o cantar na noite do dia principal da festividade, entre outros temas que fazem parte do seu repertório.
Recorri à Comissão da Festa e obtive resposta favorável para alojamento e refeições desta advogada, dramaturga e cantora de São Luís do Maranhão - Brasil. Mas a Serreta é uma freguesia com pouca população e não tem mais hipótese de outra colaboração além do nosso Governo. Assim sendo, só falta a verba para o transporte aéreo porque até há guitarristas que se disponibilizaram para acompanhar a actuação, a título gracioso.
A convidada em questão só não paga as despesas da viagem do seu próprio bolso porque ficou sem recursos devido ao AVC que lhe acometeu, e eu não possuo recursos suficientes e disponíveis (e vossa excelência pode averiguar isso) para custear isto, caso contrário o faria alegremente. Mas a nossa vontade é muita em abrilhantar a Festa da Nossa Divina Mãe que é a intercessora da Terra junto a Jesus, e que é amada por todos os seus filhos serretenses, e como se pode constactar, até mesmo fora dos Açores.
Eu acredito n'Ela porque mesmo sendo uma Imagem, não é uma imagem qualquer. É ali que acorrem milhares de peregrinos com os olhos postos em seu altar para agradecer-Lhe as graças obtidas. Isso, com certeza não acontece por acaso.
Senhor Presidente, CARLOS CÉSAR, em nome da Comissão da Festa digo-lhe que estou disposta a colocar uma «Fita de Solidariedade» no andor da Senhora dos Milagres, com o(s) nome(s) que V. Excelência entender que eu coloque, que possa(m) contribuir para a vinda desta cantora, que nos virá cheia de gratidão e alegria presentear com sua voz a Festa da nossa Padroeira, que não olha a fronteiras e ama a todos por igual.
Seria lindo ouvir a actuação da Drª. Gracilene do Rosário Pinto cantando os seus versos no nosso Santuário.
Acredite que eu e a Serreta estamos em lágrimas, porque como naturais da Serreta, isto é muito importante para nós, e para todos que acreditam que Nossa Senhora tudo pode mesmo para além da nossa morte. Eu creio! E comigo toda a Serreta que criou uma grande expectativa a respeito da vinda da devota brasileira.
Por favor, responda-me o mais breve possível porque o tempo urge e a nossa festa já está à porta, e uma das suas colaboradoras com um olhar para além mares, a quem manuscrevi uma carta, nos fins de Junho, anexando o historial, que publiquei no meu blog em http://silvarosamaria.blogs.sapo.pt/245590.html, ainda não me respondeu, em concreto, acerca do assunto, apesar da minha insistência.
Que Nossa Senhora o ilumine para a melhor resposta.
Respeitosamente me subscrevo, esperando a sua melhor atenção,
Nesses recantos, delírios de encantos, águas cristalinas deslizam suavemente de encontro ao seio da terra e pasmam aos nossos olhares como que alertando que a paz se constrói aí... Cantando!
[Bastava imitar a natureza]
E se o mundo todo imitasse essa paz ou a visse, talvez não se ferissem tanto nem aos seres que nela habitam.
Azoriana
Nota: Inspirei-me numa linda imagem no artigo "Baía do Raposo" do blog açoriano «foguetabraze», da autoria de Nuno Barata.
Interrogue-me porque só hoje entrei em “Mértola” (?).
Eu respondo antes mesmo de chegar o retorno do correio electrónico.
Aqui para nós, que ninguém nos ouça, eu tenho o meu primogénito por terras alentejanas, mais propriamente, em Mértola, por livre escolha dele.
Uma peça de teatro em estreia, no dia 28 de Julho de 2006, fez-me avançar numa pesquisa na internet (Mértola; Teatro). Tive sorte!
Encontrei motivo para me prender ao monitor a partir de agora. É que vou estar atenta aos vossos artigos e quem sabe ainda me dão a oportunidade de ver a actuação do meu filho, na peça “Merenda na Contra-Mina”, de Joaquim Pedro Ferreira, que pelo que percebi é amigo do açoriano.
Ele já me ligou, aliás, eu retornei a chamada, feliz da vida porque a estreia foi bem sucedida.
Eu queria ter sido um insecto para voar ligeira e apressadamente para o ver junto com o Grupo de Teatro de Mértola, que actuou no velho Marques Duque, renovado, conforme li no artigo publicado alusivo a esta estreia.
Estou feliz e pronto!
A pouco mais de um dia estarei a abraçá-lo, passados sete meses sem o ver, com apenas alguns contactos através do aparelho que nos coloca os ouvidos mais perto para matar as saudades que abundam por aqui.
Um dia gostava de ir à terra ver as gentes que acarinharam meu filho durante a sua vida de estudante de além-mar, sem ver o mar que lhe deu o tom dos olhos.
Um dia gostava de o ver representar... Qual?! Não sei... Nem que seja em filme ou no blog “Mértola”, que passa a fazer parte dos meus links favoritos.
A ideia do Encontro partiu do Luís Nunes e de mim (Azoriana). O trabalho deste projecto esteve a cargo do Angel com a colaboração da esposa, que sempre nos ajudou desde o início. Todo o tempo que passaram cuidando deste trabalho merece um especial AGRADECIMENTO. - Bem-hajam!
Agora só posso dizer que estou FELIZ e espero, brevemente, contar com a felicidade do Luís Nunes, que ainda está de férias.
E apetece-me cantar bem alto:
A canção dos BLOGUISTAS
Todos juntos num encontro de ideias Partilhando retalhos de vida Sonhos livres correndo nas velas Dum punhado de gente unida. Nossa terra, nossa alma a caminhar Nesta estrada que não tem barreiras Todos juntos podemos sonhar Nosso grito vai além fronteiras.
Somos bloguistas de par em par pontos de vista a navegar. (bis)
Pensamentos colados no tempo Desfilando no eco dos dias É a febre que abraça o momento Um atalho p'ra mais alegrias. Nossa terra junta gente a festejar Num encontro que não tem barreiras Todos juntos sempre a desejar Que o sonho vá além fronteiras.
Somos bloguistas de par em par pontos de vista a navegar. (bis)
Desde Abril de 2006 que venho colocando alguns artigos no Azoriana / Açoriana (II), que tudo indica ser uma continuação do original. Digo que é um descendente, mas não é o blog (primeiro) que tenho na plataforma antiga do SAPO, que julgo estar a ter uma fase menos boa.
Neste descendente coloco o que vou criando ou o que me tocou mais ao longo de dois anos e três meses de bloguismo.
Hoje apeteceu-me escrever algo que me marcou nestes últimos tempos.
Também vou registar que, a 15 de Julho de 2006, foi a minha estreia na Sociedade Filarmónica Recreio Serretense, junto com Carlos Norberto Silveira, num recital poético e de humor.
Este evento, registei com agrado no meu "Livro em Branco", que me foi oferecido por uma pessoa muito especial com quem lido diariamente, em horário laboral. A ela o meu maior respeito e um cumprimento especial.
Numa das páginas deste "Livro em Branco", onde vou registar momentos de emoção, está escrito, pelas mãos de Filomena Silveira e Carlos Norberto Silveira, respectivamente, o seguinte:
"As Rosas chegam ao ponto de perfumar as mãos daqueles que as esmagam" - Jul16, 2006. Filomena Silveira;
"(...) Obrigado por teres aceite o meu convite" - Jul 16, 2006. Carlos Silveira
Aquela primeira frase tocou-me imenso e será, doravante, uma frase preferida e muito, muito especial. A segunda refere-se ao convite que foi um dos mais belos da minha vida. Fico-lhe eternamente grata.
E graças àquele convite, tive a oportunidade de, em vida, prestar a minha homenagem ao Carlos Silveira, ao maestro da Filarmónica e respectivos músicos, ao povo Serretense, à minha mãe já falecida, e, no meu coração, no meu olhar, na minha voz dediquei, intimamente, aos meus filhos e todas as pessoas que já fizeram parte do meu viver.
Um dia, quando eu cá não estiver, lembra-te de mim como uma Rosa que chegou ao ponto de perfumar as mãos daqueles que a esmagaram, com a emoção, o sorriso, as lágrimas, o riso, a alegria, a tristeza, a vida e, porque não, a partida quando a hora for a última.
Eu amo-vos!
Alguém me disse, no fim do espectáculo para o sorteio da passagem aérea para o acompanhante da Filarmónica Recreio Serretense na sua visita a Estremoz, que a minha voz assemelhava-se à voz da minha mãe... Aí, eu senti, profundamente, que não fui eu que ali estive a representar, mas sim a presença em mim da vontade que tive em ter ali, a ouvir-me, a minha mãe. Em vida, talvez não lhe dei toda a atenção que ela merecia, mas quem sabe ela já me perdoou e a prova está na inspiração que me vai surgindo no dia-a-dia.
Para mim também é uma nova emoção, o facto de saber que o «Luca» também fez a sua estreia no teatro, algures em terras alentejanas e também se deu bem. Isso basta-me.
Descobri, hoje, esta boa novidade: Conseguir colocar artigos no blog usando qualquer um e-mail pessoal.
Este é um artigo-teste-estreia. Vou ficar feliz se der certo porque, assim, abreviam-se alguns procedimentos.
Por outro lado, estou um bocadinho triste porque não consigo visualizar nenhuma das minhas páginas pessoais, incluindo a parte que se refere à freguesia da Serreta.
Estou convicta que, brevemente, a equipa do SAPO vai dar a sua sempre prestimosa ajuda.
Só não há remédio é para o momento que ninguém, neste mundo, tem controle.