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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Espetáculo na Sociedade Filarmónica Recreio Serretense

15.07.06 | Rosa Silva ("Azoriana")

15 de Julho de 2006

Músicos da FRS


Recital poético:

Pico da Serreta


1. "Cantinho do céu"

Coroa do Espírito Santo


2. Cântico ao Divino
3. Dedicatória ao Carlos Norberto Silveira, João Marcelino Costa, músicos, sócios e dirigentes, da S.F.R.S.:

 

I
Amigo Carlos Silveira
Que regressas à Terceira
Matando tuas saudades;
No presente quero dar-te
Uma rima que faz parte
Das minhas variedades.

II
Teu berço na freguesia
Que te viu noite e dia
Onde também foi meu lar.
Serreta, eu te saúdo,
Nesta hora vales tudo!
Só te quero elogiar.

III
As palavras já são poucas
De certeza não são ocas
Quando se quer bem dizer;
No convite que fizeste
Muita alegria me deste
Nem sei como agradecer.

IV
Deixo-te a dedicatória
Que ficará na memória
Deste povo que aqui vemos;
E p'ra nossa Padroeira
A oferta da vida inteira
No sorriso que trazemos.

V
Nosso tempo de estudante
Agora já tão distante
Só nos traz recordações;
Eu fiquei nesta paragem
Só me falta ir de viagem
O problema é os aviões.

VI
Fico-me pelas touradas,
Nossas festas animadas
De hortênsias e cantigas;
Na nossa Sociedade
O João dá continuidade
Às tocatas tão amigas.

VII
Bravo! Músicos abnegados
Sempre tão esforçados
Nesta arte admirável;
Os sócios e dirigentes
São as forças presentes
De valor incalculável.

VIII
Filarmónica da Serreta
É de se tirar a jaqueta
A primeira desta ilha;
Nela também já tocou
O cornetim do meu avô
Muito gosto deu à filha.

IX
A Matilde cá não está
Mas se estivesse por cá
Aplaudia na plateia.
Felicidade que m’assiste
É saber qu’inda existe
Gente que a tem na ideia.

X
Agora para não maçar
Resta-me os dois abraçar
Com bastante emoção;
Um adeus com alegria
Voltem sempre à freguesia
Que vos tem no coração!

Rosa Maria
2006-07-12

 

4. Pautas da Alegria

Regente e Músicos da FRS

PAUTAS DA ALEGRIA

A Sociedade Filarmónica
Luzitana, de Estremoz,
Visitou no ano passado
A Sociedade de Recreio Serretense
Que a recebeu com carinho
Neste torrão terceirense.
Hoje essa alentejana
À Serreta retribui
Sua hospitalidade,
E nos versos da Azoriana
Um apontamento flui.
Para falar de saudade...

I
A Rainha Santa Isabel
Em Estremoz sempre amada
Por mulher temente a Deus,
De rosas santificada.
II
Este encontro abençoado,
E a motivação histórica,
No coração está selado
O brio da Filarmónica.
III
Por maestros de gabarito
De trompete e clarinete,
Um louvor lhe fica escrito,
Na batuta o brilharete.
IV
A Música da Serreta
Vai rumar p'ro Alentejo:
Por bom caminho se meta
Boa viagem lhe desejo
V
Nas pautas da alegria,
É onde as notas se talham,
No sopro e na bateria
São os músicos que a espalham.
VI
Junto a esta pequena serra
Nasceu nossa freguesia,
Mas, sua voz não se encerra,
Ganha asas de cotovia.
VII
E solta nas asas do vento
Possa levar a mensagem
De amor e paz a contento
Para uma feliz viagem.
VIII
Que a Virgem Nossa Senhora
Dos Milagres, a Padroeira,
Convosco vá sem demora,
Sempre a melhor Companheira.
IX
Nas tocatas que levais
Tenhais enorme sucesso,
Elogiar-vos não é demais,
Feliz vos seja o regresso.
X
Aos sons que vêm do passado
A saudade vai pautando
E num sorriso rasgado
Junto este memorando.
XI
Por todo este povo fiel
Numa emoção redobrada
À Rainha Santa Isabel
A Bandeira seja alvorada.
XII
À mais antiga do País,
E à mais antiga desta Ilha,
Um abraço desta que diz:
_ Vós sois uma maravilha!

Rosa Silva (“Azoriana”)
6 de Julho de 2006
[O mês de Santa Isabel *]

* 4 de Julho
* Santa Isabel de Portugal, Viúva
(+ Estremoz, 1336)

Era filha do rei Pedro III, de Aragão, e da rainha Beata Constança. Era sobrinha-neta de Santa Isabel da Hungria. Foi a neta preferida de Jaime I, o Conquistador, grande rei de Aragão. Casou, aos 12 anos de idade, com D. Diniz, que foi rei de Portugal. É conhecida em Portugal como a Rainha Santa. Sofreu muito com as infidelidades e ciúmes do marido, e teve papel decisivo na pacificação das freqüentes contendas familiares. Exerceu também papel muito importante na pacificação de conflitos entre reinos cristãos, na intrincada política peninsular da Idade Média. Viúva, passou a viver em pobreza voluntária, na fidelidade ao espírito da Ordem Terceira de São Francisco. Era inesgotável sua caridade. Morreu em Estremoz e teve seu corpo conduzido para Coimbra, onde a sepultaram no Convento de Santa Clara, cuja construção dirigira pessoalmente.

 

5. Agradecimento

Pároco da Serreta e Músicos da FRS

Obrigada ao Apresentador
Que um discurso merecia
Fico-me pelo sincero louvor
Ao bom Pároco da Freguesia.

É com todo o respeito
Que estas quadras ofereço
Por tudo que tem feito
É digno de todo o apreço.

Nossa Senhora sorridente
No seu Santuário novo
Pároco Manuel Carlos presente
Junto com a fé deste povo.

O Jesus Menino também sorri
Ao olhar a Sua Santa Mãe
E por tudo o que hoje ouvi
Bem-haja Seu representante também.

E para todos, em geral,
Que aqui estais neste salão
Um abraço sem igual
Do fundo do coração!

Até sempre!
Viva a Serreta!

6. Artigo publicado no blog Azoriana, intitulado: Estreia.

arranjo floral