Uma prosa para um Sábado de sol...
Desde Abril de 2006 que venho colocando alguns artigos no Azoriana / Açoriana (II), que tudo indica ser uma continuação do original. Digo que é um descendente, mas não é o blog (primeiro) que tenho na plataforma antiga do SAPO, que julgo estar a ter uma fase menos boa.
Neste descendente coloco o que vou criando ou o que me tocou mais ao longo de dois anos e três meses de bloguismo.
Hoje apeteceu-me escrever algo que me marcou nestes últimos tempos.
Um livro que é mesmo um sonho!
Neste livro toda a emoção do Carnaval Terceirense
Também vou registar que, a 15 de Julho de 2006, foi a minha estreia na Sociedade Filarmónica Recreio Serretense, junto com Carlos Norberto Silveira, num recital poético e de humor.
Este evento, registei com agrado no meu "Livro em Branco", que me foi oferecido por uma pessoa muito especial com quem lido diariamente, em horário laboral. A ela o meu maior respeito e um cumprimento especial.
Numa das páginas deste "Livro em Branco", onde vou registar momentos de emoção, está escrito, pelas mãos de Filomena Silveira e Carlos Norberto Silveira, respectivamente, o seguinte:
"As Rosas chegam ao ponto de perfumar as mãos daqueles que as esmagam" - Jul16, 2006. Filomena Silveira;
"(...) Obrigado por teres aceite o meu convite" - Jul 16, 2006. Carlos Silveira
Aquela primeira frase tocou-me imenso e será, doravante, uma frase preferida e muito, muito especial. A segunda refere-se ao convite que foi um dos mais belos da minha vida. Fico-lhe eternamente grata.
E graças àquele convite, tive a oportunidade de, em vida, prestar a minha homenagem ao Carlos Silveira, ao maestro da Filarmónica e respectivos músicos, ao povo Serretense, à minha mãe já falecida, e, no meu coração, no meu olhar, na minha voz dediquei, intimamente, aos meus filhos e todas as pessoas que já fizeram parte do meu viver.
Um dia, quando eu cá não estiver, lembra-te de mim como uma Rosa que chegou ao ponto de perfumar as mãos daqueles que a esmagaram, com a emoção, o sorriso, as lágrimas, o riso, a alegria, a tristeza, a vida e, porque não, a partida quando a hora for a última.
Eu amo-vos!
Alguém me disse, no fim do espectáculo para o sorteio da passagem aérea para o acompanhante da Filarmónica Recreio Serretense na sua visita a Estremoz, que a minha voz assemelhava-se à voz da minha mãe... Aí, eu senti, profundamente, que não fui eu que ali estive a representar, mas sim a presença em mim da vontade que tive em ter ali, a ouvir-me, a minha mãe. Em vida, talvez não lhe dei toda a atenção que ela merecia, mas quem sabe ela já me perdoou e a prova está na inspiração que me vai surgindo no dia-a-dia.
Para mim também é uma nova emoção, o facto de saber que o «Luca» também fez a sua estreia no teatro, algures em terras alentejanas e também se deu bem. Isso basta-me.
Rosa Silva ("Azoriana")