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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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A hora da verdade

20.09.06 | Rosa Silva ("Azoriana")

À partida podia dar uma infinidade de títulos a este artigo (post). Talvez este chame a atenção de quem me visita e lê, com olhos de ver.

Sinto que a maior parte das pessoas que escrevem têm duas vertentes nas suas linhas: uma real e outra aparente, isto é, aquilo que gostavam de ser e não são, ou escrita camuflada. Geralmente, nota-se sempre algo que caracteriza o real. Talvez os peritos encontrem logo as entrelinhas das linhas que navegam por este grande oceano que é a Internet. Pode até haver uma capa protectora mas escapa sempre algum pedaço que vem da razão e/ou do coração. Estes só falham quando a última porta se lhes fecha.

Mas adiante... porque se eu não desembuchar escrita, ninguém sequer avança mais na leitura.

Eu sinto que cada vez mais alguns blogues (blogs) são um desaguar de sentimentos e vidas, umas sentidas e outras nem tanto.

No desenrolar da minha escrita, que nasceu há dois anos e alguns meses, transparece a cada traço que sou sensível, algo tímida e há coisas que me atingem fortemente e causam-me reacções diversas.  Quem diria que eu escrevesse tanto e tão pouco... São as tais surpresas, mas que nem todas são rosas. Acontece a muitos.

Todas as pessoas que me acompanham desde o início deste blogue (blog), ou há algum tempo, já quase conhecem a minha maneira de ser, pese embora alguns equívocos. Algumas já sabem que tenho horas amargas e se não fosse o apoio dessas mesmas eu já teria ficado pelo caminho. Também já notei isso nessas pessoas e sempre que posso e sei, dou a minha colaboração. Isto é amizade, seja ela virtual ou real. A diferença entre ambas, nos tempos que correm, quase nem se põe: Virtual/Realidade é uma questão de estar, ou em frente a um monitor ou numa mesa de café. Optei pelo monitor ligado a um aparelho que me leva a correr mundo sem tão pouco precisar andar de avião.

E porquê a hora da verdade?

Hoje, neste dia, que a ameaça do furacão me fez dormir poucas horas, devido à angústia, deu-me para escrever o que dita o pensamento. É porque foi neste tempo que fui avisada, através de comentário, que o António Soares já não está nem no mundo virtual nem no real. Fez-me dor.

Tal como eu, ele era um homem sensível e crente, um homem amigo de ajudar, amigo de partilhar o bem, amigo de comentar e ser comentado (sinal de que estamos atentos), amigo de escrever o que lhe ia na alma... e, de repente, deixo de ter notícias dele ou de ver artigos no blog dele. Recentemente, nem me apercebi da ausência dele porque eu estive de férias e visitava muito a correr o blog dele e nem me apercebi dos comentários da família. O que achei estranho foi a falta de artigos novos e quedava-me sempre no título do último "Anomalia".

Penso que não se deve esquecer que é nos artigos que reside o cerne do "eu", há sempre um tanto de nós que, por vezes, se percebe após ser tarde de mais ou de difícil acompanhamento.

Por isso, caros leitores, tomem conta das entrelinhas e às vezes basta uma palavra de apoio, um sorriso e, porque não, uma lágrima, mesmo que em espaços virtuais...

Ainda não me foi comunicado o que de facto aconteceu ao António Soares. Já pesquisei na Internet o nome dele e surgiu-me uma notícia que quem me dera não fosse do António, de quem conheci os escritos. Mas é muita coincidência e acho que é o mesmo...

Juro-vos que isto está a fazer-me agoniar. Ele não era da minha família mas era um amigo que por algumas vezes se emocionou com o que eu escrevia e até fez questão de republicar no seu blog. Até recordo que se ele estranhava o meu silêncio vinha chamar-me a atenção para uma visita ao seu Oceano... Agora isso não acontecerá mais... É muito triste... Apenas posso guardar-lhe todos os escritos e construir-lhe uma página.

Finalmente deixo este pensamento:

"A escrita é um grito com ou sem eco."

Era assim que nos cumprimentavas na entrada do blog:

Tenho uma oferta para ti. Abre a palma da mão direita, aquela que comanda o coração e recebe deste Oceano esta gotinha de água pura. Agora fecha a palma da tua mão e guarda bem esta gota, pois mais cedo ou mais tarde irás precisar dela. Se a perderes dou-te outra. É só pedires. E muito Obrigado pelo teu sincero voto.

Eu guardo essa gotinha de água. Até sempre, António!

Quem ouve as notícias...

20.09.06 | Rosa Silva ("Azoriana")

O furacão já dava uma novela. O pior são as mazelas psicológicas que estas notícias nos causam.

Uma vez muda para ali, outra vez muda para aqui, outra vez para acolá...  E afinal ficamos em sentido e nem um bafo de vento... Antes assim, mas julgo que deviam evitar stressar as pessoas.

É que o sono é que voou para longe.

É bom informar mas a mim deixou-me agoniada (o meu coração anda meio apoquentado).

Na zona onde vivo, o vento nem está muito forte.