Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Remexendo nos arquivos

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Como este Domingo está cinzento e chuvoso, nada melhor que remexer nos arquivos após a reanimação do meu computador.

Encontrei esta notícia num "pdf" que guardo religiosamente pois veio directamente de Modesto, Califórnia, através das novas tecnologias e remetido pelo simpático José Ávila.

Como sou fã e apreciadora do improviso fico a aguardar as notícias que certamente irão ser das melhores.

Um grande abraço para José Ávila e para todas as pessoas que colocam o seu olhar no meu modesto trabalho mas com toda a minha força e dedicação.

Rosa Silva ("Azoriana")

Oração

Na hora da sepultura o desalento,
É como a terra que nos vai lacrar,
Só a alma terá merecimento,
Se a luz for clara entre o céu e o mar.

E se nos verdes não notares vento,
Nem o sol te sorrir no seu escaldar,
É porque tudo esfriou no momento;
Nenhum farol enfeita este luar.

Tenho pena. É verdade! Eterna dor
Levo comigo num último adeus:
Basta olhar a sombra nos olhos meus...

Mas se s'avista a Mão do Salvador,
Em riste - plena de exclamação:
É Deus, Pai, Filho num só coração!

Azoriana

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Respondo assim a "Desambientado" - A noite

A noite

A noite enfeita-se de luz,
A lua sorri muito bela
E a estrela também seduz
Quando se prende perto dela.

O dia escurece a tristeza
A noite tinge ocasião;
Quanta quadra bem portuguesa
Nasceu ao calor do lampião!

A solidão aterroriza
Na noite sem lua e mais fria
Pela falta do doce beijo.

Mas o dia é que simboliza
A vida, no sol d'alegria...
É na noite que me revejo.

Rosa Silva ("Azoriana")

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