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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

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Criações de Rosa Silva e outrem
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RimAndo pela Serreta

31.10.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ó Senhora Genuína
Que n'América estás
Fazei tal prece divina
Que mande gente p'ra trás.

P'ra povoar a Serreta,
E trazer muita alegria,
Fazer jus à tabuleta
Nas pontas da freguesia.

Se pudessem evitar
A desertificação
Seria como honrar
O berço do coração.

Não falta muito p'ra tal
E se for desta maneira
Daqui até ao Natal
Tristeza há quanta queira.

As casas estão vazias
O povo a envelhecer
As crianças nestes dias
Com saquinhas podes ver.

É o nosso Pão-por-Deus
O rito da ilha inteira:
É ouvir nos ecos seus
Alegria verdadeira.

Em mim ecoa saudade
Desse brilho da infância;
Não morava na cidade
Mas tinha mais abundância.

Agora resta cantar
Os versos que por 'qui vês
Um dia hei-de voltar
Mas quando me for de vez?!

Rosa Silva (Azoriana)

PensAndo no fim de Outubro

31.10.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Qualquer dia vou deixar de escrever sobre a freguesia da Serreta porque não haverá mais nada de novo a não ser recordações (e as minhas sobretudo).

Estamos atravessando a época de se visitar os nossos familiares que estão sepultados no lugar que é impossível mudar de sítio a não ser que opte pela desertificação do meio rural, e mesmo assim aquelas quadrículas continuarão inalteradas (podem é ganhar ervas daninhas). Acho a desertificação improvável porque, aqui na nossa ilha Terceira, em cada freguesia há uma Igreja e um cemitério. No caso da Serreta há um Santuário por mérito próprio.

Já nem escrevo sobre a(s) escola(s) porque isso mais dia, menos dia é centralizado e se, por um lado, é bom, por outro, tem as suas desvantagens. O que acontece quando se enche um caixote cheio de pintainhos? Há confusão e muito piu-piu-piu.

Enfim, o único lugar onde o silêncio impera é nos cemitérios porque ali ninguém dai um "ai" a não ser os que por cá ficam e se lembram mais dos seus entes falecidos no princípio de Novembro. Colocam-lhes muitas flores, algumas orações e se não podem ir até lá, ficam em casa a pensar muito neles. Eu penso praticamente todos os dias nos meus mesmo sem ir ao cemitério, porque no cemitério resta apenas uma quadrícula escura e fria.

Acham que estou a escrever friamente? Talvez. É como me sinto hoje... Tenho um frio exterior e interior que até parece que emigrei para o mais gelado dos continentes. Mas até isso parece que está a mudar. Não tarda nada o aquecimento global vai derreter-nos a todos e vai ser um tal correr para o lugar mais fresquinho que ainda conheço - A Serreta!

Quando tivermos muito calor vamos para o fresquinho da Serreta, por ser fresco no clima, mas de certeza vamos encontrar o calor da hospitalidade que sempre nos reservam os serretenses que amam aquele "Cantinho do Céu" e onde, ainda, se pode encontrar o leitinho, a carne, a canja de galinha, os tomates, as batatas, os inhames, as couves, o feijão, as ervilhas, etc., hortaliças e frutas que é o que mais faz bem ao nosso corpinho cada vez mais castigado pela velocidade do dia-a-dia.

Há dias assim!

Retrato

31.10.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Retrato de Família

From Serreta village - Terceira island - Açores - Azores

 
 
 musico.jpg

 

 antig1.jpg

(1)  talvez de 1946

 

e (2) Ano de 1969

Mulher com 45 anos

 

+ 23 = 68 anos (a avó)

Menina com 6 anos

 

+ 23 = 29 anos (a mãe)

Rapaz com + 11 anos

 

Menina com 5 anos (A)

(3) Ano de 2006 = (A) + 37 anos

 

© 2007 (A) Azoriana

 

Última hora: Com solidariedade e Amizade estou de Luto

29.10.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Acabo de receber um e-mail de um grande amigo serretense que sempre se lembra de mim e costuma ser visitante do meu blogue. Passo a transcrever as suas letras enlutadas e solidarizo-me com ele neste momento deveras triste:

"ESCOLA DA SERRETA

Venho por este meio agradecer-te o quanto tens feito para divulgares a nossa querida e sempre amada Serreta, Serreta esta que hoje está de luto, mas luto profundo por ver esta manhã as nossas queridas crianças partirem numa carrinha da EVT em direcção às Doze Ribeiras e ver ficar para trás a nossa Escola agora transformada num edifício sem sem som sem alegria .

Rosa o meu coração chora, e com ele os meus olhos por não ter conseguido convencer a maioria dos pais a aceitarem tão triste decisão naquela reunião e ver também algumas pessoas que me apoiaram ficarem-se simplesmente por aí talvez com medo de falarem.

Rosa como disse atrás a freguesia está de luto e por isso por minha iniciativa e com alguns apoios medrosos coloquei em frente da Escola da Serreta duas Bandeiras pretas em sinal de luto e protesto pelo que nos fizeram. Obrigado pela atenção
"

Caro AMIGO

Também choro porque sinto que aos poucos a freguesia fica convertida num lugar ermo, com vida apenas no mês de Setembro de cada ano.

SENHORA DOS MILAGRES FAZEI UM MILAGRE: AJUDA A SERRETA!!!

[Mãe! Ajuda-me a voltar para a Serreta. Depara alguém que me conceda uma ajuda para morar lá. Eu sozinha não posso, não tenho meios financeiros.]

***********

Uma menina da Serreta partiu para a nova escola, na freguesia das Doze Ribeiras para seguir o seu ano lectivo que não pode completar na da freguesia da Serreta. No seu olhar ia a saudade e a dor por ver o pai muito triste e vira-se para ele e diz:

- E se nós quando viessemos da Escola das Doze parassemos na da Serreta e cantassemos o Hino Nacional?

O pai com o coração e os olhos lavados em lágrimas responde:

- Tiveste uma grande ideia, filha... mas infelizmente não pode ser...

Não conseguiu dizer mais nada mas lá por dentro ele gritava em altos berros: - E VIVA A SERRETA!!! E VIVA A SERRETA!!!

Esta menina também ama a Serreta, tal como o pai...

 

As imagens da Escola podem vê-las seguindo o link.

PartilhAndo...

28.10.07 | Rosa Silva ("Azoriana")
«E não importa as cores que os horizontes tomam, repare como mesmo no Outono triste (e por que haveria o Outono de ser triste?) as folhas que vão tombar tomam as cores mais vivas. Como para receber e cativar a fraca luz do sol.» - de "Gotas de Orvalho"

Bela imagem!

Ah! E as rosas são sempre lindas... na Primavera da vida...



Com a mudança da hora a saudade mora...

28.10.07 | Rosa Silva ("Azoriana")



À minha musa serretense!

Não sei se de propósito, se por magia,
Chegou a mim "Lúgubre Dia" declamado
De Euclides Cavaco. De novo me surgia,
Um belo poema mas triste de anojado.

Confirmo o luto em mim por finado dia
Que partiste (+), mãe, nesse adeus isolado;
Fica na minha memória a dor tão fria
E com ela tudo foi então sepultado.

Trago rosas, quatro das rosas desfolhadas,
Trago laços infinitos de maior saudade.
Trago fé que estas novas linhas sejam fadas

E me tragam de volta o seu brando sorriso
E que me segredem que a Mãe de Verdade
Recebeu sorrindo a minha no Paraíso!

Rosa Silva ("Azoriana")

Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=11255

Índice temático: Desenho sonetos

 

Eras tão linda...

 

(+) 28 de Outubro de 2003

Isto de blogues...

27.10.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Um blogue não é um mero diário, um blogue é uma presença assídua no mundo, sem fronteiras e com um poder estrondoso. Uma voz que fala mais alto.

Orgulho-me de ter lançado a freguesia da Serreta nestes moldes. Podem não acreditar mas fiz tudo o que estava ao meu alcance para a divulgar mais longe. Talvez, por isso, não seja ousadia dizer-vos que se tivesse uma casa na Serreta, pelo menos numa das divisões a enchia de banner's com o nosso SAPINHO. Esse verdinho que me aloja e cuida de mim como se de família se tratasse. Ao lado do SAPINHO teria de colocar um dragão que, escusado será referir, é o símbolo de um clube que alguém da minha casa aprecia e muito. :)

Agora imaginem uma filial do SAPINHO na Serreta.

Ora deixa cá ver a imagem ideal para alegria de ambos:

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