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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
**********
Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

**********

«Chuva de rimas» - Azoriana e Cagarra (Parte II)

05.12.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Cagarra da bela Santa Maria:

81
Quando há resposta dada
Apresso-me em a ler
E fico entusiasmada
Pronta para responder
82
Aumentaram as maravilhas
De tanto cantar inspirado
Com a companhia do "Ilhas"
Isto fica ainda mais animado
83
Mas isto hoje foi uma cruz
Para eu entrar no desafio
Com vários cortes de luz
Complicou-me o envio
84
Bingo! Santa Maria
A ilha dos meus amores
Aquela que foi um dia
A porta aberta dos Açores
85
Em Sta Maria nasci
Em Sta Maria me criei
E a maior dor que senti
Foi no dia que a deixei
86
Não vejo a hora a passar
Com a pressa que eu queria
Para a duas semanas chegar
O dia de voar p'ra Sta Maria
87
Os meus pensamentos se soltam
Neste desejo sem vaidades
Abraçar os que como eu voltam
Uns dias a matar saudades
88
Beijar irmãos, pai e mãe
Porque para mim são aqueles
Que sofreram tanto também
Por estar jovem longe deles
89
Tenho que me conformar
Ao tempo tudo se habitua
Pois se eu quiser trabalhar
Tenho que vir para a rua
90
Depois de tanto estudar
O trabalho hoje é uma aposta
Muito difícil de acertar
A habilitação com o que se gosta
91
O trabalho, a vocação
À Terceira me trouxeram
Não havendo outra colocação
Aproveitei o que me deram
92
É a mais comum história
Duma jovem que quer vida activa
Por enquanto é provisória
Deus queira se torne definitiva
93
Na minha terra por agora
Hipóteses eu não terei
Porque ainda não se labora
A "especialidade" que tirei
94
Ausente e com saudade tamanha
Procura-se às vezes no computador
Qualquer coisa que entretenha
E encontrei suas rimas de valor
95
Assim que marquei presença
No blog com esta escrita
Felizmente não foi por doença
Mas por trabalho e de "visita"
96
Se algum dia puder ficar
Nesta terra (ou outra maior)
Irei sempre lembrar
Esta conversa no computador
97
Também terei sempre presente
Que em cada uma cantiga
Deste meu tempo ausente
Encontrei uma palavra amiga
98
Oxalá possa continuar
Esta conversa consigo
Enquanto a rima faltar
Isto será um porto de abrigo
99
Só conheço de si ainda
Que é Terceirense e que adora
A Serreta, freguesia linda
E Santuário de Nossa Senhora
100
Perguntei aqui a uma pessoa
Quem era a Trulú que estão falando
Disseram-me que foi uma boa
Artista improvisando
101
Como disto eu nada sabia
E é um tema de valor
Quando fôr a Sta Maria
Verei se temos algum Cantador.

5/12/2007
A Cagarra

A resposta imediata:

102
Apresso-me a responder
Às suas quadras tão lindas
O gosto está a crescer
Por lhe dar boas-vindas!
103
Queria tomar um café
Num bar da nossa cidade
Para ver você quem é
E formalizar a amizade
104
Confesso que estou desperta
Para saber a vocação
Encontrou-me na hora certa
P'ra mostrar sua inspiração
105
Vejo que entrou no tom
Desta nossa maravilha
Acredito que é um dom
Que nasce por sermos " ilha".
106
Conheço pessoa amiga
Que vive em Santa Maria
O serviço que a "abriga"
Faz parte do meu dia-a-dia.
107
Peço que não vá embora
Sem comigo vir falar
Arranje-se uma hora
Para vir me visitar.
108
"Alma de Poeta" é da ilha
Onde você foi nascida
Ela connosco partilha
Os poemas de uma vida.
109
Santa Maria me encanta
Pelo que vou espreitando
Por lá também se canta
E muito se vai blogando.
110
Você é jovem activa
Com vontade de trabalhar
Peço a Deus com força viva
Que nada faça falhar.
111
Quando à ilha regressar
"Cagarra" não vou esquecer
Agora vou-me apressar
P'ra de novo me responder.
112
Vamos deixar as cortesias
Pode-me tratar por "tu"
Sinto que por estes dias
Vamos falar da Turlu.
113
Isto que agora fazemos
Um dueto memorável
De certeza não esquecemos
A cantoria agradável.
114
Nestas pétalas deixamos
Transparecer o coração
À Virgem Mãe enviamos
Um pedido em oração:
115
Que depare uma forma
Dos jovens terem trabalho
Que haja alguma norma
Que dê a todos agasalho
116
Que regressem aos Açores
Os que estão p'ro Continente
E no meio destas flores
Viva tudo mais contente.

Abraços amigos
5/12/2007
Azoriana

(Ver Parte I)

Nova corrente

05.12.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

"Diz que até não é um mau blog"

A Grilinha achou que eu merecia este prémio e eu agradeço-lhe muito pela lembrança.

Gosto de rimas e o meu blogue espelha a minha felicidade quando íntegra um desafio à moda da ilha Terceira. A tecla é que canta o que me vai na alma e há quem já não se espanta e volta e meia renova a palma. Portanto, este prémio é também para todos os que me visitam e comentam.

... Regras a cumprir pelos premiados: ...

1. Este prémio deve ser atribuído aos blogues que considerem serem bons, entende-se como bom o blog que costuma visitar regularmente e onde deixa comentários.

2. Só e somente se recebeu o “Diz que até não é um mau blog”, deve escrever um post: Indicando a pessoa que lhe deu o prémio com um link para o respectivo blog; A tag do prémio; As regras; E a indicação de outros 7 blogs para receberem o prémio.

3. Deve exibir orgulhosamente a tag do prémio no seu blog, de preferência com um link para o post em que fala dele. (Opcional) Se quiser fazer publicidade ao blogger que teve a ideia de inventar este prémio, ou seja - Skynet - pode fazê-lo no post).

Os 7 nomeados são:

1 - O filho bloguista - A Criança
2 - O 'pai' bloguista - A flor da pele...
3 - A 'irmã' bloguista - Chica Ilhéu
4 - O marido bloguista - Futebol, Gente e Toiros
5 - O amigo bloguista - Galeriacores Cartoons
6 - O 'irmão' bloguista - Ideias e Ideais
7 - O 'primo' bloguista - Porto das Pipas

Neste Natal - A todos por igual

04.12.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

O Natal já se apressa
A rondar-nos com fartura;
O Advento é a promessa
Do que virá com ternura.

No Presépio do Menino
Coloco minhas orações
Para que dê bom destino
Às prendas dos corações.

Agradeço a *Deus-Jesus*
Por nos dar vida e saúde;
Mais tarde virá a Cruz
P'ra orarmos amiúde.

O brilho deste Natal
Se espalhe por toda a terra:
Dê a todos por igual
Terno Pão em vez de guerra.

A todos os visitantes
Que já me conhecem bem
E aos outros mais distantes:
Tenham Bom Natal também.

Eis aqui a minha oferta
Que vos dou com mais carinho
Deixo a minha porta aberta
P'ra prenda vir a caminho.

imagem da net

Rosa Silva ("Azoriana")

«Chuva de rimas» - Azoriana e "ilhas"

04.12.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

O "ilhas" veio ajudar:

51
Fiquei tão admirado
com tão bom rimar
por isso estou tão calado
p'ra ninguém chatear
52
este desafio d'Azoriana
está a dar que falar
Já dura à mais de semana
e acho que vai continuar
53
Aqui onde se agarra
o mar com o rochedo
mora uma cagarra
poetisa sem medo
54
a desgarrada animada
que faz alguém feliz
vai aqui ser continuada
como azoriana quis.

abraços para as duas
4/12/2007
"ilhas"

E assim lhe respondi:

55
O "ilhas" é meu amigo
E revela estar atento
Ao que se passa comigo
Quando tocada p'lo vento.
56
O vento da inspiração
Toca as mentes da Terceira
Parece até vocação
Cantar-se desta maneira.
57
Aos pares no desafio
Vão homens na cantoria
Poucas mulheres se viu
Entrar nesta romaria.
58
Turlu, foi mulher famosa
De quem sempre ouvi falar
Ela, sim, foi corajosa
Nesta moda popular.

Abraços para o "ilhas"
4/12/2007
Rosa Silva ("Azoriana")

Aí vem mais cantoria:

59
Turlu já centenária
anima a blogesfera
nesta cantoria vária
que a alma`inda espera.
60
Fomos a homenagear
como ninguém fez
nestes cantos a rimar
como ela... Talvez?!
61
Este ano será lembrada
pelo nosso carnaval
vai ser bem cantada
em homenagem sem igual.
62
A ideia quem a lançou
foi Azoriana serretense
que a data do nascer lembrou
da Turlu poetisa terceirense.

"Ilhas"
4/12/2007

Na resposta treino o canto:

63
Amigo tu tens razão
Nos versos qu'agora deste
Vamos ter ocasião
De ouvir o que disseste.
64
Não sei se somos iguais
À mulher dos desafios
Acontece que jamais
Senti desses arrepios.
65
Minha voz não foi treinada
Para cantar ao luar
A escrever não custa nada
E agora estou a treinar.
66
Se conheceres alguém
Que tenha uma garagem
Leva-se violas também
Para ver se há coragem.
67
É assim que fazem cá
À conta do Carnaval
Mas não sei como será
Cantar rima ao natural.

4/12/2007
Rosa Silva ("Azoriana")

O "ilhas" continua seu rimar:

68
A rima natural
Faz-se com magia
No palco do carnaval
No terreiro na cantoria
69
Saem assim aos molhos
Cantigas para florir
Vão encher ouvidos e olhos
De quem as ouvir
70
Nas cantigas certeiras
Piada podes ouvir
Nas "velhas" matreiras
Muito poderás rir
71
És dotada a rimar,
Que duvida não reste,
Um dia vais brilhar
E não será só na Internete.
72
Já te estou a imaginar
Num terreiro despachada
Ao João Angelo a atacar
Sem ficar atrapalhada...

"Ilhas"
4/12/2007

A resposta sai a rir...

73
"Sem ficar atrapalhada"
Na resposta vou seguir
Vejo que não tarda nada
No terreiro te vais rir
74
João Ângelo é artista
Nas "Velhas" é um doutor
A cantar com a bloguista?!
Não tenho tanto valor...
75
A ideia é simpática
Colocou-me bom sorriso
Agora estou apática
E a remoer o juízo...
76
As "Velhas" só ele canta
De forma muito brilhante
Sua fama já é tanta
Que nem ouso ir avante.
77
No meio da euforia
Saem cantigas matreiras
O tema da cantoria
Tem de ter "apanhadeiras".
78
Deves saber do que falo
Nesta hora verdadeira
Em vez de cantar o galo
Dá-se voz à cantadeira.
79
As mulheres tomam conta
Dos eventos regionais
Até não pegarem de ponta
E brigarem os casais.
80
Para os lados da Serreta
A festa é das senhoras
Com elas ninguém se meta
Fazem tudo sem demoras.

4/12/2007
Rosa Silva ("Azoriana")

«Chuva de rimas» - Azoriana e Cagarra

03.12.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Como tudo começou:

1
A chuva que nos invade
Caindo em turbilhão
Não sei como é que há-de
Consolar esta ocasião.
2
Na rua e na minha alma
Caem versos em solitário
E p'ra vencer esta calma
Chovem ais neste diário.

27/11/2007
Azoriana

E assim continuou:

1ªs Cantigas: Da Cagarra

3
"Chovem ais neste diário"
Porque queria muito cantar?
Está a correr ao contrário
Sem ninguém a ripostar
4
Mas eu, de passagem
Por esta Ilha Terceira
Juntei palavras e coragem
Para dar resposta à maneira
5
Nestes dias que passam
Dois meses já lá vão
São tempos que esvoaçam
E fica a saudade no coração
6
Nova vida, trilhos que desconheço
Mas como guerreira que sou
Quero menos que mereço
E aventurar-me por aqui eu vou
7
Vou lançar-me ao mar
Sem promessa e sem jura
Ausente do medo de naufragar
E de cair em amargura
8
Quero dar sem receber
E preencher todo o vazio
Vou lutar contra o sofrer
E aquecer este teimoso frio.

29/11/2007
A Cagarra

1ª Resposta: Da Azoriana

9
À friorenta Cagarra
Agradeço sem demora
À boa quadra se agarra
E me visita nesta hora.
10
Visitante de viagem
Pela nossa ilha Terceira
E nas quadras de passagem
Vem a rica cantadeira.
11
O que faz cá pela ilha
A Cagarra amistosa?
Gosta e vejo que partilha
Os versos em vez de prosa.
12
Veio conhecer a saudade
Aprendeu a cá voltar
Nasce sempre amizade
Ao passar neste lugar.
13
E na secreta missiva
Planta o lado cantador
À luta não se esquiva
E ao mar encantador.
14
Nossa ilha tem mais encantos
Sabe dar e bem receber
Embrulhamos nossos prantos
Pra sorrir ao amanhecer.

Obrigada! Volte sempre.
29/11/2007
Azoriana

2ªs Cantigas - Da Cagarra

15
Há muito que conheço a Saudade
Fruto da distância e separação
Na vida temos de seguir a vontade
E partir ao serviço da vocação
16
Passagem me trás por cá
Mas estou a fazer que permaneça
Minha bagagem quero pousar já
E que este meu trabalho apareça
17
Meu "ilhéu" banhado por mar
É lindo por natureza
Praias, sol e bom ar
Esperam por si com certeza
18
Pouco tenho de Cantadeira
Sou alguém que canta a dor
Contagiada pela terceira
Terra de tanto Cantador
19
Vinda de outra até à sua Ilha
Trago em mim imensa amizade
Na união a essência da partilha
E talvez a suposta felicidade
20
O seu "volte sempre" agradeço
Gosto de me sentir Bem-Vinda
Vamos a ver se mereço
Sua hospitalidade tão linda
21
Quando eu tiver de parar
Por favor, avise-me logo
Será um pedido a respeitar
Porque é a dona deste blog.

30/11/2007
A Cagarra

2ª Resposta - Da Azoriana

22
Outrora uma revelação
Fez parar um bom rimar
Vou perder a tentação
De pedir p'ra se revelar.
23
Faço gosto na cantoria
Que corre e ao seu dispor
Canta-se em qualquer dia
Agora com mais fervor.
24
Siga a sua vocação
Por trilhos que acalenta
Na maior satisfação
E na forma que apresenta.
25
Espera felicidade
No mar, terra e ar,
Na ilha a amizade
Ocupa um bom lugar.
26
Seu trabalho de certeza
Merece a nossa atenção:
"Canta a dor" dá tristeza
De resto não faz menção.
27
Respeito a sua vontade
Gosto da sua presença,
E p'ra dizer a verdade
Peço que não seja doença.
28
"Volte Sempre" eu insisto,
Cante com grande emoção
Do Desafio não desisto
Rimar é minha vocação.

30/11/2007
Azoriana

3ªs Cantigas - Da Cagarra

29
Descansada pode ficar
Porque não é doentio
Inspira-me um bom rimar
Quando no interior há vazio
30
As palavras me confortam
E o gosto de escrever
São melodias que não voltam
E trazem sonhos ao entardecer
31
Nostalgia ao peito erguida
Coração sempre apaixonado
Desejo e vontade contida
Num presente quase passado
32
Mas deixemos de lamúrias
Para dar a si resposta
São pequenas luxúrias
De uma alma bem disposta
33
Eu fiquei sem saber
Se na minha ilha acertou
Não me deu a conhecer
Se sabe de onde sou
34
Uma coisa que me intriga
É que nunca mais postaram
Nem mais uma só cantiga
Os outros comentaram
35
Nem o "Galeriacores" nica,
Nem o "Ilhas" vem ao contrário,
Nem o "Ideias&Ideais" dá pica,
Como este pobre comentário?
36
Talvez me possa ensinar
Com experiente explicação
O modo de funcionar
Deste meio de comunicação.

3/12/2007
A Cagarra

3ª Resposta - Da Azoriana

37
Descansada já eu estou
E pronta p'ro desafio
Porque aqui nunca cantou
Cagarra com tanto brio.
38
Vou abrir a nova sala
Pra mudar os comentários
Porque agente não se cala
Enchendo estes diários.
39
Sua ilha eu não sei
'Inda não levantou o véu
Em Santa Maria pensei
Valha-me esta Mãe do Céu.
40
Para além desse "ilhéu"
Devem haver mais belezas
Vá tirando o chapéu
Para me dar mais certezas.
41
Sua alma é bem disposta
Inda me vai contagiar
"Cagarra" também aposta
Neste modo de blogar.
42
Se eu passar para artigo
As cantigas neste tom
Aposto que algum amigo
Vai comentar nosso dom.
43
Vou numerar as cantigas
Como fiz noutra ocasião
Estas linhas são amigas
São ecos d'inspiração.
44
Eu lhe posso ensinar
A blogar deste meu jeito
"O modo de funcionar"
Virá todo a preceito.
45
Um e-mail irá criar
Junto do SAPO amigo
E depois já pode entrar
Na edição de um artigo.
46
Pense um título p'ro blogue,
Seu rumo p'ra navegar
Depois disso então jogue
A rima nesse lugar.
47
Importa o endereço
Ser algo fácil e são
Depois eu já não esqueço
Far-se-á revelação.
48
Aconselho nome curto
De fácil memorização
De cantá-lo não me furto
Prestar-lhe-ei atenção.
49
Cagarra e Azoriana
Uma dupla imbatível
A rima já não engana
Faz a vida apetecível.
50
De mim sabe quase tudo
De si não sei quase nada...
Daqui até ao Entrudo
Saberei sua 'morada'?

3/12/2007
Azoriana

A família serretense

03.12.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

A Sociedade Filarmónica Recreio Serretense é notícia em vários sítios na internet.

 

Na Via Oceânica, nos jornais on-line - A União e o Diário Insular - e noutros sítios.


É importante acentuar que esta banda teve início a 4 de Dezembro de 1873 e foi dirigida pelos seguintes maestros:

Francisco Sousa Cota - de 1873 a 1905 (32 anos)
José de Sousa Diniz - de 1906 a 1958 (52 anos)
Manuel Gonçalves Duarte - de 1958 a 1990 (32 anos)
José Caetano Martins - até 1994 (4 anos) - residente nos Altares
João Marcelino Alves Costa - de 1994 e seguintes (conta nesta data com 13 anos).

Em 2 de Dezembro de 2007 foi o lançamento do CD e no futuro será o Museu da Filarmónica.

1 - O Pároco da Freguesia da Serreta, Manuel Carlos, fez um discurso deveras interessante, histórico, incentivador e de louvar na festa comemorativa do 134º aniversário da Filarmónica. Tenho pena de não o publicar mas afirmo aqui que, na minha modesta opinião, este Reitor do Santuário de Nossa Senhora dos Milagres muito tem feito a favor desta freguesia e não é a primeira vez que o vejo participativo nas comemorações e estreias na Sociedade e outras instituições locais. De certeza que a população da Serreta nutre por ele uma grande simpatia e reconhece o seu apostolado.

Lembro que, pela primeira vez, em Setembro de 2007, na Casa dos Romeiros, foi feita uma exposição alusiva ao culto de Nossa Senhora dos Milagres, à prática religiosa da freguesia e a momentos marcantes do templo, com "imagens e alfaias litúrgicas do Santuário de Nossa Senhora dos Milagres, documentos e livros paroquiais, fotografias, excertos de livros de história relacionados com a Serreta e recortes alusivos da imprensa publicada na Ilha Terceira". Também esteve patente "um Mapa do Mundo onde estavam assinalados os filhos da freguesia que, em demanda de melhores condições de vida, fixaram a sua residência em países de emigração, sobretudo Estados Unidos, Canadá e Brasil."

É de louvar o trabalho que o Pároco tem feito, nomeadamente as pesquisas aos livros paroquiais para se inteirar do passado da freguesia que o acolhe com muito gosto. Ele não se fica por aí e vai falando com a população mais antiga para saber a história de uma freguesia que é pequena e vai perdendo algumas coisas e ganhando outras mas tem a alma gigante. Como não é rica em nascimentos perdeu a Escola mas é rica noutros atractivos e vai ganhando a presença dos naturais mesmo que residentes noutras partes da ilha ou fora dela.

2 - Quando se fala e/ou escreve do nosso torrão natal sente-se uma coisa no interior inexplicável e então quando algo corre tão bem como neste Domingo é ainda melhor e há um brilhozinho nos olhos, em sinal de felicidade. Fico feliz por pertencer a esta família serretense, por escrever sobre ela e pelos sorrisos que me dão. Desta vez o João Marcelino Alves Costa plantou-me muitos sorrisos. Também fiquei a conhecer o homem - Porfírio Domingues - que sabe manobrar o som e se empenhou em produzir um lindo CD, sonhado pelo grupo serretense. Sei muito bem o que sentirá o João Marcelino pelo lançamento deste que, de certeza, considera como um filho.

3 - Dou os parabéns a todos os elementos que fazem parte da Sociedade Filarmónica Recreio Serretense. Deixo uma palavra de apreço ao Presidente da Direcção da Sociedade, Rui Gomes, que conheço desde sempre e merece toda a estima. Nele brilha um sorriso de felicidade. Sempre lhe conheci aquele sorriso que agora fica perpetuado por esta efeméride.

4 - A todos os músicos, do sexo masculino e feminino, mais antigos e os novos, um abraço e que o sorriso da Senhora dos Milagres seja sempre o vosso consolo.

Angra do Heroísmo, 3 de Dezembro de 2007

O evento musical serretense - 2 de Dezembro de 2007

02.12.07 | Rosa Silva ("Azoriana")

Após um minuto de silêncio pela partida inesperada de um sócio da Sociedade Filarmónica Recreio Serretense, da família do maestro, João Marcelino Alves Costa, que, por isso, viu-se impossibilitado de estar presente nas comemorações do 134º aniversário da Filarmónica Recreio Serretense, que foi criada a 4 de Dezembro de 1873, e que hoje, dia 2 de Dezembro de 2007, foi marcado pelo lançamento do disco compacto (CD) idealizado por este maestro dedicado - João Costa - e produzido por Porfírio Domingues.

É um CD histórico, repleto de boas imagens para memória futura, com textos que perpetuam um passado de uma música que tem a honra de ser a mais antiga da ilha, em actividade.

Foi para mim uma agradável surpresa e uma grande felicidade ver também a letra de uma das minhas inspirações editada neste CD. A partir de agora a letra "Senhora dos Milagres" ficará a pertencer ao CD comemorativo de mais um aniversário. Não tenho palavras para agradecer esta alegria.

Tive, assim, oportunidade de cumprimentar Porfírio Domingues, produtor deste excelente trabalho inédito na freguesia da Serreta, uma voz simpática e sonante que só conhecia da rádio, e que através de uma pesquisa que o próprio fez na internet foi de encontro à palavra "Serreta" e gostou do que dizem ser hino - Senhora dos Milagres. Quem me dera ouvir a esposa de João Costa, Helena Costa, a interpretar esta letra acompanhada pela filha num video-clip onde o cenário principal seria o Altar de Nossa Senhora... Quem sabe fica a ideia para novo projecto no sentido de levar a Serreta da palavra a um audio-visual complementar.

O som do CD é divinal e tem tudo para esgotar brevemente o stock que estará disponível nos próximos tempos.

João Marcelino não esteve a ouvir o Representante da Câmara Municipal de Angra do Heroísmo, o Presidente da Direcção da Música e o Reitor do Santuário, Manuel Carlos, e a voz inconfundível do apresentador deste dia - Porfírio Domingues, mas tenho a certeza que esteve presente no coração de todos que aplaudiram o Concerto que se seguiu com temas que estavam muito bem ensaiados e fazem jus à sua maestria.

Junto com a alegria senti profunda tristeza pela falta daquele que traz a música e a Serreta no coração...

E se meu pai fosse vivo, contaria hoje 78 anos e estaria muito feliz com esta coincidência festiva. Afinal somos todos uma família... a Família Serretense.

Recordo com saudade os restantes familiares que já partiram para outra dimensão e que também estariam felizes com este evento ímpar. Sem sombra de dúvida que a minha falecida mãe hoje rejubilaria e não deixaria esquecer, tal como eu, outros familiares que estão emigrados (primos e a minha querida madrinha de baptismo) e tantos outros que já conhecem este percurso da Serreta na internet, que fui colocando conforme a voz da inspiração.

Quero agradecer a todos os serretenses que perceberam o quanto estimo o meu torrão natal, incluindo o Presidente da Junta de Freguesia, como representante máximo da alma serretense.

O meu agradecimento em especial vai para o João Marcelino que com gosto, sacrifício e sabedoria ensina os novos músicos onde está incluído o meu benjamim, e desde 1994 rege e mantêm viva a Filarmónica Recreio Serretense.

Um bem-haja para todos!

Rosa Silva ("Azoriana")

PARABÉNS!

Sociedade Filarmónica Recreio Serretense

A Serreta esteve em festa
Num evento comemorativo
Numa imagem que atesta
Este artigo informativo.

João Costa e Porfírio Domingues
Sociedade, Câmara e Junta de Freguesia,
E patrocínios que os distingues
Num disco compacto de primazia.

Eis a música serretense
Num compacto de amor
A farda que lhes pertence
Enobrece o seu valor.

Os aplausos ecoaram
No palco dos corações
Os músicos actuaram
Angariando ovações!

Parabéns! Parabéns!
134 anos tens!

Pág. 4/4