O capítulo XVI - Desafio de «Ilhas» e «Azoriana»
O "Ilhas" cantou muito bem:
303
Com tanto elogio seguido
Deixas-me embasbacado
Fico deveras sentido
Agradeço-te: Muito Obrigado!
304
Os ilhéus podem ser mote
E o mar azul companheiro
E a ti quem te deu o dote
Foi Rosa de melhor cheiro
305
Foi Rosa Celestial e terna
Da Serreta padroeira
Amada terra materna
Que te fez dessa maneira
306
Por isso sabes cantar
Na rima não te vais perder
Porque a vais divulgar
Enquanto teu ser viver
307
Quanto ao senhor Bicudo
Que a RTP está a dirigir
Não percebe de Entrudo
Nem das ilhas unir
308
O Pedro Moura faz falta
Com o seu acordar matinal
Para poder por na ribalta
O nosso lindo Carnaval
309
Mas, o que penso vou dizer,
Porque se calhar é verdade
O “Bom dia” havia-se de fazer
Se o tal senhor tivesse vontade
310
Agora deve querer poupar
Sem olhar a meios de tal
Pondo os açorianos a mirar
Imagens de outro canal
311
Um dia o nosso telejornal
Vai ser sem comentários
Iremos aprender língua gestual
P`ra RTP não pagar honorários
312
Meu lema não é desarmar
Por isso minha amiga
Enquanto você quiser cantar
Terá como resposta cantiga
Ilhas
23-01-08
Formo gosto no Capítulo XVI:
313
Tua quadra vou emoldurar
Repetindo-a nesta hora
Que enquanto aqui cantar
Tenha no mote a Senhora:
"Foi Rosa Celestial e terna
Da Serreta padroeira
Amada terra materna
Que te fez dessa maneira"
314
Obrigada pela cantiga
Que me fez emocionar
Tu és pessoa amiga
Que sempre vou elogiar.
315
Que sejam nossos leitores
A travar a cantoria
Somos só dois cantadores
A rimar de noite e dia.
316
Agora fizeste-me rir
Com o cenário gestual
Ainda vamos conseguir
Gesticular no telejornal.
317
Tu p'ra cá e eu p'ra lá
Com os dedinhos no ar
O ensaio começa já
P'ro ano vais actuar.
318
Uma dança divertida
Que se quer pelo Entrudo
O tema que ora convida:
"No comments Sr. Bicudo".
319
É triste não ter dinheiro
Mais triste não ter programa:
"Bom Dia" era pioneiro
Logo ao levantar da cama.
320
As coisas são como são
Não adianta a insistência
Porque a nossa televisão
Pode estar em decadência.
321
Foi-se a "Tia do Nordeste"
E as ilhas uma a uma
O "Troféu" 'inda que reste
Já não tem graça nenhuma.
322
Fica fora do horário
Sabem bem como manter
O pessoal neste diário
Que não o querem perder.
323
Dá tarde e às más horas
E nós queremos repousar
Mudem-no sem demoras
P'ra conseguirmos acordar.
324
Virei-me para o desporto
Que até acho interessante
Deixa-nos um desconforto
Vê-lo na hora distante.
325
Para não perder o pio
E dar corda às cantigas
Décimo sétimo desafio
Trará palavras amigas
326
Quinta-feira de Compadres
Mais uma comemoração
Na outra são as Comadres
Que enfeitam a tradição.
327
Mando um abraço aos meus
Nas vésperas do Carnaval;
Na volta os versos teus
Trarão outro no final.
Azoriana
24/01/2008