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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Por dentro do Carnaval

05.02.08 | Rosa Silva ("Azoriana")
Com muito gosto assisti às maravilhas da ilha Terceira. Não foram sete mas mais de trinta bailinhos e danças que fizeram a população da ilha centrar-se em frente ao palco de mil cores e sorrisos. O meu eleito foi o palco da Sociedade Filarmónica Recreio Serretense que sempre me acarinha.

No espaço entre uma e outra actuação deu-me tempo para registar o meu sentir e assim fica para relembrar:

Vi as danças uma a uma
E de forma nenhuma
Me cansei de aplaudir
Na riqueza desse acto
De certeza é um facto
Fizeram Carnaval florir.

Da Serreta, a primeira
Que tomou a dianteira
Com glória e perfeição
Santa Bárbara foi aurora
Bela voz veio na hora
P'ra encantar o nosso salão.

Naquele lugar melhorado
Com o palco asseado
De belas flores e canções
Desfilaram sempre seguidas
As danças assim unidas
Pelas nossas ovações.

No regaço deste povo
Canta o velho, canta o novo
Banhados num mar de palmas
As mulheres de São Mateus
Com a bela voz que Deus
Lhes fez alegrar as almas.

Sonho o Fado da Senhora
Naquelas vozes então
E ouvir pela vida fora
Esse eco sem demora
A aquecer o coração:

Mãe do Céu e Mãe da Terra
Do seu altar se descerra
Todo o gosto pelo fado
E a voz que vem do céu
Faz eco no povo ilhéu
Que se sente abençoado.

Quanta ternura e amor
Nessa imagem de valor
Que é Mãe da devoção
E em cada quadra sua
Vem o povo para a rua
Cantar fado em oração.

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Nossa ilha pioneira
De festejos nos salões
Não há como a Terceira
Numa rima de emoções
Carnaval te quero tanto
Festival de quatro dias
Veste-se a ilha dum manto
Bordado de alegrias.

Por cada tecto a voar
Leve como uma pluma
A magia do luar
Em cada traço da bruma
Que se vê enfeitar
De estrelas uma a uma.

A cantiga carnavalesca
É doce, é pérola fresca
Que brilha por cada ouvido
As do poeta(*) agora saúdo
Porque fazem do Entrudo
Um brilho muito mais querido.

(*) Parabéns a Álamo Oliveira.

Um aplauso de pé
A cada canto e dança
O perfume da herança
Que todos sabem qual é:
O Carnaval da Terceira
De beleza verdadeira.

E agora para o Luís Nunes:

A tua dança a rigor
Mostrou-nos o teu amor
Pelo Carnaval, felizmente,
A homenagem à D. Turlu,
É um legado que tu
E o Cantinho deixam à gente.

E fecha-se o pano:

São badaladas sem versos
Que franzem o nosso olhar
No palco da vida dispersos
Pelas Cinzas quase a chegar...

«Lembra-te ao Homem que és pó e em pó te vais tornar.»

FIM