Mar de Palavras
Voltei. Na ânsia de encontrar o que
De ti houver. Aos poucos desvendando
Os sinais de outros mundos. Tudo porque
Não há mar-terra... Há versos voando.
Quem és tu? Quem sou eu? Neste palanque
De degraus onde o sol está raiando,
Para que a luz incendeie e marque
O relevo dos dons que estão queimando.
São "Palavras"-Sonhos, horas maduras,
Auroras e luas, noites inseguras...
E lembranças dos que não voltam mais.
Só eu volto rendida, a um começo,
Aos versos de quem nem sequer conheço,
Feitos mar de palavras imortais!
2008/02/21
Rosa Silva ("Azoriana")
Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=12128
Índice temático: Desenho sonetos
Nota: Instantâneo ao ler o poema «PALAVRAS COMO ESTRADAS» da autora do blog "poetaporkedeusker". Ela deixou um comentário no artigo anterior revelando o seguinte:
"Perguntei-te pelo Nemésio e pelo Professor Sousa Júnior.
Foi ele que erradicou a peste Bubónica aí nos Açores e é meu bisavô. Falei, também, das obras do meu avô, António de Sousa, que estão aí, no Museu da Terceira. Disse-te que penso ter ainda uma costelazinha açoriana" (...)
Agora peço-te: Volta mais vezes, por favor. Aqui serás sempre bem-vinda!