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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

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Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico da Listagem,
de 1.023 sonetilhos/sonetos filhos

Na véspera...

31.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")
Na véspera já anda aquele nervoso "miudinho". Sinto-me uma criança que está prestes a soprar as velas do bolo e nunca mais chega a hora.

O que querem?! Sou uma maluquinha por aniversários embora muita gente não saiba disso ou então, é o contrário: toda a gente já se apercebeu desta mania.

Isto tudo foi-me incutido pelos meus pais e sobretudo minha mãe. Quando chegava o dia de fazer anos era um dia sagrado. Tinha de haver bolo e mais qualquer coisa diferente. Meu pai, lembro-me que amuava se a gente guardava a surpresa até à última hora. A minha mãe, por sua vez, era louca por cornucópias.

Tal pena eles não estarem por cá. Tenho a certeza que minha mãe era a primeira a ligar para mim a dar os parabéns. É que ela sabia a data de aniversário de toda a gente que ela conhecia, depois que se casou. Fixava todas as datas e de vez em quando lá me dizia: Olha, tua prima faz anos... e fulano, e fulana... E eu perguntava: - Como é que a mãe se lembra disso tudo? Ela respondia com o seu sorriso como que a fazer chacota da minha fraca memória.

E então lá vinha ela outra vez: Sabes quem faz anos no mesmo dia que tu? E eu replicava: Deve haver muita gente a fazer anos no dia de petas.

Então ela dizia toda contente: - É o José Rodrigues dos Santos do telejornal... E eu, a partir daí, nunca mais esqueci que este jornalista tem a mesma idade que eu. Como tenho a certeza que ele não vem ler isto até me consola divulgar.

Não me lembro de ter presentes daqueles muito caros, ou de ganhar uma jarra como a que aí vem pelo correio (ai, se ela se parte pelo caminho, que desgosto.... :)) Agora recebo livros, cd's com músicas lindas, postais, cartões como um que recebi de Jorge Vicente, do Fri-luso (depois eu mostro), etc. O que gostava mesmo era de receber montes de comentáriosssssssss.

O melhor mesmo é se meus filhos me abraçarem, e o olhar e o beijo da pessoa que neste momento sabe o valor de cada lágrima ou sorriso meu, e se me der a mão e disser: Amo-te!... (Não preciso mais nada).

Não quero ser egoísta mas tenho direito de ao menos num dia voltar-me para mim com o reflexo dos que comigo vivem.

Obrigada a todos, na véspera do dia. Digo na véspera porque amanhã vão pensar que é mentira.

ADORO-VOS!

Imagens deprimentes

30.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")
"Durante as minhas incursões pelo mundo da "net", pude constatar, embora não a conheça,  que dedica amor à freguesia da Serreta (presumo ser a sua terra natal). Pensei então que seria a pessoa com quem partilhar um facto menos abonatório da terra que ama, na esperança que possa alertar quem de direito" (...)

Este foi o início do primeiro parágrafo de um e-mail que recebi hoje de uma pessoa que foi dar um passeio e passou por uma canada da Serreta.

Não publico as imagens que me forneceu porque quero manter o meu blog com as imagens bonitas que sempre conheci da Serreta.

Esta pessoa que me escreveu, como não me conhece, é natural que não saiba que não vivo na Serreta há bastante tempo e que só a visito pelas festas e romarias. O resto do ano estou a 19 km de distância. Não é muito mas como não tenho carro, fica difícil visitá-la mais vezes.

Vou fazer os possíveis por fazer chegar a mensagem a quem de direito.

Agradeço a preocupação deste visitante e os blogs também servem para passar mensagens de alerta para situações desfavoráveis e que, neste caso, desgostam qualquer pessoa que ama a Serreta.

_____________
Nota esclarecedora:

Caro visitante e leitores em geral. Já fiz chegar a mensagem a quem de direito e o assunto em causa já está a ser tratado e pelo explicação que recebi confortou-me porque, afinal, as imagens são da Serreta mas o assunto nem é imputável à Serreta. Portanto, fica assim esclarecida a situação.

Os orgãos locais esmeram-se por manter a freguesia bela e um cantinho do céu.

Agradeço ao senhor que me alertou e é provável que num próximo passeio já esteja o assunto arrumado.

Cumprimentos


Dom natural

29.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Claro que sei que ao deixar-te uma linha
Tu dela constróis um divino céu;
E que mesmo sem ver já se adivinha
O que floresce no coração teu.

Eu sei que há o dom numa entrelinha,
(Porque nela também revejo o meu);
Melodia em coro da andorinha,
Que, encantada, voa no apogeu.

As rosas rubras que gosto por mim,
Vão todas em ecos de parabéns,
Para ti que encontrei neste acaso...

E nascem p'ra ti louvores sem fim;
Acredito no bom valor que tens:
Dom natural que Deus te dá sem prazo.



Rosa Silva ("Azoriana")


Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=12129

Índice temático: Desenho sonetos


Nota: Inspirei a "poetaporkdeusker" com uma linha - ESTE DOM QUE DEUS ME DEU - e ela inspirou-me esta resposta. Espero que gostes.

A Marcha das Sanjoaninas 2008 que não venceu

29.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")
Nota introdutória: Acabei de ler a publicação do artigo do Luís Nunes, do blog «Ideias e Ideais», que nos revela que venceu o concurso da letra e música da sua Marcha para as Sanjoaninas 2008.

Já lhe dei os parabéns merecidos.

Como a minha letra não venceu não vejo qualquer problema de a publicar já de seguida. Gosto dela e para mim basta. Deu-me um prazer enorme concorrer mas já calculava que não ganhava.

Agradeço imenso ao Helder Lourenço, da freguesia da Agualva, que criou uma música para mim
.

Agradeço, também, à Sociedade Filarmónica Recreio Serretense que levou a cabo o meu ideal.

Bem-haja!

E passo a apresentar a minha letra que não venceu:

Angra Vestida de Prata
I
P'ra cantar ao São João
Dão-se voltas de solfejo;
No regaço da paixão
Dança ao luar doce beijo.
Angra cidade vistosa,
Bordada de poesia,
Leve, bonita e formosa
Uma flor de fantasia!

Refrão:
Porto, Sintra, Guimarães,
Angra e Évora de mãos dadas
A festejar como irmãs
Pelas ruas enfeitadas.
São João que já se encanta
De amizade as incendeia
E com elas baila e canta
Seu amor em maré-cheia.

II
Festa cá rima com gente
Na noite de São João.
E quem canta é quem mais sente
O fogo do coração.
Há folia abençoada,
Na cidade hospitaleira;
Nos ecos da madrugada
O amor salta em fogueira!

Refrão (...)

III
Angra vestida de prata
Num lindo balão flutua;
Manjericos na gravata
Do povo que veste a rua.
E no cais deste encanto,
Cinco Divas a cantar;
São João te quero tanto,
Noite e dia sem parar!

Refrão (...)

Rosa Silva ("Azoriana")

Digam lá se gostam da minha letra que ficará nalguma gaveta. :)

À «Joanina» dos Açores

28.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

0 Blog da Joanina

És 'Joanina' dos Açores!
Contigo levaste as cores
Deste teu nobre torrão.
Agora aqui não estás,
Mas connosco ficarás
Em laços de coração.

És da nossa ilha Terceira,
Tão festiva e toureira
Como nunca alguém viu.
És simpática emigrante
Que jamais será distante
Desta que agora sorriu.

Em rima gosto de tecer
E creio transparecer
Uma cantiga ligeira.
E, assim, deixo voar
O que fará recordar
Brava gente cantadeira.

Pelas nossas freguesias
Brilham por estes dias
Os Dons do Espírito Santo;
E no 'mar' do meu olhar
Decerto vias brilhar
Uma lágrima de encanto.


Rosa Silva ("Azoriana")

Nota:
Obrigada, Senhor, por este dom que me deste, sem eu o merecer!
Dai-me um pouco da Tua Paz quando eu morrer.

A Jarra preferida

27.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")
Agradecimento à Maria do blog Cantinho das Artes Decorativas

A jarra cor-de-rosa
Da Maria habilidosa
Chegará numa semana
À casa da Azoriana.

E pelo aniversário
Enfeitará o armário
Na lembrança deste dia
E pela sua simpatia.

Quando ela cá chegar
Uma foto vou tirar
Para ver o novo encanto
No móvel que gosto tanto.

Outro gosto é rimar
Para com versos cantar
Este gesto de beleza
Duma artista portuguesa.

Beijinhos sorridentes!

E viva a nova afilhada!

27.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Dês t'abançoe, c'rida afilhada!

Pois olha Jo, esse arraial que tu bem sugeres só surte efeitos de honras para os lados de cá. Sabes que a gente fica toda prezada, veste a melhor "farpela", põe a fina gravata (os homens) e um alfinete de jeito (as "melheres") alisa muito bem a cabeleira farta (para quem a tem), coloca um sorriso rasgado inteiro, afina os instrumentos de sopro e de percussão, dá mil e uma voltas à roda das panelas para preparar aquela divina Sopa (hummm, lembras-te?), e depois ainda tem tempo para apregoar em alta voz o rico e alvo alfenim e mais umas rosquilhas com aquela cor dourada da manteiga aquecida, e algumas peças prometidas, no palanque ou na frente da porta do Império.

Acho que devias vir cá, à tua c'rida freguesia de S. Pedro, mesmo coladinha ao Alto das Covas, que agora parece que anda em revolução por causa de uma obra que está a deixar à mostra as antigas casas de banho públicas. Eu até acho uma boa ideia ressuscitarem as ditas para que o pessoal pelas Sanjoaninas não fique sem ter onde deitar águas. :)

Fico muito feliz por gostares tanto da madrinha e do selo que se tiver pontos e vírgulas pode, vez por outra, causar algum atropelo quando copiado para outro blog. É que, como deves saber, há sinais e símbolos que tem outros significados para as tecnologias topo de gama. Mas isso são pormenores que os informáticos programadores é que percebem 100%, acho eu.

Por agora é tudo e Dês t'abançoe c'rida afilhada, à nossa moda. (Esta "piquena" só me faz rir com seus discursos à boa maneira de Hollywood).

Ao caríssimo poeta Euclides Cavaco

27.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Amar o Fado

O seu amor pelo Fado
Está tanto entranhado
No seu nobre coração:
É uma pérola que flui
O melhor dom que possui
E nos cria emoção.

Antes nem fazia caso
Um ou outro ao acaso
Chamava minha atenção;
Mas os Ecos da Poesia
Atingem-me dia-a-dia,
Fascina-me a prontidão.

Um sonho então eu tive
E ele em mim sobrevive
Desconhecendo qual sorte.
Quem me dera ouvir cantar
Algo meu nalgum lugar
Antes de chegar a morte.

Com uma letra concorri
À festa maior daqui
Que chama gente a eito.
Escrevê-la deu prazer
Mesmo que não vá vencer
Para mim está perfeito.

Foi então que em si pensei
Porque cantar eu não sei
Foge-me a voz e garganta.
Só os Fados que assina
Trazem sempre voz divina
Na pessoa que os canta.

E Fado nem sei se é
A letra da minha fé
Por Angra do Heroísmo.
Só você pode dizer
Se a guitarra vai querer
Abrilhantar o lirismo.

Rosa Silva (“Azoriana”)
2008/03/09

Para "Samuel Dabó" - o blog

26.03.08 | Rosa Silva ("Azoriana")
Dedicatória ao artigo "Na Ilha Terceira a primeira - Parte 2", da autoria de Samueldabo.

As pétalas das suas linhas
Florescem a todo o rubor;
Por outra são andorinhas
Esvoaçando de amor.

Reina a ternura dos dias
Que passou na boa ilha;
Soltam-se mais alegrias
Nessa escrita maravilha.

Bravo! Caro visitante,
Volta sempre, por favor,
Para na faixa distante
Cantares o forte amor.

Amar a Ilha é assim,
Num bordado de poesia,
Um encanto de alfenim,
Vinho e doce maresia.

Um abraço terceirense
Lhe mando com tal carinho;
Esta ilha lhe pertence
Porque a volta adivinho.

E quando aqui regressar,
Que seja lá para o Verão,
Abrace as ondas do mar
Saboreie lilás torrão.

Rosa Silva ("Azoriana")

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