Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Na véspera já anda aquele nervoso "miudinho". Sinto-me uma criança que está prestes a soprar as velas do bolo e nunca mais chega a hora.
O que querem?! Sou uma maluquinha por aniversários embora muita gente não saiba disso ou então, é o contrário: toda a gente já se apercebeu desta mania.
Isto tudo foi-me incutido pelos meus pais e sobretudo minha mãe. Quando chegava o dia de fazer anos era um dia sagrado. Tinha de haver bolo e mais qualquer coisa diferente. Meu pai, lembro-me que amuava se a gente guardava a surpresa até à última hora. A minha mãe, por sua vez, era louca por cornucópias.
Tal pena eles não estarem por cá. Tenho a certeza que minha mãe era a primeira a ligar para mim a dar os parabéns. É que ela sabia a data de aniversário de toda a gente que ela conhecia, depois que se casou. Fixava todas as datas e de vez em quando lá me dizia: Olha, tua prima faz anos... e fulano, e fulana... E eu perguntava: - Como é que a mãe se lembra disso tudo? Ela respondia com o seu sorriso como que a fazer chacota da minha fraca memória.
E então lá vinha ela outra vez: Sabes quem faz anos no mesmo dia que tu? E eu replicava: Deve haver muita gente a fazer anos no dia de petas.
Então ela dizia toda contente: - É o José Rodrigues dos Santos do telejornal... E eu, a partir daí, nunca mais esqueci que este jornalista tem a mesma idade que eu. Como tenho a certeza que ele não vem ler isto até me consola divulgar.
Não me lembro de ter presentes daqueles muito caros, ou de ganhar uma jarra como a que aí vem pelo correio (ai, se ela se parte pelo caminho, que desgosto.... :)) Agora recebo livros, cd's com músicas lindas, postais, cartões como um que recebi de Jorge Vicente, do Fri-luso (depois eu mostro), etc. O que gostava mesmo era de receber montes de comentáriosssssssss.
O melhor mesmo é se meus filhos me abraçarem, e o olhar e o beijo da pessoa que neste momento sabe o valor de cada lágrima ou sorriso meu, e se me der a mão e disser: Amo-te!... (Não preciso mais nada).
Não quero ser egoísta mas tenho direito de ao menos num dia voltar-me para mim com o reflexo dos que comigo vivem.
Obrigada a todos, na véspera do dia. Digo na véspera porque amanhã vão pensar que é mentira.
"Durante as minhas incursões pelo mundo da "net", pude constatar, embora não a conheça, que dedica amor à freguesia da Serreta (presumo ser a sua terra natal). Pensei então que seria a pessoa com quem partilhar um facto menos abonatório da terra que ama, na esperança que possa alertar quem de direito" (...)
Este foi o início do primeiro parágrafo de um e-mail que recebi hoje de uma pessoa que foi dar um passeio e passou por uma canada da Serreta.
Não publico as imagens que me forneceu porque quero manter o meu blog com as imagens bonitas que sempre conheci da Serreta.
Esta pessoa que me escreveu, como não me conhece, é natural que não saiba que não vivo na Serreta há bastante tempo e que só a visito pelas festas e romarias. O resto do ano estou a 19 km de distância. Não é muito mas como não tenho carro, fica difícil visitá-la mais vezes.
Vou fazer os possíveis por fazer chegar a mensagem a quem de direito.
Agradeço a preocupação deste visitante e os blogs também servem para passar mensagens de alerta para situações desfavoráveis e que, neste caso, desgostam qualquer pessoa que ama a Serreta.
_____________ Nota esclarecedora:
Caro visitante e leitores em geral. Já fiz chegar a mensagem a quem de direito e o assunto em causa já está a ser tratado e pelo explicação que recebi confortou-me porque, afinal, as imagens são da Serreta mas o assunto nem é imputável à Serreta. Portanto, fica assim esclarecida a situação.
Os orgãos locais esmeram-se por manter a freguesia bela e um cantinho do céu.
Agradeço ao senhor que me alertou e é provável que num próximo passeio já esteja o assunto arrumado.
Nota introdutória: Acabei de ler a publicação do artigo do Luís Nunes, do blog «Ideias e Ideais», que nos revela que venceu o concurso da letra e música da sua Marcha para as Sanjoaninas 2008.
Já lhe dei os parabéns merecidos.
Como a minha letra não venceu não vejo qualquer problema de a publicar já de seguida. Gosto dela e para mim basta. Deu-me um prazer enorme concorrer mas já calculava que não ganhava.
Agradeço imenso ao Helder Lourenço, da freguesia da Agualva, que criou uma música para mim.
Agradeço, também, à Sociedade Filarmónica Recreio Serretense que levou a cabo o meu ideal.
Bem-haja!
E passo a apresentar a minha letra que não venceu:
Angra Vestida de Prata I P'ra cantar ao São João Dão-se voltas de solfejo; No regaço da paixão Dança ao luar doce beijo. Angra cidade vistosa, Bordada de poesia, Leve, bonita e formosa Uma flor de fantasia!
Refrão: Porto, Sintra, Guimarães, Angra e Évora de mãos dadas A festejar como irmãs Pelas ruas enfeitadas. São João que já se encanta De amizade as incendeia E com elas baila e canta Seu amor em maré-cheia.
II Festa cá rima com gente Na noite de São João. E quem canta é quem mais sente O fogo do coração. Há folia abençoada, Na cidade hospitaleira; Nos ecos da madrugada O amor salta em fogueira!
Refrão (...)
III Angra vestida de prata Num lindo balão flutua; Manjericos na gravata Do povo que veste a rua. E no cais deste encanto, Cinco Divas a cantar; São João te quero tanto, Noite e dia sem parar!
Refrão (...)
Rosa Silva ("Azoriana")
Digam lá se gostam da minha letra que ficará nalguma gaveta. :)
Pois olha Jo, esse arraial que tu bem sugeres só surte efeitos de honras para os lados de cá. Sabes que a gente fica toda prezada, veste a melhor "farpela", põe a fina gravata (os homens) e um alfinete de jeito (as "melheres") alisa muito bem a cabeleira farta (para quem a tem), coloca um sorriso rasgado inteiro, afina os instrumentos de sopro e de percussão, dá mil e uma voltas à roda das panelas para preparar aquela divina Sopa (hummm, lembras-te?), e depois ainda tem tempo para apregoar em alta voz o rico e alvo alfenim e mais umas rosquilhas com aquela cor dourada da manteiga aquecida, e algumas peças prometidas, no palanque ou na frente da porta do Império.
Acho que devias vir cá, à tua c'rida freguesia de S. Pedro, mesmo coladinha ao Alto das Covas, que agora parece que anda em revolução por causa de uma obra que está a deixar à mostra as antigas casas de banho públicas. Eu até acho uma boa ideia ressuscitarem as ditas para que o pessoal pelas Sanjoaninas não fique sem ter onde deitar águas. :)
Fico muito feliz por gostares tanto da madrinha e do selo que se tiver pontos e vírgulas pode, vez por outra, causar algum atropelo quando copiado para outro blog. É que, como deves saber, há sinais e símbolos que tem outros significados para as tecnologias topo de gama. Mas isso são pormenores que os informáticos programadores é que percebem 100%, acho eu.
Por agora é tudo e Dês t'abançoe c'rida afilhada, à nossa moda. (Esta "piquena" só me faz rir com seus discursos à boa maneira de Hollywood).