Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Agradeço a prenda da Chica Ilhéu

Regresso do Bodo e da paisagem serretense

Voltei.

Com um misto de saudade mas voltei.

Trago-vos alguns momentos do Bodo da Serreta, em imagem, bem como, pedaços da paisagem serretense que a minha filha captou na passagem.

A quem me visitou e deixou comentários, que agradeço muito, deixo aqui episódios da vida real.

A quem está emigrado e quer recordar momentos de outros tempos, fica aqui um cheirinho do pão, massa sovada e vinho abençoados e apregoados na frente do Império da freguesia da Serreta que ainda mantém viva a chama do Divino Espírito Santo. Este ano, a extracção de pelouros foi assídua e completa. Não houve falhas.

No entanto, tenho pena de constatar a ausência de gente. Faltavam tantos... Mais dia, menos dia, a Serreta é um punhado de lembranças, sem gente. Contam-se as casas vazias. Contam-se histórias de outros tempos recheadas de saudade. Saudade é a palavra mestra.

Do lado esquerdo, encontrarão o link para as imagens do 1º Bodo da Serreta; do lado direito, encontrarão momentos da paisagem serretense. Espero que seja do vosso agrado.

Aniversário da minha filha

Não posso deixar passar
Este momento feliz
Porque é dia de cantar
Os anos da minha petiz.

Petiz é força d'expressão
Ela é jovem estudante
Filha do meu coração
Com sorriso cativante.

PARABÉNS!
Da tua mãe
que te quer todo o bem do mundo!

Aqui fica uma fotografia da sua autoria.

Prenda doce de Alfenim

Foi com grande admiração
Alegria e emoção
Que à Serreta vi chegar
A dona do bom presente
Para me deixar contente
No Bodo daquele lugar.

Logótipo de alfenim,
Lindo do começo ao fim,
Pelas mãos de uma artista,
Que foi ter à freguesia
P'ra selar com alegria
O encontro de bloguista.

Na conversa que tivemos
E nos sorrisos que demos
Travámos conhecimento,
Junto à Canada das Fontes
Entre mar, vales e montes,
Testemunhos do momento.

Manuela é tua graça
E que Deus também te faça
O bem que fizeste a mim.
O Divino está contigo
E nesse gesto amigo
De uma beleza sem fim.

As palavras se amontoam
Da minha caneta voam
Numa terna gratidão.
Faço a doce homenagem
P'ra registo da viagem
Com uma grande ovação.

Parabéns pelo talento!
És artista cem por cento
Do alfenim à mão talhado.
Tens nas mãos a perfeição;
Tens o dom, a devoção
Que é tão do nosso agrado.

Obrigada!
Rosa Maria
2008/05/11

P.S. Este foi o comentário de agradecimento que coloquei no artigo dedicado a mim, no blog Alfenim_Pomba_Branca, da nova amiga Manuela. Este seu gesto sensibilizou-me muito e, mesmo antes de chegar a casa, já havia iniciado estas sextilhas para lhe oferecer.

Algumas quadras pelo Bodo e Dia dos Açores

11 de Maio, na freguesia da Serreta, 1º Bodo do Divino Espírito Santo

O Espírito da Ilha

E no relógio sagrado
A meia hora batia
E o vinho abençoado
Em cada boca caía.

Na paz sã daquele monte
Duas gaivotas dançavam
Enquanto que bem defronte
Vinho e tons me embalavam.

O sol já se encobriu
Dando outra cor ao dia
Sei de quem já não o viu
Porque outra luz se erguia.

Mais um dia dos Açores
E da nossa autonomia
Da Pombinha e de louvores
À Santa Virgem Maria!

Rosa Silva ("Azoriana")