Derramei o meu pranto e fez-me bem...
A Joanina visitou o meu blog e topou que as coisas estavam um bocado melancólicas cá por estas bandas. Pediu-me que fosse a correr ver a "supresa" que tinha para mim.
Após andar 1 hora aqui nos arredores a passo acelerado na companhia de alguém que me incentivou a concluir este primeiro "mexe contigo" entrei na "mexida sentada" do passeio pelos blogs e, claro que a Joanina andava a puxar-me para ir ver o seu.
Li o artigo com a letra da canção linda de "Ilhas de Bruma"; ouvi-a do princípio ao fim e também reli o meu comentário que já havia escrito:
É linda a letra e as vozes dos interpretes são maravilhosas.
"Por isso é que eu sou das ilhas de bruma" e hoje sinto-me dela mais do que nunca e trago no peito uma amargura talvez porque a ilha também nos aperta o coração mais do que a gente pensa...
Lembro que há bem pouco tempo (pelo bodo da Serreta) estive frente a frente com um "velhinho castiço" e de um momento para o outro ele se foi. Isto só prova que devemos aproveitar todo o tempo que temos neste mundo porque além disto ninguém sabe e ninguém volta... E fica assim como que uma amargura que nos enche a alma e desponta uma tristeza incalculável.
Tu vê bem os olhinhos daquele senhor que está no meu blog e diz-me se não traziam a alma da ilha, a paz das hortênsias e a dolência das ondas? Vê bem... Todos os dias partem seres que levam consigo os verdes e azuis destas ilhas de encanto... E nós como será? Nunca se sabe o minuto ou a hora derradeira.
Aproveitemos e cantemos enquanto o fôlego permitir...
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Depois disto amiga Jo, eu chorei tudo o que estava entalado cá dentro e sinto-me melhor. O nosso mar precisa de lágrimas que tanto podem ser felizes como salgadas pelos nossos sentimentos.
O dia que eu morrer cantem-me, cantem-me "Por isso é que sou das ilhas de bruma..."
Obrigada!