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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Continuação da Desgarrada de Além Mar - 2ª Edição

30.06.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

C.163
Ontem mandei um soneto
Da árv're, prá Renascença,
Pois merece o nosso afecto
E é lindo ver-lhe a crescença!

R.164
Foi um gesto mui bonito.
A árv’re tens dois sentidos:
Dá papel para ser escrito
E vida em ramos floridos!

 

(...)

 

Já está no ar a 2ª edição da Desgarrada de Além Mar, entre a D. Clarisse Barata Sanches, de Góis (a letra verde) e eu (a letra rosa). De novo vem à tona o que a nossa inspiração ditou. Espero que gostem e comentem tanto lá como cá.

 

 

Esta imagem leva-nos à 1ª edição

À "Xana"

30.06.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Muito obrigada pelas tuas visitas e comentários. Um blog também serve para estreitar amizades e, neste caso, é um meio eficaz para começar uma nova amizade.

 

Espero que te decidas a dar início a uma página com tudo o que tens a mostrar ao mundo sobre as nossas tradições culturais. Fazes parte integrante de uma delas e basta coleccionares alguns objectos, vestuário e repertório das canções antigas, que eram muito do agrado dos nossos avós, para rechear a mesma.

 

Uma página pessoal ou um blog são instrumentos úteis para tal fim. A primeira é feita sem necessidade de registos tão assíduos como o blog. O recurso ao blog incentiva a interactividade dos comentários e a novos artigos com data de publicação à nossa escolha.

 

Fico ao teu dispor para tirar alguma dúvida.

 

Beijinhos

 

Rosa Maria

Gosto do improviso

30.06.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

"São os espíritos dos poetas que fazem cantar o vento" - D. Angelina Sousa (Turlu)

 

"a poesia, se não for harmoniosamente rimada, não é poesia, mas sim prosa" - Charrua

 

"a poesia é a arte de combinar palavras com sentido poético" - Charrua

 

"a poesia para ter beleza e harmonia tem de combinar as palavras pela rima" - Charrua

 

São estas finas expressões que destaco da leitura continuada e assídua que estou fazendo ao livro precioso "Aurora e Sol Nascente".

 

As lágrimas já me correram ao ler as pérolas que me caíram nas mãos destes bravos terceirenses. Que Deus os tenha ao seu lado felizes e contentes e a cantar lá nos céus.

 

A leitura deste livro despertou-me estas rimas:

 

Gosto do improviso

 

Como a água corre a pique
Em melodia sem fim
Vem-me à mente o despique
Com quem me cantar assim.

Se escrevi sem conhecer
O livro que tenho na mão
Imagino o que vai ser
Depois de dar-lhe atenção.

 

Tenho um homem que adoro
E que faz tudo por mim
Não pensem que o ignoro
Por tecer rimas assim.

De lágrimas ora me cubro
A ler as páginas tantas
A Turlu que está ao rubro:
Cantadeira, tu m'encantas!

Acho que a Turlu no Céu
Me está a mandar sinais
P'ra cantar o povo ilhéu
Em festas e arraiais.

Quem voasse à terra quente
Da América e Canadá
Para ver o que é que sente
Quem anda a cantar por lá.

Quem dera ter as violas
A tocar meu desafio
Mas só a toque de esmolas
Para entrar nesse bom trio.

Será que sei enfeitar
O calor de uma plateia
Só para ouvir cantar
Uma rima que se ateia?

Meu nome eu omitia,
A favor de "Azoriana"
Para ver à luz do dia
A faceta que me abana.

A minha alma até chora
Por não ter estado presente
Na passagem que decora
O valor desta boa gente.

A Turlu não vou bater
Porque a ela ninguém bate
Mas ainda estou em crer
Que a cantoria me cate.

Esta rima é muito pobre
Disso tenho a noção
Mas é ela que me cobre
Esta doce vocação.

Se um dia eu cantar
Mesmo com a fraca voz
Vai ser para bem lembrar
Quem já partiu de nós.

A Turlu e o Charrua
Poetas de eleição
Cantaram à luz da lua
Seu talento em oração.

José de Sousa Brasil
Charrua, foi conhecido
Com aplausos mais de mil
Que o fez reconhecido.

Tal como o Mestre das Velhas
Nasceu dia de São João
São duas boas parelhas
Fazendo jus ao torrão.

Vinte e cinco anos dista
A época de cada um,
O nosso agrado conquista.
Como estes não há nenhum.

Ai se eu pudesse abraçar
A mulher da minha estima:
As lágrimas iam contar
Meus amores pela rima.

Rosa Silva ("Azoriana")

"Aurora e Sol Nascente" - um Livro de Ouro

30.06.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Ao décimo terceiro dia de férias, após uma manhã atordoada pelos barulhos de uma obra vizinha, resolvi fazer algo que me ocupou a mente por algumas horas e virá a ocupar futuramente, assim espero.

 

Após dez dias de “entra e sai” para a cidade festiva, nada melhor para apaziguar o delírio do fim, do que um bom livro. Bons livros tenho eu (uns oferecidos e outros que, por caros que fossem, valeram o sacrifício). Mas este que me prendeu os sentidos tem um nome matutino e poético: “Aurora e Sol Nascente”; o subtítulo são “Confidências”, dos grandes Turlu e Charrua, pelo autor Mário Pereira da Costa, que se apresenta na contra capa e que eterniza, assim, este par magnífico da Cantoria ao Desafio e Poesia.

Não li o miolo total do livro. Li a introdução, os agradecimentos e os 2 poemas em destaque, ainda no interior da capa final – “Aurora” da autoria de Charrua e “Sol Nascente” de Turlu. Belo destaque!

Na intimidade do meu quarto nasceu-me vários sentimentos. Ainda é cedo para os revelar, se bem que um é fácil de adivinhar. Há algo que me atrai para este livro que, finalmente, nos dá a conhecer a mulher, digo, o par repentista. Sim! Decididamente, eu também o sou – repentista. O meu coração treme e a minha alma vai amar este livro. Qual será o meu destino?

Bem-haja o seu autor Mário Costa.

 

 

Rosa Silva (“Azoriana”)

 

Transcrito por: Paulo Borges (“PIPOCA”) – filho da Azoriana

 

Nota: O Pipoca segue a par e passo as inspirações da sua mãe. Talvez um dia seja o seu seguidor nas Cantorias, já que mulher da cantoria foi a Turlu e nunca mais se viu igual.

 

 

 

 

Imagem de AzoresGlobal.com

Trono da cidade

30.06.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Frente à toada do mar
Num balanço transparente
Vejo patos cirandar
Numa fila docemente.
O ensaio vai começar.
Faz-se em mim fogo ardente;
Há um som que faz vibrar
Uno coração que sente.
E nas portas da cidade,
Abertas em simultâneo,
Num solo extemporâneo...

Há degraus, humanidade,
Gestos d'água, magia:
Há amor, junto à baía!

Rosa Silva ("Azoriana")

 

Em http://www.sonetos.com.br/sonetos.php?n=12543

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