Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
**********
Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

**********

Cantando com alma e coração

22.07.08 | Rosa Silva ("Azoriana")



Tens alma de cantadeira
Teu sonho hás-de realizar
E nos palcos da Terceira
Ainda um dia irás cantar.

Chegar esse dia vejo
Como uma luz no escuro
Realizarás teu desejo
Prevejo-te um bom futuro

Muita fama tu vais ter
Pois és exímia na rima
E até já te estou a ver
A vir "América de cima"

E na "de baixo" também
Tua fama crescerá
Em outras terras além
E até no Canadá.

A rima vem de mansinho
E desgarrada começa
Hás-de cantar o Pezinho
Isto é quase uma promessa

Eu sei que tens essa garra
Teu estilo não engana
Nao és Turlu, mas és Cagarra
E és sobretudo Azoriana!


Paula Belnavis ("Jo")
22/07/2008

Respondo em bom despique:



Se for cantar algum dia,
Nos palcos desta Terceira,
Hás-de ser, então, a guia...
Minha luz à cabeceira.

Nunca se sabe o futuro
Sem passar pelo presente
O passado é o apuro
Do que nos sobra p'la frente.

Se à "América de cima"
For um dia, a convite,
Levo comigo a rima
E um "Novo" apetite.

No olhar levo as "hortenses";
Nos lábios, o doce mel,
No coração meus pertences
Que vou pondo no papel.

Se na de Cima encontrar
Prazeres e alegrias
Fica fácil ir cantar
À Outra por mais uns dias.

Eu já ganhei bons amigos
Na América e Canadá;
Porque escrevendo artigos
Meus dotes voam p'ra lá.

A Rima do Coração
Ao «Pezinho» eu dedico:
É fresca, tem mais acção,
É boa p'ro nosso bico.

Tu já me deste a alcunha
E juntei-lhe Azoriana;
Sonho com Casa à cunha,
Se a fé não me engana.

'Stou feliz neste momento,
Como Cagarra me prezo:
À noite dá-me alento
E à minha mãe eu rezo.

Fico de olho aberto
Até bem de madrugada,
No meu verso eu desperto
Para o canto animada.

Rosa Silva ("Azoriana")
22/07/2008

Amante de improviso

22.07.08 | Rosa Silva ("Azoriana")


A cantar de improviso
Não dá tempo de emendar,
O que vier ao juízo
É o que segue pelo ar.

Uma desgarrada é leve,
Se canta suavidade,
Por escrito não é tão breve,
Dá-lhe pouca claridade.

Se no terreiro estivesse
Sob o tom da melodia
Viesse lá quem viesse
Atiçava a cantoria.



 

Depois da pura sentença
Que decreta a desgarrada
Por vezes a desavença
Acaba dando a “pancada”.

Por cá já me apercebi
Que os versos da rapidez
São do melhor que ouvi
Do cantar de dois ou três.

Uma boa desgarrada
Anda à roda dos assuntos
Há que ser bem controlada
P’ra não ficarem defuntos.

Se eu estiver com veneta
E o improviso abraçar
Na “piquena” da Serreta
Verão os olhos brilhar.

Os olhos de cantadeira
São dif’rentes dos demais
Porque na ilha Terceira
Dão brilho aos arraiais.

E um despique renhido
Coroado pelas palmas
É que anima o sentido
Da mente de duas almas.

O dom vem por companhia,
Pois a sorte é traiçoeira,
Vejo o brilho da cantoria
No «Pezinho da Terceira».

 



Rosa Silva (“Azoriana”)