Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
**********
Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

**********

Amigo, dá-me uma alegria

25.07.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

 

Na tristeza que estou passando.
Tenho um filho estudante
Longe de mim, distante,
De saudade me povoando.

Tenho a fé do meu lado,
Que num dia, sol radiante,
Seja ele feliz, triunfante,
E pela mãe seja beijado.

A única que ele tem,
Que por mais não conseguir,
Deixa, por vezes, sucumbir,
O seu ideal de mãe:

A alegria de um fado,
Seja exemplo do que tem,
Esse primeiro que a mãe,
Queria dar-lhe cantado.

 

Rosa Maria.

 

Cante-me o meu primeiro fado, caro amigo, e quem sabe consigo me conformar com o que agora estou a passar. Seria uma felicidade. Minha voz não preenche o Calor do Fado.

 

(in Ecos da Poesia, de Euclides Cavaco, o Homem do Fado)

Aos 1568 dias de blog

25.07.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

O blog é...

Um mirante, um diário;
Agenda, noticiário;
Um post-it, simples lembrete;
Um rascunho ou um bilhete.

Uma carta, uma viagem;
Uma vigia da imagem;
Um espelho ou um visor;
Do rosto do seu autor...

Anónimo ou conhecido;
Isolado ou colectivo;
Um mundo visto ao segundo,
Muitas vezes moribundo.

Instrutivo ou aberrante;
Residente ou emigrante;
De forasteiro ou nativo:
Um blog é interactivo.

Semental da estrutura;
Calendário da cultura;
Montra de localidades,
Freguesias e cidades.

Com modelo original
E logótipo ideal.
Artigos catalogados
Recheiam base de dados.

Quem nisto não acredite,
Mostre lá o seu palpite.
E com tantas qualidades
Não é montra de vaidades...

A vaidade não tem cor
De quem escreve por amor.
O SAPO de mim conquista
O amor de ser bloguista.

Rosa Silva ("Azoriana")
2008/07/25


Nota: Uma dedicatória especial à maravilhosa Equipa do Serviço de Apontadores Portugueses - SAPO - que merece isto e muito mais, pois não medem esforços para nos ajudar a ser tudo e mais do que acima referi nos moldes que gosto e que esta equipa, concerteza, já se habituou e que pode (ou não) apreciar. Nem toda a gente gosta do improviso e da rima rápida mas podem crer que isso tudo devo ao SAPO, pois foi graças a este pessoal que descobri o que realmente me faz feliz, em termos de "part-time". É que com ele, estou a aprender a ser feliz... Bem-haja!

Emigrante (e a um filho distante)

25.07.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

... Emigrante,
Tu que estás distante
Num sonho constante
E no teu semblante
A saudade mora;

... Emigrante,
Que deixaste mãe,
Pai, irmãos também,
E o torrão que tem
A Virgem Senhora;

... Emigrante,
Volta ao luar,
E ao marulhar
Deste vivo mar
Que 'inda te ancora.

... Emigrante,
Por terras maiores
Longe destas cores
Que são teus amores
Pela vida fora.

... Emigrante,
Volta mais um dia,
Porque é fugidia
O que a sorte cria
E logo evapora.

... Emigrante,
Olha p'ro retrato
Verás que de facto
Voltar é num jacto
Morte é toda a hora.

... Emigrante,
Vem cantar comigo
Ouve o que te digo
Na canção de amigo
Que canto agora.

Rosa Silva ("Azoriana")

P.S. Este desabafo serve para quem está longe do seu torrão natal e sente saudades. Mas quando o escrevi estava a pensar, também, no meu filho que não consigo ver se não daqui a grandes meses. A maior tristeza disto tudo é eu não ter meios para o trazer de volta. Agora entendo o que sofrem as mães cujos filhos emigram e nunca mais se vêem. É uma dor tão grande que é impossível descrever por palavras.

Um dia alguém me acusou de ser "pedinchona" e outros termos que olvidei. Calo-me, então. Os filhos são-nos doados por Deus. Ao vê-los crescrer e encaminhar-se na vida sentimos um misto de alegria à mistura com essa palavra tão regional - SAUDADE!

A vida vai torta, jamais se endireita...