Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Ao clicar no link da imagem supra irá ter acesso à páginal musical de António Severino, natural e residente na vila das Velas, ilha de São Jorge - Açores. Encontrarão todo o seu historial poético-musical.
António Severino diz que não tem nenhuma formação musical, limita-se a colocar a melodia que as palavras já têm conforme o seu significado. Mas há um segredo para tudo e neste caso também o há. Melodia e palavras num abraço de harmonia de um poeta velense.
E com o amor de ilhéu Que favorece a poesia Parece que se fez no céu O tom de cada melodia.
São retalhos de um velense Compositor de tais canções, Ao Tributo ele pertence Para encantar corações.
Numa onda de magia Que balança sobre o mar Para trazer harmonia Há um verso a vibrar.
São hinos que nos transportam Às ilhas mais encantadas; São baladas que aportam E nos ficam ancoradas.
Na chama de um teclado atiçado pelos dedos incansáveis, a noite de sexta-feira, última do mês de Agosto, caía devagar. Que pena que não ouço ninguém chamar-me. O telefone toca mas é engano. Tudo se confina ao jogo que um rosto sorridente apresenta aos presentes numa sala curta e estreita. E eu embrenhei-me no teclado, olhando de soslaio para o silêncio da noite...
- "Então que contas? Alguma novidade?"
- Olá. Novidade. Que novidade?
- "Eles querem vir?"
- Não sei. A esperança é a última a morrer... Olha lá... Achas que sou egoísta por pensar tanto Nela?
- "Egoísta não diria... Bairrista talvez... E o passado deixou-te marcas profundas..."
- Isso é mau?
- "Depende. Se isso te faz feliz e se te sentes bem, quem sou eu para te condenar."
- Fiquei deveras feliz por me ver lá de novo. Senti-me completa. E queria que o mundo se sentisse como eu quando estou ao pé Dela...
- "O mundo?! Ainda achas que há hipótese do mundo ser feliz e completo?!"
- Talvez... Se todos puxassem para o mesmo lado... Mas isso seria monótono ou não?
- "O que é para ti ser feliz?"
- Ser feliz é não brigar, não gritar, abraçar quem não se vê há muito tempo, matar saudades, regressar ao berço...
- "Ao berço?! Mas tu já não és bébé nenhum... Que história é essa..."
- É uma maneira de falar... Regressar ao lugar onde nasci... Rever caras conhecidas que aos poucos foram enevoando...
- "Ah, entendo... Sentiste que voltavas ao que eras..."
- Porque me dizes isso se nem me conheces?
- "Porque o teu olhar diz tudo..."
- Achas que sou assim como um espelho de água?
- "Por muito que tentes disfarçar está escrito..."
- Escrito... Onde? No...
- "Não. Não é nesse sítio que estás a querer dizer... É no eco das tuas palavras..."
- Será só nas palavras? Numa coisa tens razão, não passam de palavras ao vento que não terão onde cair. Gostava tanto que elas caíssem no papel e na estante da vida...
- "Pois é... Nem isso consegues realizar. Tem um mundo inteiro a sonhar e pouco se realiza..."
- Porque me dizes isso? Quem és tu?
- "Sou o que quiseres que eu seja."
- Quem me dera que fosses Ela para alegrar a mim e a tanta gente que também gosta Dela...
- "Quem mais gosta dela?"
- Tanta gente... E há uma senhora que aprendeu a gostar Dela através do que lhe fui contando...
- "Quem? Podes revelar?"
- Sim... Vive à beira do rio Ceira... E mais que eu, anda empenhada no eco das palavras ficarem em papel... E não consigo dar-lhe esse gosto... A labuta dela impressiona-me. Eu desisti porque não tenho alternativa alguma...
- "Afinal do que falas, mulher?"
- Falo do meu e de um livro meu e dela... Tinha um sonho e apareceu outro para ficar também por realizar. E era tudo por Ela e por um passado que me vem à mente...
- "Então deixa por conta Dela. Ela se quiser vai ordenar a quem isso toque profundamente no coração... Confia. Não tenhas pressa..."
- Mas e se morro antes de os ver nas nossas mãos?
- "E quem te disse que não os verás?"
- Pois ninguém disse nada... Lá isso é verdade... Achas que devo manter a esperança?
- "Alguém vai ouvir-te e ler-te. Terás a resposta. Não é tanto pelo valor das coisas mas pelo valor dos sentimentos. E tu, sem dúvidas, tens o sentimento à flor da pele..."
- Pela nossa Serreta...
- "Tiraste-me as palavras da boca..."
- A Serreta está personificada e santificada pela Mãe... É Ela que move montanhas de fé...
- "A fé... Acredita a fé é que realiza sonhos. Confia Nela e no rio Ceira. Perto do rio Ceira tens uma amiga verdadeira e que já te quer bem..."
- Eu sei... Já tive provas disso. Ela é uma boa senhora...
- "Agora acalma-te e pensa só em coisas boas..."
- Sim. Estou pensando que estou louca por chegar a Festa Dela... Aquele mar de gente a cantar no adro...
Adeus tardes bem passadas Com vinho branco e com finos Adeus noites prolongadas Com bom tinto e os amigos
A partir de agora E olhar pela rua fora A chorar a toda a hora Sem alegria nem carinho Mas tenho fé Que vou voltar e abraçar Todos os amigos e beber Umas loirinhas com o AGOSTINHO...
Já se acabaram as férias E as festas de Santa Ana Mas nunca acabará O Amor pela nossa AZORIANA
Aquele abraço do amigo Zé Carrapato
A resposta:
Aos Amigos do Grupo do Tacho (GT):
Mesmo sem nos conhecermos É tamanha a admiração: Quem dera um dia nos vermos Em Parada ou Região.
A "Zé Carrapato":
Não leve choro consigo, Leve só muita alegria, Lembre-se de quem é amigo E Santa Ana é quem o guia.
Um dia irá voltar Pra mais um aniversário O quarto está a rodar Nas ondas do calendário.
Aos amigos paradenses:
Dia 30 de Agosto Logo ao virar do dia, Venha ele com mais gosto Num convívio d'alegria.
O SAPO também virá Nesta onda que nasceu: Há quatro anos está Atento ao que se deu.
E a Parada de Gonta Geminou-se com Serreta; Grupo do Tacho remonta Ao Canto da tabuleta.
Carlos Henriques e Agostinho Grandes amigos bloguistas, Mando abraços de carinho Daqueles que dão nas vistas.
Do Grupo, sóis fundadores, Junto com outros amigos, Prezam a ilha dos Açores E nossos laços antigos.
Mesmo sem haver jantar, Que se comemore a data Num artigo a estrear Com uma catita acta.
Carlos Henriques, o poeta, Que p'la Serreta se encanta, Venha com a predilecta Quadra cuja rima canta.
A Santa Ana e à Filha, Vou pedir com mais fervor, Que vos una a esta ilha Que vos louva com Amor.
Terceira dos meus encantos, Viseu do Grupo amistoso, O Tacho é para uns quantos O elo mais poderoso.
Parabéns sempre! Na véspera e no dia comemorativo do 4º aniversário do GT 2008/08/30 Abraços para o Grupo do Tacho Rosa Maria
In "Arte por um Canudo 2", de Agostinho Silva, de Parada de Gonta - Tondela - Viseu.
GT
Nº Convívio - Restaurante e Local:
Data
Notas
1
Das Bombas
Canas Sta Maria
30-08-2004
2
Santa Maria
Parada de Gonta
28-09-2004
3
Toscon
Perto de Sevilha
29-10-2004
4
Toscanas
Toscanas
26-11-2004
5
Pensão Viriato
Viseu
27-01-2005
6
ADRC
Parada de Gonta
25-02-2005
Oferta à Azoriana
7
O Típico
Santa Comba Dão
12-03-2005
8
O Sobral
Sangemil Lajeosa do Dão
21-04-2005
9
O Sobral
Sangemil Lajeosa do Dão
19-05-2005
10
Ponto de Encontro
Molelos
22-06-2005
11
O Típico
Santa Comba Dão
22-07-2005
12
O Tosco
Viseu
10-08-2005
13
ADRC
Parada de Gonta
30-08-2005
1º aniversário
14
Bar do Estádio
Parada de Gonta
29-09-2005
15
Bar do Estádio
Parada de Gonta
28-10-2005
Camisolas
16
Planalto do Dão
Silgueiros
25-11-2005
17
Das Bombas
Viseu
27-01-2006
18
Planalto do Dão
Silgueiros
31-03-2006
19
Tojal do Moínho
Tojal do Moínho
28-04-2006
20
Planalto do Dão
Silgueiros
26-05-2006
21
Casal Jusão
Silgueiros
30-06-2006
22
Parada de Gonta
Parada de Gonta
30-07-2006
23
Não houve
Não houve
30-08-2006
2º aniversário
24
ADRC
Parada de Gonta
30-09-2006
25
Das Bombas
Canas Sta Maria
04-11-2006
26
Das Bombas
Canas Sta Maria
16-12-2006
27
Planalto do Dão
Silgueiros
10-02-2007
28
ADRC
Parada de Gonta
03-03-2007
29
Planalto do Dão
Silgueiros
10-08-2007
30
O Martelo
Falorca Silgueiros
28-10-2007
3º aniversário
31
O Martelo
Falorca Silgueiros
30-12-2007
32
ADRC
Parada de Gonta
09-02-2008
Prenda da Azoriana CD da SFRS
33
Paródia
Valverde Canas Sta Maria
25-08-2008
Refª à Azoriana, CAH, Zé Carrapato (4º aniversário)
Canta aos corações Em novelos de amizade No eco das multidões Sóis um hino de verdade. Canta a cada ilha Deitadinha sobre o mar Como se fosse uma filha Na ternura do luar.
Quem me dera Ó quem me dera Este Tributo de amor Quem me dera Ó quem me dera Cantar-te hinos em flor.
Nisto, o telemóvel dá-me o "canto das cagarras" e fico sem saber quem me chama intimamente.
Deixo-me ficar. Espero o chamamento de novo. Espero. Espero. Nada. Calou-se. Fecho os olhos e vejo-me num deserto de palavras. Sonho.
Finalmente ouço dizer:
- "Está perto. Faltam 15 dias. Vamos para a..."
Interrompo... - Ainda é cedo...
- "Achas cedo?"
- Acho. Até lá, ainda pode acontecer muita coisa...
- "Sim. Mas é tempo da preparação..."
- Claro. Sabes que tive um daqueles sonhos? Sonhei que eles vinham à Festa, que ficavam em Angra do Heroísmo e depois iam lá ter... Seria uma bela de uma surpresa! Sei que são de longe mas tudo vale a pena quando há o "chamamento". A morte leva tudo e em vida deve fazer-se aquilo que se pode por Ela.
- "Então pede a Ela. Se Ela quiser, eles vêm..."
- Estou a pedir...
- "Achas que há condições favoráveis?"
- Há sempre. É preciso é vontade. Já se contam as passadas que nos levam até lá...
- "Sim... A pé são muitas..."
- Essas passadas não doem, sabias? São passadas de amor por Ela.
- "Gostas muito Dela, não gostas?"
- Sim. Porque a chamo de Mãe...
- "Uma Mãe não se deixa só, não é?"
- Pois... Por isso é que já conto as passadas dos dias que demoram a chegar.