Naveg[Ando] neste barco de letras
Clique na imagem para ampliar e ler o barco de letras
Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]
Clique na imagem para ampliar e ler o barco de letras
Recebi, em comentário de artigo anterior, uma dádiva especial da amiga Clarisse Barata Sanches, a quem muito agradeço. Abaixo, faço o respectivo destaque:
Grata 'stou eu p'la atenção
Ao ver-me aqui a brilhar!
É como ouvir em canção
"Desgarrada de Além Mar"!
"Quadras do meu Outono",
Onde vieram parar!
Até me tiram o sono
E me pôem a sonhar!
É uma honra pra mim
Ver-me à luz da poesia,
Gravada em blog assim
E em jeito de cantoria!
Glose, sim, vivamente,
Para tomar os sabores
De quem está no Continente,
Mas já gosta dos Açores!
Tenho pena se não vejo
Rosa ser entrevistada,
Mas daqui lhe mando um beijo
Por esta graça alcançada!
Clarisse Sanches
Advertência: A propósito desta última quadra que levanta o véu sobre a entrevista, tenho a informar que a gravação é feita no próximo sábado, se não houver nada em contrário, e irá para o ar no dia 16 do presente mês, no programa "Atlântida", apresentada por Sidónio Bettencourt.
Quem não luta pelo pão
E sob alguém se agasalha,
Está comendo o quinhão
Do fruto de quem trabalha.
C.B.S. (Clarisse Barata Sanches)
(Página 65 do livro "Quadras do Meu Outono")
Glosa
Não gosto de dizer: Não!
A quem me pede esmola.
Quem não luta pelo pão
Ou é velho ou sem escola.
Anda gente aí ao calha
Sem ter nada p'ra comer
E sob alguém se agasalha
Para não roubar ou morrer.
Por mim só acho ruim
Se abrem a boca em vão
E respingam logo assim:
«Está comendo o quinhão.»
A quem manda neste mundo,
Peço que depressa valha
Ao que vive mal, no fundo,
Do fruto de quem trabalha.
Rosa Silva ("Azoriana")
As mãos
Que desenhAram
CaricaturAndo
EmbelezAram
O que vai chegAndo...
As rugAs
Vez em quAndo
CaricAturam
O que vai ficAndo
E a mim chegAram.
Nunca se sabe o futuro
Sem passar pelo presente
O passado é o apuro
Do que nos sobra p'la frente.
Rosa Silva ("Azoriana")