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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Viva o Gordo!

24.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Viva o Fernando Mendes
Que comanda o Preço Certo
Com alegria defendes
Todo aquele que tens perto.

E da ilha dos Açores
Que de trovas se encanta
Vão directo meus louvores
Na rima que se adianta.

Parabéns pelo programa
Que já leva largos anos;
Nos versos da Azoriana
Espero não haver enganos.

Tal pena que os Açores
Não estejam representados
Pra trazerem bons valores
Pela roda premiados.

Um abraço da “Azoriana”
Rosa Silva

Há dias de prosa...

24.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Para pegar na sinceridade, digo-vos que, às vezes, fico com a sensação que escrevo para as estrelas, para os peixes e para as zebras. Umas porque estão no ar, outros porque estão no mar e, ainda, outras porque estão nos campos mais longe de mim possível. É que as zebras que vejo por cá não são animais irracionais.

Sinto que hoje o dia está propício para um comício tal e qual eu fosse da política (que até é coisa que acho "anti-qualquer-coisa"). Não! Não vou escrever de política, podem ficar os leitores descansados. Se eu me meter por essas vias muita coisa vinha à baila sobre coisas que já vi passar na frente dos olhos feitas por políticos que já ocuparam cadeiras de veludo. Não. Melhor estar quieta no meu canto porque agora é que se está muito melhor (e desculpem a repetição de palavras). As ilhas levaram uma lufada de ar fresco. Só precisa acrescentar agora capital a muito boa gente. Sem capital nada se consegue e ficamos a nadar em seco. Mas que está tudo formoso lá isso está. E o que não está para lá caminha (as taxas de juro é que não param de crescer).

Mas claro que isto não é política nenhuma porque o que me fez escrever este pedaço de texto em prosa (lembram-se que gosto mais de rimar?!) é só para ter a certeza que alguém ainda me lê. Há dias que penso que ninguém põe sequer o olho em cima do que escrevo e se põe não dá cavaco. Eu também não dou cavaco a muita coisa mas hoje apeteceu-me levantar poeira nem que seja para animar um bocadinho algumas tormentas pessoais e intransmissíveis. É que as coisas pessoais é que, geralmente, chamam a atenção, a discussão e muito mais a polémica.

Por escrever a palavra mais apelativa (polémica) quero deixar aqui exposta a minha tristeza por não receber comentários dos meus "irmãos" emigrantes que certamente olham para a minha escrita mas não comentam. Sei disso porque tive oportunidade de conversar com alguns emigrantes serretenses que disseram ler-me e gostarem da minha divulgação mas preferem falar cara-a-cara. Acredito que seja melhor quando me olham e vêem que o sorriso desponta feliz e aberto perante as palavras amigas que me são dirigidas. É por vocês e por mais alguém que ainda me conforta e dá prazer escrever.

Obrigada senhor Constantino Sousa, mulher, irmão e outros (inclusive familiares) que vi na minha freguesia natal e me falaram que gostam do que eu divulgo da nossa terra. Até o senhor José Duarte (filho do senhor Veiga) que é o retrato exacto do pai, fez-me sorrir e rir. Não vou esquecer que a senhora Valquíria sabe a data exacta do meu nascimento porque o meu pai estava a trabalhar na casa dela no dia de petas... Por tudo isso, sinto que estou bem acompanhada. É por isso que vos digo: os blogs são o nosso ponto de encontro. Bem-haja a equipa que os controla e preserva.

E podem escrever-me para email se não quiserem deixar comentário.

Angra do Heroísmo, 24 de Setembro de 2008

Quando morre um escritor...

24.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Quando morre um escritor
Os anjos cantam no céu
Um hino em seu louvor
E mais quando é ilhéu.

Um ilhéu que o mar abraça,
As baleias e os golfinhos,
E quando na terra passa
Tem admiráveis carinhos.

E por ser mais conhecido
Das terras e do seu mar,
Fica o povo entristecido
Com a lágrima a acenar.

Ó meu Deus que tudo sabes
E que o dom belo lhe deste
O meu verso não acabes
Sem que homenagem lhe preste.

Dias de Melo, o Picaroto,
Que viu o "Mar pela Proa";
A escrita deu-lhe no goto
Fez dele nobre pessoa.

Baleeiros do mar vivo,
Lá da terra do meu pai,
Chega-vos triste motivo
Na lágrima que sobressai.

Rosa Silva ("Azoriana")

Sentido pesar

24.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Dias de Melo, da Calheta de Nesquim, ilha do Pico, morre a 24 de Setembro de 2008, no hospital do Divino Espírito Santo.

O escritor das baleias acaba de morrer. Ficará a sua obra.

Ouvi a notícia nas palavras com tom triste de Sidónio Bettencourt, no programa radiofónico matinal. Os homens das baleias sofrem mais com a perda de vida. Que a outra Vida abrace o homem que foi homenageado em vida.

Dias de Melo
* 8 de Abril de 1925 + 24 de Setembro de 2008

Paz à sua alma!

Mar de sangue
chora a
aventura derradeira
da saga baleeira
pelas mãos do escritor
que choramos
junto da ilha
que o sabe de cor

O rosto da Calheta,
o vigia das letras
no corpo do mar
onde se lê
as rugas
de uma vida longa.

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Rosa Silva ("Azoriana")