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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Há Livros e livros...

26.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Nunca me vi tão rodeada de livros como depois de 2004. É a pura da verdade. Uns mais altos e largos, outros mais baixos e estreitos e outros que tem dimensões assim-assim, tipo livro de bolso, fácil de levar para a mesa de cabeceira para ler, nas calmas, e repetir a leitura q.b.

Tenho cá para mim que, mais dia menos dia, vou ter de adquirir uma prateleira bonita e catita para alguns que merecem um luxo que os próprios apresentam aos sentidos todos.

Hoje não vos quero falar só do luxuoso livro que trouxe da Biblioteca Pública e Arquivo de Angra do Heroísmo, mas tão só da apresentação do coordenador, Tony Goulart, que nos falou da Emigração Açoriana para a América e do vulcão dos Capelinhos, no Faial, e da edição comemorativa do 50º aniversário do vulcão dos Capelinhos. O livro chama-se "Capelinhos - As Sinergias de um Vulcão - Emigração Açoriana para a América" - Um volume em português e UM  (lindo, lindo) cuja tradução é acompanhada por um DVD de António Furtado.

Três nomes figuram na pestana da capa:

- Capelinhos Photographs - Manuel Cristiano da Silva (nascido na Horta e residente em San José, Califórnia);

- Vulcão dos Capelinhos Color Video - António da Rosa Furtado (nascido na Horta e residente em San José, Califórnia);

- Project Coordinator - António Goulart (nascido no Pico e residente em San José, Califórnia).

A minha querida amiga Kathie Baker é que me recomendou a ida ao lançamento desta obra, hoje, 26 de Setembro, com a presença do Dr. Marcolino Candeias e outras personalidades de relevo. É muito mais fácil eu conhecer a eles do que eles a mim, mas neste tipo de eventos há sempre uma atmosfera agradável de simpatia.

Não sei se os presentes notaram que a dada altura eu padeci para conter a lágrima. Elas estavam teimosas demais. É que quase no fim da muito boa explicação e apresentação de Tony Goulart, Vice-presidente do Portuguese Heritage Publications of California, veio-me a saudade da ilha do Pico e do Faial, que fica mesmo ali à beira e que era o centro das atenções.

A rematar a apresentação, António Goulart leu um poema sobre emigração de uma terceirense, emigrante de São Bento. Aí deixei cair as lágrimas mesmo. Portanto, ficam a saber que estas coisas mexem com a minha sensibilidade.

Ainda bem que lá fui e cheguei a tempo de ver os slides que ilustravam as palavras históricas proferidas.

Claro que ainda não li os livros. Já passei uma vista de olhos e reparei nas imagens espectaculares e remato eu agora com apenas isto:

Ó América, Ó América,
Que talhas a Saudade
Deste chão açoriano
E quanto emigrante fica
Chorando a tenra idade
Que zarpou no oceano...

... E não voltou à terra rica
De abraços e outra realidade
Que é o amor insulano.

Rosa Silva ("Azoriana")

P.S. Querida amiga Kathie ficas a saber que adorei e que cumprimentei os teus amigos. Um abraço especial neste directo. Obrigada por me dares esta oportunidade. Merecia casa cheia...



Clique na imagem para ver todas as fotos.
Desculpem a pouca qualidade mas foi por telemóvel.

And I just receive this e-mail. Thank you, dear friend!

Homenagem - Porque a morte nos atalha é em vida que se talha a

26.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Homenagem a Luís Bretão

"Quem abandona o passado
Não chega a lugar nenhum
"
É este o bom ditado
De um Homem incomum.

Luís Bretão, assim se chama,
O Padrinho das Cantigas.
Certo é que já tem fama
E muitas vozes amigas.

É homem de fino trato,
Entusiasta a valer,
Benfeitor, é seu retrato,
Fruto de seu bem-querer.

Saber, Desporto e Cultura
Abraçou com devoção,
E a sua assinatura
Dignifica a Região.

Minha rima se enternece
Pelo homem de talento
E nunca mais arrefece
No calor do bom momento.

Um momento a preservar
Pela sua vida fora
E para sempre lembrar
"Sol Nascente e Aurora".

Foi graças a esse facto
De dois grandes Cantadores,
Que se deu este bom acto
Na Terceira, dos Açores.

Foi na linda Quinta-feira
De São Carlos, seu «Pezinho»,
Que ouviu quadra primeira
Da minha voz, com carinho.

Antes que o selo da morte
Nos aparte desta vida,
Faço a HOMENAGEM forte
A Luís, pessoa querida.

Minha mãe está lá feliz
Por ver a filha contente;
Sinto que ela assim quis...
Ele "ouviu-a" docemente.

Milagres ainda existem,
Podem crer, tenho razão,
Nestes versos que me assistem
Bordei terna gratidão!

Uma dúzia de alegrias
Em cada quadra que fiz:
P'ró Padrinho das Cantorias,
O ABRAÇO mais feliz!

2008/09/26
Rosa Silva ("Azoriana")

E um bem-haja de Frederico Freitas.

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À sua esposa Luísa,
E família em geral,
A ventura que desliza
No Post-Scriptum especial:

Com o dom da harmonia,
Que embeleza o «Pezinho»,
Seja lembrado o dia
Do vosso amor e carinho!

Rosa Silva e família

 

Nota: Publicado no Jornal "A União" no dia 27/SET/2008, página 9 - Opinião.

Agradeço publicamente a João Rocha por aceitar este meu desejo.

E viva Luís Bretão!

26.09.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Acabei de chegar a casa após uma tarde e noite divinais. Pela primeira vez, estive no Pezinho em Casa de Luís Bretão, em São Carlos, concelho de Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores, que comemorava 10 anos nesta especialidade.

Num ambiente ilustre, num salão, digo, museu de cultura, num convívio diferente e especial com pessoas que há muito já conhecia através dos meios de comunicação social mas nunca tinha falado, nem eles comigo.

Hoje tudo foi diferente, desde o começo ao fim. Talvez a palavra "fim" não exista neste caso. É que tomei o gosto à cantoria ao vivo. Apenas uma quadra cantei, sem treino com o violão e/ou viola. Fui seguindo o instinto e no meio de vários cantadores terceirenses senti-me feliz e pronta para continuar a noite inteira, mas tal não foi possível devido ao adiantado da hora para a cantoria programada pela Comissão das Festas do Império de São Carlos.

O dia que meu filho fez 22 anos (25 de Setembro) fica marcado com mais esta efeméride: foi a primeira vez que, ao vivo, testei a força das cantigas a que chamamos Pezinho, uma moda regional que é tradicional.

Luís Bretão tinha a casa cheia, fez várias homenagens e presenteou os convidados com 5 sacos de lembranças.

Por tudo isto, só posso dizer: Foi Deus que me trouxe este anjo da terra, graças ao livro do Mestre das Cantorias (João Ângelo) e ao livro de Charrua e Turlu. Que Deus o ajude sempre e lhe retribua com saúde e felicidade, bem como à sua família.

É lindo ver, também, os sorrisos e os incentivos dos nossos cantadores ao desafio num cumprimento festivo.

Bem-haja a nossa Gente cantando alegremente!