Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Palavras para uma imagem que retenho há algumas horas à minha frente: Uma bela caixa de chocolates!
Hoje só queria uma caixa de chocolates para comer ao lado de uma amiga. Só mesmo essa beleza de doçura para me alegrar (mas até isso me está interdito). Adoro chocolates desde miúda. Ainda me lembra que, na minha infância, meus pais quando iam à cidade – Angra do Heroísmo – na volta, traziam quase sempre um chocolate daqueles cuja embalagem tem um dourado e de cor vermelha. Que delícia! São saudades duplas (pelos pais e pela forma que era recebida tal prenda pelo bom comportamento que o mesmo é dizer, por não fazer birra para ir com eles à cidade).
Entretanto ocorreu-me uma ideia que vem mesmo a propósito da circunstância da “nova” muda de casa. Imagino como seria bom, após aquela estafa habitual de carregar caixas e caixotes de um lado para outro, ter um belo chocolatinho, qual morango repousado numa verde forma de papel (Ai, não me falem em verde que me lembro da cor esverdeada que percorre as paredes de um quarto que se queria alvo e limpo!), cujo recheio é mesmo chocolate do melhor que pode haver.
Após esta verdadeira delícia, a energia seria maior para proceder a varredelas, lavagem geral e a colocação de cortinados nas janelas com vista para as árvores fronteiriças verdes (Ai, lá vem outra vez o verde a cirandar à minha volta!) e para o tão conhecido Monte Brasil, que vejo todo pela rama verde (Ai... cala-te com tanto verde) qual desenho no horizonte cinzelado de azul (como gosto mais desta cor que me lembra sempre que sou de mar mesmo que não saiba nadar).
Nesta altura faço uma pausa para recordar que o mar, para mim, simboliza o homem e a terra a mulher. Mar e terra completam um colorido magnífico. Enquanto que vejo a terra verde, o mar é tonificado de azul. Portanto, prefiro sempre o azul (na tonalidade clara) ao invés do verde.
Voltando à caixa de chocolates... É a prenda ideal para todas as ocasiões. Até para oferecer a quem nos ajuda a limpar, esfregar uma casa que esteve sujeita a mudanças radicais que fizeram parecer a noite das bruxas uma noite de verdadeira alegria. (Eu que nem gosto de bruxas, nem da dita noite).
Não me peçam é para chamar os espíritos da noite... Aí seria mesmo a hora ideal para a dança da sala preta e verde, sem esquecer a caixa de chocolates para saborear após este bailado fantabolástico, em que a abóbora, com a chama ardente, estaria no portão a assinalar que há festa na Casa Fantasma.
Eu prefiro pensar que estamos na vigília de Todos os Santos, o mesmo é dizer, o Halloween, e que virá o dia de Todos os Santos, isto é, o de Pão-por-Deus. As crianças vão com sacas de retalhos coloridos pedir a esmolinha por alma dos defuntos, cuja celebração é feita no dia seguinte, que é sempre o dia dois de Novembro.
Após umas quadras minhas deixadas no comentário do artigo de António Aleixo, de Maria Ventura, autora do blog "A Roulotte das Farturas"...
(Usa Ctrl+C p/copiar e Ctrl+V p/colar o selo no seu blog)
... deparei com a resposta na forma que me cativa e que faço agora o respectivo destaque e agradecimento:
Quadras de Maria Ventura
Vim cá eu ver das farturas Encontrei uma maravilha, Que se não veio das alturas De certeza veio da Ilha!
Seja benvinda, amiga, Entre que a casa é sua! Que por causa desta rima Pôs-me no mundo da Lua!
Nesta noite de diabruras Feitas de mil uma cores, Para provar as farturas Veio visitar-me os Açores!
***************************** Tive que deixar-lhe este comentário:
E venha visitar a ilha Terceira que é alegre e festeira. Cantamos ao desafio, temos cantadores de brio. Se de nós ouvir falar é porque há saudades no ar. Eu a si ainda não conheço mas fiquei já com apreço. E já fica a saber que Góis já me deu a ler Num livrinho editado por uma diva daquele lado. Agora eu vou parar antes que me mande calar...
***************************** Nota: Que tal o selo que tem tudo a ver com o blog que encontrei, por acaso? Dou o código do mesmo de bom grado se a autora gostar.
Planície que leva ao meu vale amoroso...
Poema perfeito composto pra amante.
Baixada de terra nascida de instante,
Bem feita, a capricho, por Deus dadivoso.
Deus triste da guerra te fez vaporoso;
Distante da morte te pôs protegido.
O traje da honra te deu por vestido,
Destarte cantado por filho orgulhoso.
Munida do escudo da paz desejada,
Embora sem ouro, mas com limpos ares,
Forrada de louros, no início da estrada
Brilhante, soberba que ensina valores.
Sem mar, mas dotada do dom de encantares:
Por isto teus filhos te cobrem de amores.
-------------------------------------------------
[1] A palavra Quinari é um vocábulo da língua tupi-guarani, que significa: lugar de águas límpidas entre palmeirais.
Sinceros parabéns ao escritor, professor e poeta, Renã Leite Pontes, que é o autor do blog "Cânticos do Acre" - Brasil.
Nem sei como começar. O texto está-me engasgado como se tivesse um novelo a prender os dedos. Foi o dia de ir fazer a minha primeira vistoria à "nova" casa que, finalmente, está em meu nome. Passados seis anos parece uma catacumba de vazios, com restos de baratas, cores horríveis (onde param as paredes branquinhas? (...) E onde foi parar tanta coisa?). Sem água, sem luz, sem cheiro agradável. Com sanitas vagabundas, negras de nódoas de quem parece ser mais irracional do que ser humano. Como é possível?! Seis anos é assim tanto tempo?
E o quintal? Parece um tufão de silvado, ervas multicores de altura exagerada, árvores sem fertilidade, um dilúvio de bicharada que quando nos "avistou" voava em nuvem para nos ir à pele, sobretudo à minha que à mais pequena coisa fica um cristo...
O que faço? O que fazer? Não sei.
Falta a minha mãe para eu lhe ligar a dizer: - Mãe, mãe... Sabes o que aconteceu? Pois olha isto assim, está assado; aquilo de lá, está acolá; aquela parte já não existe... Mas não a tenho viva. Tal pena! Haverá alguém que me substitua, por um instantinho, a minha mãe? Preciso tanto de ti, mãe!
Sem carro. Sem ter alguém que nos ajude (imagino assim uma data de mãos por lá dentro fazendo uma reviravolta em tudo) e mesmo que arranje alguém, como vou pagar-lhe?! E não me venham dizer que sou pedinchona. Eu já ajudei algumas vezes mas agora estou a sentir-me só, a nadar em monda e lixo... Quem se quer meter nisso? Tem de ser eu, eu e eu... Mãe, tenho medo de não aguentar... Por momentos, voltei seis anos atrás. Recordei-me de tudo fresquinho, arranjado, novo... O sonho acabou para me dar o pesadelo real. Como vai ser?
Valerá a pena? Mãe, diz-me, valerá a pena lutar mais uma vez por ter aquele cantinho "novo"?
Quando posso mudar? Não sei... Esmoreci... A tristeza ocupa parte de mim...
Até logo, mãe.
Rosa Silva
************
Acho que a minha mãe mandou uma mensagem a uma amiga que me escreveu.
Não revelo quem assinou a mensagem mas ela sabe que já faz parte do meu mundo e que gosto muito dela. Espero nunca a ofender porque a minha escrita, por vezes, pode não se perceber como eu penso que se percebe. As suas palavras sensatas e amigas vieram dar-me as primeiras luzes de ânimo:
Amiga, eu percebo... É uma desolação! Mas pensa que uma etapa já está! Já tens a casa no teu nome!! E uma vitória!!
O resto, vai fazendo com calma, aos poucos... Com o gosto de que estás a reconstruir o teu lar. Não precisas fazer muito de uma vez... Cada coisinha que fizeres faz com amor... Para que o amor, a paz, a ordem, a tranquilidade, aos poucos vão voltando àquele lugar. Tu agora és como um passarinho que está a construir um ninho... Palhinha a palhinha... E as palhinhas vão-se entrelaçando, e quando deres por isso as coisas começam a tomar forma! Agora és uma cagarra que nas rochas áridas das escarpas, constrói um ninho quentinho e cheio de conforto. Não penses no todo... Pensa só em partes, e estabelece metas... Mas metas pequeninas... Vais ver que chegas lá!
Eu sei que deve cortar a alma... Mas lutaste tanto para chegar aqui!! Não desanimes, não desistas!! Pensa que agora estás a começar de novo...
(...) posso comprometer-me que te vou ajudar um dia inteiro. Um sábado por exemplo. Vamos de manhã, e eu ajudo a limpar, e a fazer o que puder. Fico muito feliz de puder contribuir com um dia para que a Casa da Azoriana ganhe de novo vida! Olha, é isso mesmo!!! Faz uma campanha... Pede um dia de ajuda... Só um dia... Se todos derem um dia não custa muito... É uma ideia...
Sei que as minhas palavras não são o mesmo que as palavras sensatas de uma mãe... Mas espero ter ajudado e dado algum alento.
Sorte!!!
Bjis da tua amiga
************
31 de Outubro de 2008
Obrigada Amiga!
Hoje só queria uma caixa de chocolates para comer contigo, amiga. Só mesmo essa beleza de doçura para me alegrar (mas até isso me está interdito). Será que alguém me ajudava por uma caixa de chocolates?! Já me chegam vestígios de um sorriso...
Primeira etapa está quase. A segunda etapa é adquirir luvas, lixívia, esfregões, vassouras, pá e sacos de lixo e, ainda, preparar roupa e calçado aptos a todo o tipo de intempérie. Ah! E uma caixa de chocolates porque pode aparecer alguém...
Levo comigo a estampa de Nossa Senhora dos Milagres que é sempre a melhor ajuda!
PORTUGAL CONTINENTE NORTE Minho-Lima
Arcos de Valdevez-Caminha-Melgaço-Monção
Paredes de Coura-Ponte da Barca-Ponte de Lima
Valença-Viana do Castelo-Vila Nova de Cerveira Cávado
Amares-Barcelos-Braga-Esposende
Terras de Bouro-Vila Verde Ave
Fafe-Guimarães-Póvoa de Lanhoso-Santo Tirso-Trofa
Vieira do Minho-Vila Nova de Famalicão-Vizela Grande Porto
Espinho-Gondomar-Maia-Matosinhos
Porto-Póvoa de Varzim-Valongo
Vila do Conde-Vila Nova de Gaia Tâmega
Amarante-Baião-Cabeceiras de Basto
Castelo de Paiva-Celorico de Basto
Cinfães-Felgueiras-Lousada
Marco de Canaveses-Mondim de Basto
Paços de Ferreira-Paredes-Penafiel
Resende-Ribeira de Pena Entre Douro e Vouga Arouca-Santa Maria da Feira-Oliveira de Azeméis
São João da Madeira-Vale de Cambra Douro
Alijó-Armamar-Carrazeda de Ansiães-Freixo de Espada à Cinta
Lamego-Mesão Frio-Moimenta da Beira-Penedono
Peso da Régua-Sabrosa-Santa Marta de Penaguião
São João da Pesqueira-Sernancelhe-Tabuaço-Tarouca
Torre de Moncorvo-Vila Flor-Vila Nova de Foz Côa-Vila Real Alto Trás-os-Montes
Alfândega da Fé-Boticas-Bragança-Chaves
Macedo de Cavaleiros-Miranda do Douro
Mirandela-Mogadouro-Montalegre-Murça
Valpaços-Vila Pouca de Aguiar-Vimioso-Vinhais CENTRO Baixo Vouga
Águeda- Albergaria-a-Velha -Anadia-Aveiro
Estarreja-Ílhavo-Mealhada-Murtosa
Oliveira do Bairro-Ovar-Sever do Vouga-Vagos Baixo Mondego
Cantanhede-Coimbra- Condeixa-a-Nova -Figueira da Foz
Mira-Montemor-o-Velho -Penacova-Soure Pinhal Litoral
Batalha-Leiria-Marinha Grande-Pombal-Porto de Mós Pinhal Interior Norte
Alvaiázere-Ansião-Arganil-Castanheira de Pêra
Figueiró dos Vinhos-Góis-Lousã-Miranda do Corvo
Oliveira do Hospital-Pampilhosa da Serra
Pedrógão Grande-Penela-Tábua-Vila Nova de Poiares Dão-Lafões
Aguiar da Beira-Carregal do Sal-Castro Daire
Mangualde-Mortágua-Nelas-Oliveira de Frades
Penalva do Castelo-Santa Comba-Dão-São Pedro do Sul
Sátão-Tondela-Vila Nova de Paiva-Viseu-Vouzela Pinhal Interior Sul
Mação-Oleiros- Proença-a-Nova -Sertã-Vila de Rei Serra da Estrela
Fornos de Algodres-Gouveia-Seia Beira Interior Norte
Almeida-Celorico da Beira-Figueira de Castelo Rodrigo
Guarda-Manteigas-Meda-Pinhel-Sabugal-Trancoso Beira Interior Sul
Castelo Branco- Idanha-a-Nova
Penamacor-Vila Velha de Ródão Cova da Beira
Belmonte-Covilhã-Fundão Oeste
Alcobaça-Alenquer-Arruda dos Vinhos-Bombarral
Cadaval-Caldas da Rainha-Lourinhã-Nazaré-Óbidos
Peniche-Sobral de Monte Agraço-Torres Vedras Médio Tejo
Abrantes-Alcanena-Constância-Entroncamento
Ferreira do Zêzere-Ourém-Sardoal-Tomar
Torres Novas-Vila Nova da Barquinha LISBOA Grande Lisboa
Amadora-Cascais-Lisboa-Loures-Odivelas
Oeiras-Sintra-Vila Franca de Xira-Mafra Península de Setúbal
Alcochete-Almada-Barreiro-Moita-Montijo
Palmela-Seixal-Sesimbra-Setúbal ALENTEJO Alentejo Litoral
Alcácer do Sal-Grândola-Odemira
Santiago do Cacém-Sines Alto Alentejo
Alter do Chão-Arronches-Avis-Campo Maior
Castelo de Vide-Crato-Elvas-Fronteira-Gavião
Marvão-Monforte-Mora-Nisa-Ponte de Sor-Portalegre Alentejo Central
Alandroal-Arraiolos-Borba-Estremoz-Évora
Montemor-o-Novo -Mourão-Portel-Redondo
Reguengos de Monsaraz-Sousel
Vendas Novas-Viana do Alentejo-Vila Viçosa Baixo Alentejo
Aljustrel-Almodôvar-Alvito-Barrancos-Beja
Castro Verde-Cuba-Ferreira do Alentejo
Mértola-Moura-Ourique-Serpa-Vidigueira Lezíria do Tejo
Almeirim-Alpiarça-Azambuja-Benavente
Cartaxo-Chamusca-Coruche-Golegã
Rio Maior-Salvaterra de Magos-Santarém ALGARVE
Albufeira-Alcoutim-Aljezur-Castro Marim-Faro
Lagoa-Lagos-Loulé-Monchique-Olhão-Portimão
São Brás de Alportel-Silves-Tavira
Vila do Bispo-Vila Real de Santo António REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES
(RAA) Ilha de Santa Maria Vila do Porto Ilha de São Miguel Lagoa-Nordeste-Ponta Delgada
Povoação-Ribeira Grande-Vila Franca do Campo Ilha Terceira Angra do Heroísmo-Praia da Vitória Ilha Graciosa Santa Cruz da Graciosa Ilha de São Jorge Calheta-Velas Ilha do Pico Lajes do Pico-Madalena-São Roque do Pico Ilha do Faial Horta Ilha das Flores Lajes das Flores-Santa Cruz das Flores Ilha do Corvo Corvo REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA
(RAM)
Calheta (RAM)-Câmara de Lobos
Funchal-Machico-Ponta do Sol-Porto Moniz
Ribeira Brava-Santa Cruz
Santana-São Vicente-Porto Santo
Pelos caminhosdePortugal
Entre esta população
Há-de estar o tal rapaz,
De sobrenome Trovão,
Que falar não é capaz.
Por Distrito ou Região,
Aldeias ou freguesias,
Se sabem dele, ou não,
Disso não há garantias.
O dia não é que corre,
Somos nós que o vivemos,
Há muita gente que morre,
Por pouco ou mais ou menos.