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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1006)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor"

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Ramalhete de violetas

02.10.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

A vida passa-se rápida. Não se espera a morte por isso a maior surpresa quando ela chega e sinto pena, muito embora a saiba certa. A última vez que escrevi, no blog, sobre a "minha" Serreta na sua festa, estava muito feliz que não fazem ideia, pese embora, a sempre curta visita. Naturalmente, fiquei preocupada, e sabia que esta visita ía agravar a saudade existencial.
"Morreu o escritor, professor José DIAS DE MELO, um homem que levou a sua vida a cultivar a literatura, a escrever prosa e verso e, sobretudo, a utilizar a baleação como tema apaixonado."
Li este desabafo e já li outros parecidos. Deixou "três dezenas de livros" para que permaneça vivo. No mundo há livros sempre vivos mesmo que o rosto adormeça na fria e dura terra eterna.
Este verão não fui ao Pico, para matar a Saudade dos parentes e de amigas de São Roque e Piedade. Na freguesia de Santo Amaro, onde passava férias, na minha adolescência e juventude, quando meus pais eram vivos, havia gosto, felicidade e alegria. Regressava com saudade e ansiava lá voltar.
Quando lá vou, não me esqueço de passar pela Igreja e pelo cemitério onde residem os restos da minha gente. Vou lá à procura de recordações, num encontro mudo. Já não se ouvem os gritos à minha chegada, nem o meu livro, «Serreta na intimidade» os trará. Ninguém permanece para sempre.
"Dias de Melo escreveu muito. Era a sua grande paixão. Acompanhava-o o gravador e o bloco de notas". E esse vício fez com que fosse reconhecido, elogiado, homenageado, recordado, eternizado. Todos os escritores têm uma história. É ela que fica guardada em palavras guardadas em páginas novas (de papel ou magnéticas). Uma máquina de escrever ou computador são peças onde os dedos tocam cantando o que a mente dita. É o espírito que rege os dias e os acontecimentos. Na minha prateleira gostava de um dos seus livros. Dele não tenho nenhum. Não tive tempo. Ai, se ele tivesse sabido do meu gosto pelo Pico, das reminiscências do passado e vivências do presente, teria gostado?! Não sei.
Todos têm o dia, hora e minuto últimos. Todos! Ninguém conhece a última... Aviso a toda a gente que tenho muita pena da partida sem retorno e de partir sem o livro dias e dias de calcorrear um teclado, cuja melodia obedece à batuta dos meus dedos ligeiros, correndo o que a mente me dita. Quanto mais triste estiver, melhor me sai o corridinho; quanto mais isolada me sentir, melhor me canta o vento... Oh! vento da minha alma que me dás inspiração, faz com que alguma calma volte aos dedos da mão. São os dedos que se mexem mas não me comparo a ninguém. Sou eu ouvindo e lendo o que dizem dos outros. Entristeço. "Dias de Melo não parava de escrever", escreve Ermelindo Ávila, na Vila Baleeira, 24 de Setembro de 2008, publicado no blog "Notas do meu retiro". Encontrei o artigo no "Planeta Açores", primeiramente. Quem morre não tem tempo para mais. O que deixa é o que se pode ler. Quem não deixa nada leva tudo. E tudo tem dois caminhos. Qual será o nosso?!
Sua "obra notável e rica de cultura e de saber" tem o bom caminho. Que uma delas venha até ao meu antes da curva perigosa.
Um livro é a herança que cada leitor tem. Às vezes, é de ouro, outras de prata. É o triunfo das horas passadas junto da paixão nata ou descoberta. Foi-se o livro de uma vida inteira abraçada ao mar... O autógrafo é a marca indelével do cunho feliz do escritor. Deste não tenho. Tenho alguns que me deram alguns escritores. A obra ganha valores sentimentais para além dos que lá constam.
Calheta de Nesquim sobressaiu e galgou o mundo na viagem do seu filho escritor, marinheiro.
O Professor José DIAS DE MELO, deixa-nos cerca de trinta volumes. A "Bíblia" do mar e da baleação, digo eu. Não o conheci pessoalmente, nunca falei com ele, não o li ainda. Vou lendo extractos dos seus livros e imagino o todo.
Setecentas e vinte e três palavras lidas foram escritas por Ermelindo Ávila. Este artigo tem a mesma contagem mas não é plágio.
Comoveu-me o ramalhete de violetas deixado pelo Amigo...
Angra do Heroísmo
2 de Outubro de 2008
Rosa Silva ("Azoriana")

Apresentado o Plano de Contingência da Pandemia da Gripe Açores

02.10.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Oh, Bendito seja Deus!
Era assim que começava,
Se fossem tais ditos meus;
Não sei se me enquadrava?!

Em muitas horas a fio,
Trabalharam com vigor,
Construindo um desafio,
Com todo o seu rigor.

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A gripe e seus cenários,
A morte e suas sequelas,
Pandemia de aviários
À guarda de sentinelas.

Eu tenho cá para mim,
Que o Estado tudo fará,
P'ra não vir cena ruim
Mas só Deus a saberá.

Junto a curiosidade
Ao trabalho desta gente,
P'ra salvar a humanidade
De ruir daqui p'ra frente.

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Uma dor já me trespassa
Se esse mal vier por cá,
Porque é triste o que se passa
Noutros países mais lá.

Sendo eu mulher sensível
Com choro à flor da pele,
Só acho que é credível
Terem feito este papel.

Um papel rumo à prudência,
Aos cálculos e às contas:
O Plano da Contingência
Controla todas as pontas.

Oh! Deus nosso, volta à terra,
Salva de novo as Nações;
Porque para além da guerra
Existem mais confusões.

A confusão da doença
E as mortes naturais,
Só aumentam a minha crença,
Lembro que somos mortais.

Quem tem vida desgarrada,
Atropela o seu viver;
Oh, pandemia desgraçada
O que virás tu fazer?!

Há que ter muita cautela,
Porque dela há pouca fuga;
Boa canja na tigela
Não fazia mal ou ruga.

Que não se abrace o medo,
E se colha informação,
Não entremos no degredo,
Ouçam a Comunicação.

Perante ameaça global,
Urge a preparação,
Com Plano essencial
Gera-se a nova missão.

Membros de grande astúcia,
Apostam no bom trabalho,
Com talento e minúcia
Vão preparando o atalho.

Com responsabilidade,
Colectiva e sectorial,
Revelam à sociedade
O Núcleo Operacional.

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2008/10/02
Rosa Silva ("Azoriana")


Nota:

A apresentação do Plano de Contingência dos Açores para a Pandemia da Gripe - Sector da Saúde, decorreu no Salão Nobre da Secretaria Regional dos Assuntos Sociais, pelas 10:40, sensivelmente, do dia 2 de Outubro de 2008.

Estiveram presentes várias Entidades, incluindo um representante da Direcção-Geral da Saúde.

A Doutora Luísa Mota Vieira, detentora de um vasto currículo científico, apresentou um conjunto de slides do trabalho realizado pelo Núcleo Operacional do PRPGA, trabalho esse que revela empenho, determinação e competência, por um grupo de pessoas de vários ramos de actividade, encabeçado pela Directora Regional da Saúde, Drª. Maria Teresa Brito.

No fim da apresentação, surgiu um slide único onde a palavra flash era: OBRIGADA.

Assim, cabe a mim, cidadã terceirense, repetir a palavra final: Obrigada a todos!

Aconteça o que acontecer a gente deve é CONHECER para NÃO TEMER.

Angra do Heroísmo, 2 de Outubro de 2008

Feliz aniversário ao Miguel

02.10.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Feliz Aniversário!

Muitos parabéns neste dia,
E p'la tua vida fora,
Em felicidade e harmonia
E que nunca vão embora.

Fazer anos é tão comum,
Quem dera serem imortais...
No caso de falhar algum
Neste abraços dou de mais.

Abraços para ti e para toda a família em festa.



Rosa Silva (“Azoriana”)