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Açoriana - Azoriana - terceirense das rimas

Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana). Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1

Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos

Em Criações de Rosa Silva e outrem
Histórico de listagem de títulos,
de sonetos/sonetilhos
(total de 1010)

Motivo para escrever:
Rimas são o meu solar
Com a bela estrela guia,
Minha onda a navegar
E parar eu não queria
O dia que as deixar
(Ninguém foge a esse dia)
Farão pois o meu lugar
Minha paz, minha alegria.
Rosa Silva ("Azoriana")
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Com os melhores agradecimentos pelas:
1. Entrevista a 2 abril in "Kanal ilha 3"

2. Entrevista a 5 dezembro in "Kanal das Doze"

3. Entrevista a 18 novembro 2023 in "Kanal Açor"

4. Entrevista a 9 março 2025 in "VITEC", por Célia Machado

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Soneto de propósito (2) - Por Graça Maria

30.10.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Por Graça Maria

O trauma de um pai que vê sua filha
Às portas da morte, triste sinal,
Faz lembrar vil vulcão que faz a ilha
Formar-se duma lava que é mortal.

Mas se Deus assim quis e nos partilha
A dor que se viveu em Portugal,
Em Vila de Góis, uma maravilha,
Faz pensar que lá é nosso ideal.

E a mãe que as deu à luz tão docemente,
As flores da maior felicidade,
Vê uma cedo ir para a eternidade.

O céu logo se abriu, tão de repente,
E toda a gente, em coro, na partida,
Chorou a dor maior da sua vida.

Rosa Silva ("Azoriana")
Índice temático: Rosa e rimas do coração

 

Nota: A propósito do livro "Gracita Flor da Saudade", de Clarisse Barata Sanches.

Soneto de propósito (1) - Assim, tão de repente

30.10.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Assim, tão de repente

Faço-te santa, hoje, minha mãe,
Por tanto que a nós quiseste bem.
Do céu onde te guarda o Zelador,
O maior Rei que é Cristo Senhor...

Tive a resposta e vinda de alguém
Que foi para Ti um dia, porém,
Só teve o condão bem revelador
Porque era mansa e tão pura de amor.

Foi coincidência das coincidências,
Num livro que me fala de saudade,
Senti voar, por mim, a tal verdade.

A luz que ronda a minha consciência,
É fruto desse teu estro vivente,
Que me dá tudo, assim, tão de repente.

Cidália Miravento
Pseudónimo de Rosa Silva ("Azoriana")

 

Índice temático: Rosa e rimas do coração

Não consegui parar sem ir até ao fim...

30.10.08 | Rosa Silva ("Azoriana")

Angra do Heroísmo, 30 de Outubro de 2008

Querida amiga Clarisse

Esta carta que lhe escrevo,
É talvez a mais sentida,
E vai cheia de relevo
P'la sua afilhada querida.

Eu não consegui dormir,
Tive de ler até ao fim,
O livro que veio abrir,
Uma ferida por mim.

Tão amada era a Gracita,
Uma "Flor da Saudade",
Ela era meiga e bonita,
Tão nova na eternidade.

Quando a lágrima nos corre,
E aquece bem o rosto,
É porque quando alguém morre,
Deu-nos um maior desgosto.

O gosto não é pra nós,
Mas sim para Deus, que viu
Erguer no Céu uma voz,
Cujo tom tem maior brio.

Foi a santinha de Góis,
Que deixou entes na terra;
Porém, o que vem depois,
No coração se encerra.

Encerra-se tanta dor,
E grande consternação,
Mas pra quem lhe teve amor
Guarda uma eterna paixão.

Fev'reiro de oitenta e cinco,
Oito, até me atrapalho,
Nesse dia, com afinco,
Começava o meu trabalho.

Vinte e três anos de idade,
E vinte e três se passaram,
P'ra ela foi mocidade,
E a mim me alertaram.

Ela é uma bonita santa,
Que a Clarisse tem no Céu;
E por todos nós lá canta
Sorrindo no alvo véu.

Rosa Silva ("Azoriana")