Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Na hora de almoço,
encontrei um amigo de infância e estivemos à conversa por uns
instantes. O engraçado da conversa é que tive a certeza que ele lê o
meu blog e já sabe que a "145" é o transporte do meu
tormento. Foi motivo de riso pois apercebi-me de duas coisas: que ele
está atento ao meu quotidiano e o mundo também.
Não disse mentira nenhuma e fiquem todos sabendo que a "145"
é a minha agonia diária. Até vou traduzir à minha moda: "One four
five" - The "One hundred and forty-five" is my ghost
bus.
Já experimentei vir a pé e levei uma hora no percurso até Angra do
Heroísmo. O inverso será mais que isso. Com bom tempo até é uma
caminhada agradável. As minhas pernas é que já apresentam
queixas.
Canta minha alma contente
P'lo baptismo tão recente
Do "Bloguezi" em questão;
Atrasei-me um bocadinho
Mas ele não está sozinho:
Fez-se a boa votação!
Ando agora atormentada
Porque a massa sovada
Levou alguns safanões;
Quando para cá vieres
Se a massa não tiveres
Vão salivar erupções...
A alcatra e vinho de cheiro
Será teu passo primeiro
Para se abrir em festança;
A linguiça e a morcela,
Os torresmos na panela
Só se houver fina matança.
Imagino nossos cantadores,
A rimarem nossas cores,
Depois da pinga asseada:
No quintal, à luz da lua,
Junta-se a minha e a tua
Cantiga bem afinada.
Mas se isto for só sonho,
Alegre e nada medonho,
Fico a contar os dias
P'ra ele se realizar
E connosco vires cantar
E salivar tais iguarias.
Oh minha querida amiga
É tua esta cantiga
Que cantei mesmo calada,
Estou inquieta p'ra chegares
E alegrares nossos lares:
Nos Folhadais tens pousada.