Os escritos são laços que nos unem, na simplicidade do sonho... São momentos! - Rosa Silva (Azoriana).
Criado a 09/04/2004. Angra do Heroísmo, ilha Terceira, Açores. A curiosidade aliada à necessidade criou o 1
Criações de Rosa Silva e outrem; listagem de títulos
Motivo para escrever: Rimas são o meu solar Com a bela estrela guia, Minha onda a navegar E parar eu não queria O dia que as deixar (Ninguém foge a esse dia) Farão pois o meu lugar Minha paz, minha alegria. Rosa Silva ("Azoriana") ********** Com os melhores agradecimentos pelas: 1. Entrevista a 2 de abril in "Kanal ilha 3" 2. Entrevista a 5 de dezembro in "Kanal das Doze" 3. Entrevista a 18 de novembro 2023 in "Kanal Açor" **********
Para
"niopeadeusa" que comentou o meu blog hoje, 24 de Novembro
de 2008, às 13:04, no artigo «À conversa»:
Peço-te o grande favor de NÃO comentares mais o meu blog.
Uma pessoa que não se identifica como deve ser não merece a minha
atenção e vai direita para a porta dos fundos.
Para já, nunca virão à tona os teus comentários quer sejam verdadeiros
ou falsos e que me soam sempre a invejosos. Por mim podes esfalfar-te
a comentar, podes escrever o que quiseres que JAMAIS vou colocar
on-line (vou guardando até um dia, junto com o teu IP). Em vez de
perderes tempo comigo cuida dos teus afazeres. Sem dúvida que só me
comentas para te ficares a rir ou sei lá que outro tipo de
reacção.
Vem falar comigo, se tiveres coragem, ou deixa-me em paz.
Pode haver muitas
estradas mas há apenas um Caminho. Foi esta a expressão que me
incendiou o pensamento e me transmitiu uma imagem física de um caminho
perfeito após a chegada de mais uma semana.
A imagem era de um verde esperançoso que me levava aos confins da
natureza, toda ela recheada de beleza em diversos tons verdes,
apaixonantes. Acho que nunca apreciei tanto a natureza como naquela
hora que deparei com a imagem da moldura fiel de um caminho ladeado
das árvores triunfantes, que nos ajudam a respirar. Fiquei pasmada e
nem me apeteceu virar a visão para mais nada.
De repente, vi-te. Estavas com a mão estendida a acenar-me ao fim da
clareira. Estavas lindo. Ainda me faltava ver o teu olhar que
contrasta com a cor da natureza para me fazer lembrar que o mar é o
outro caminho que também adoro... Fui devagar para não magoar o
carreiro que estava todo limpo e asseado. Quando assim é, custa muito
pisar o chão, porque parece que o magoamos...
Cheguei mais perto, após passar a formatura de árvores cuja idade é o
abraço mais ou menos extenso que se dá ao tronco e cuja altura é
medida pela extensão do que a vista alcança ... Lá estavas tu à minha
espera e, desta vez, já apanhei o teu sorriso, nos lábios carregados
de tentação. Como é bonito o teu sorriso entre verdes imensos,
abençoados pelo dom celestial. Quase que já percebia o teu cheiro...
Um cheiro a terra acabada de lavrar... Como te vi cativante nessa
imagem ideal que até senti transbordar toda a minha alegria.
Mais um passo e consegui perceber a tua respiração intensa... Estavas
ofegante, parecia que cada passo meu a aumentava mais um pouco...
"Cheguei, amor!" - Disse-te. Era o único eco audível naquela paz
triunfal, para além dos ecos dos seres alados. Tocaste-me com a mão
que me acenara e eu deixei-me cair nos teus braços... Parecia que
todas as árvores cantavam em uníssono: "Ainda bem que apareceste!".
Completou-se, assim, a harmonia do quadro nas cores mais lindas que a
natureza veste na tarde de uma vida. Os tons irão mudar noutro tempo
mas ainda é cedo. Nessa altura serviram para baptizar um amor que
acabava de celebrar o encontro perante um quadro deveras belo...
Caminho. O caminho é a estrada do amor quando rodeada de
beleza, cor e paz. Afinal eras e és o sonho de onde acabo de acordar.
É verdade! Sonhei contigo enquanto olhava a paisagem de um Caminho que
me ajudou a encontrar as palavras que talvez nunca te disse perante um
quadro real... Será que tu também me dirias: "Amo-te até ao fim do
caminho!". Já o disseste noutros quadros e tardes...
Nisto ouvi a bênção chilreante dos pássaros, que de ramo em ramo,
trilhavam o bailado do amor. Quedei-me, mais uma vez, num sonho agora
acordado. E, nem sei bem porquê, percebi a inesperada gotinha de água
quente que escorre suave pelo meu rosto. Há caminhos de
saudade!